A Igreja em Tempos de Coronavírus



ID: 3207

Sentir na pele, nós faz refletir

A esperança não nos deixa decepcionados

15/03/2020

Prezados irmãos e prezadas irmãs em Cristo,
Hoje em dia, diferente de antigamente, tudo é rápido e tudo está pronto. Tudo é urgente, nunca se tem descanso. Sempre correndo até que não tem sistema ou cai a Internet, a demora é longa demais ou o coronavírus chega até nós. Então, tudo troca, revemos conceitos e começamos a observar desde outras perspectivas. Nem tudo é negativo, o incômodo traz paciência. A gente aprende a ter paciência, aprendemos a lidar de forma diferente com aquilo que achávamos garantido. Em tempos de Covid19, repensamos a possibilidade de sair de casa, de encontrar-nos com as amigas e até revisamos nossa relação com Deus. Um vírus veio para dar uma chacoalhada na humanidade inteira. Esperemos que a sabedoria surja diante de tanta desolação.
Antes da pandemia, um médico disse: “Assim não dá para continuar. Temos que fazer alguma coisa. O estresse que muita gente está sofrendo faz com que fiquem doentes. O medo de perder o trabalho, o medo de ficar para trás, põe muita gente sob pressão. E isso não é bom para o corpo, para o estômago, o coração, sequer para a pele e com certeza também não é bom para a alma. Algumas pessoas reagem comendo demais ou bebendo além da conta, dormindo mal pela noite ou simplesmente ficando doentes porque o corpo diz: “Se você não dá um chega, eu dou”. Não dá para continuar assim, não dá para viver certo em condições erradas.
Mas, a perseverança não surge só do incômodo, também da aflição. A pessoas que tem experimentado e suportado dificuldades tem mais compreensão. Aqueles que tem experimentado sofrimento tornar-se mais sensíveis ao sofrimento das outras pessoas. Sentir na própria pele ajuda a ter empatia. Minha avó sempre dizia: “depois de passar pela guerra, você valoriza até uma fatia de pão duro”. Muita gente que reclama dos outros nunca passou por necessidade, nunca sofreram na pele ser desprezados, por isso humilham e desprezam os outros. Talvez, a aflição através de uma doença não entende de limites geográficos, políticos, financeiros, muito menos de raça ou credo.
O que fará o Covid19 com o mundo, O que fará o Covid19 com o Brasil? O que está acontecendo não ficará restrito a não saudar beijando no rosto ou dando o aperto de mãos. Estamos entrando num novo tempo para aprendermos a sermos humanos.
O apóstolo Paulo nos ensina a vivermos com perseverança, experiência e esperança, não com amargura e desprezo. Isto é o que devemos sempre lembrar e praticar em nossa vida diária, especialmente neste tempo de Quaresma, onde somos chamados a refletir sobre nossa forma de viver e lembrar do caminho de sofrimento que Jesus teve que percorrer. Somos chamados a sermos sensíveis com o sofrimento, seja nosso ou das outras pessoas. Somos chamados a lembrar que Jesus também experimentou na própria pele o que significa sofrer, o que é sentir angústia. Ele percorreu desde as tentações no deserto até a desesperação no Getsêmani, da sua tortura até a morte na cruz.
Nosso Deus sabe o que acontece. Sabe como é difícil a existência para nós seres humanos. Conhece o nosso sofrimento e das outras pessoas neste mundo. E justamente neste mundo tão caótico é que devemos ser sinais de amor e compreensão. Estamos em paz, não precisamos fugir. O Espírito de Deus e o seu amor foram derramados em nossos corações. Por isso, não desesperemos, fiquemos firmes porque Deus não nos abandona porque sentiu na pele o sofrimento humano. Deus está conosco, nós não estamos sós.

Extrato da pregação do último culto presencial na Paróquia Bom Samaritano antes da pandemia se estender no Rio de Janeiro
 


Autor(a): P. José Kowalska
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste / Paróquia: Rio de Janeiro - Bom Samaritano (Ipanema-RJ)
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Área: Missão / Nível: Missão - Coronavírus
Testamento: Novo / Livro: Romanos / Capitulo: 5 / Versículo Inicial: 1 / Versículo Final: 11
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Prédica
ID: 55539

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É dever de pai e mãe ensinar os filhos, as filhas e guiá-los, guiá-las a Deus, não segundo a sua própria imaginação ou devoção, mas conforme o mandamento de Deus.
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