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Agricultura com jeito de cidadania

05/05/2007

Os quilombolas constituem população numerosa e desassistida, fruto da história do território e do descaso na atualidade, vivendo em condições de abandono, em comunidades rurais de todo o território Sul do Rio Grande do Sul. Existem hoje, na parte sul do estado, dezenas de pequenos quilombos, com núcleos que variam de três a 100 famílias, vivendo em lugares de difícil acesso e com problemas não muito diferentes do que seus antepassados, fugidos da escravidão.

O Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (CAPA) trabalha, desde 2002, em um projeto voltado ao desenvolvimento das comunidades de remanescentes dos antigos quilombos nos municípios de Canguçu e São Lourenço do Sul (RS). Das 11 comunidades identificadas através de uma rede de relações estabelecidas a partir do trabalho do CAPA junto a agricultores familiares, quatro foram escolhidas para receber um projeto piloto: Torrão, Maçambique, Serrinha e Armada.

O projeto Pequenos Agricultores Quilombolas considerou ações nas áreas de segurança alimentar e agroecologia; saúde comunitária e plantas medicinais; geração de renda; resgate histórico, cidadania, cultura e etnia. Ainda, buscou a participação e representação social deste segmento, como instrumento decisivo de visibilidade pública, para servir como base de reconhecimento e acesso a políticas públicas.

Os objetivos gerais da iniciativa incluíram o desenvolvimento, junto a comunidades de remanescentes dos quilombolas do território sul do Rio Grande do Sul, de um conjunto de ações com o objetivo de resgatar a auto-estima, valorizar a cultura e etnia e proporcionar a busca de melhor qualidade de vida e o etnodesenvolvimento desta população; propor espaços de organização das comunidades, dando condições de implementação de políticas públicas afirmativas; dar maior visibilidade à existência das comunidades quilombolas no território sul do Rio Grande do Sul.

Em 2005, com apoio do Governo Federal, através do Programa de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia do Ministério do Desenvolvimento Agrário, o CAPA avançou no trabalho com o projeto de Fomento às Ações de Assistência Técnica e Extensão Rural, visando à promoção do etnodesenvolvimento sustentável de sete comunidades quilombolas do território sul do Rio Grande do Sul. As atividades incluíram a capacitação e a qualificação para o avanço das ações na geração de trabalho e renda através da melhoria do artesanato étnico e da venda dos produtos agrícolas; resgate histórico e valorização das expressões culturais e do cotidiano das comunidades; e reforço da identidade étnica.

Ano 2007
 

O Espírito Santo permanece com a santa congregação, ou cristandade, até o dia derradeiro. Por ela, nos busca e dela se serve para ensinar e pregar a Palavra, mediante a qual realiza e aumenta a santificação, para que, diariamente, cresça e se fortaleça na fé e em seus frutos, que ele produz.
Martim Lutero
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