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ID: 20

Graça, Amor e Comunhão em tempos de pandemia

05/06/2020

Graça, Amor e Comunhão em tempos de pandemia

2 Coríntios 13.11-13

Que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo seja com todos e todas. Amém.

Quantas vezes já ouvimos esta saudação em nossa vida. Quantas vezes já nos despedimos com estas palavras.
São as palavras finais da segunda carta do apóstolo Paulo aos Coríntios. Uma carta onde Paulo teve que falar sobre vários assuntos difíceis, orientar sobre desentendimentos e confusões que se estabeleceram naquela comunidade. Paulo teve que usar palavras duras para chamar a comunidade de volta ao caminho da fé.

Assuntos como a defesa da autoridade de Paulo em anunciar o Evangelho que foi questionada. A isso o apóstolo chama à conversão falando da necessidade de agir segundo o Evangelho. Chama a comunidade à generosidade, que segundo Paulo, mesmo com muitos recursos financeiros, suas doações eram mínimas. Fala também da fragilidade da fé diante das tentações do mundo e dos sofrimentos que enfrentamos quando assumimos o caminhar com Cristo.

As palavras de 2Co 13.11-13 nos convidam para refletirmos sobre a fé no Trino Deus e as manifestações desta fé na vida em comunidade.

Há dois meses atrás, no final do mês de março, seguimos nossas atividades e perspectivas na data de 31 de maio como prazo para retornarmos às atividades comunitárias, a poder visitar pessoas amigas e familiares, mas fomos frustrados em nossa expectativa e temos que redobrar o nosso cuidado, pois o vírus chegou muito agressivo em nossa região.

Seria um exercício muito bom ler toda a segunda carta aos Coríntios e ouvir o que ela tem a nos dizer sobre a nossa situação atual. Os dois assuntos principais são a convicção de seguir o caminho do Reino de Deus e a generosidade. – Qual é a autoridade na fé que seguimos nesses dias de distanciamento social, dias em que nossa igreja – IECLB – decidiu não reunir pessoas, de nenhuma forma, para ajudar a proteger a vida? E, como estamos nos dispondo a continuar mantendo a missão de Deus com nossos dons financeiros? Ainda conseguimos praticar a generosidade?

Depois de Paulo chamar atenção aos coríntios sobre estes assuntos que fervilhavam entre eles, o apóstolo se despede: Quanto ao mais, irmãos, alegrai-vos, sede aperfeiçoados, consolai-vos, sede do mesmo parecer, vivei em paz; 2Co 13.11a.

Observemos que os verbos estão no passivo. Ou seja, o apóstolo tem plena consciência que os coríntios precisam de uma intervenção para conseguirem assumir no dia a dia a vivência da fé. Neste caso, precisam da ação do Santo Espírito de Deus que derrama seus dons sobre a comunidade. Só é preciso aceitar essa verdade e buscar o aperfeiçoamento pela palavra, oração e comunhão. “Consolai-vos” significa ajudar uns aos outros. “Ter o mesmo modo de pensar” (ser do mesmo parecer) não significa que temos que ser qual robôs saindo de uma fábrica, pensando e agindo da mesma forma. O que Paulo quer dizer é que a diversidade entre nós, nossos tantos dons, estejam e sejam direcionados para o mesmo foco, tenham o mesmo alvo: o Reino de Deus. E somente isso. Nada além disso. Todas as nossas atitudes devem ser guiadas por este objetivo, este alvo – a vivência do Reino de Deus, em misericórdia, perdão, graça, paz e amor. Isso é estar de acordo/do mesmo parecer. Isto é viver em paz.

A isto Paulo profere a bênção: Que a graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.” (v.13)

Jesus Cristo se apresentou como um Deus gracioso. Graça é perdão dos pecados, como aquele oferecido a mulher adúltera, ao filho pródigo. É a libertação oferecida aquele homem endemoninhado, que depois do encontro com Jesus, pode voltar a conviver com sua família. Graça, é o carinho de Jesus para com as crianças, pegando-as em seu colo e abençoando. É a cura recebida depois de passar 38 anos deitado em um leito.

O amor de Deus é o seu gesto maior para conosco. Em Jesus Cristo, Deus mostrou todo seu amor por nós dando ao mundo o seu filho amado para vivermos por meio dEle, dos seus ensinamentos, do seu Evangelho. Jesus dá a sua vida para que nós possamos viver do amor. Amor é cruz, é sofrimento, mas alegria da ressurreição, vida plena, vida eterna.

E a comunhão. Esta nos faz uma falta tremenda nestes dias de distanciamento social necessário para proteger a vida. A graça de Jesus e o amor de Deus foram espalhados pelo mundo afora e chegaram a nós porque as primeiras comunidades não desistiram da comunhão e da solidariedade diante de toda dificuldade.

Precisamos reinventar nossa maneira de viver o dia a dia. Precisamos reinventar nossa maneira de viver a fé sem perder o espírito de comunhão que é parte do Reino de Deus. Precisamos reinventar nossa maneira de praticarmos a generosidade, a partilha de dons e ofertas para a missão que em meio a pandemia se torna mais importante ainda.
Quando Paulo coloca a graça de Jesus Cristo em primeiro lugar, ele conforta os membros de Corinto, ele nos conforta hoje também, dizendo: Vejam, a mais valiosa obra de Deus já foi realizada em nossa vida, que é a salvação! Essa não pode ser retirada! Esse é o desejo que Deus tem para com cada um e cada uma (os confins da terra)! Esse é o plano dele para a nossa vida! A graça já temos, portanto, viva a graça! Sinta a graça! Deixe que ela seja percebida, seja vista, seja sentida pelas pessoas que têm contato com você. Pois ela é fruto do amor que Deus sente por você. E esse amor não é pouco! Este amor que gera comunhão de vida plena entre nós e que alcança mesmo quem está distante com nossa generosidade. Amém.

Pastora Clarise Ilaine Wagner Holzschuh
Paróquia de Chapecó-SC

 


Autor(a): Pastora Clarise Ilaine Wagner Holzschuh
Âmbito: IECLB / Sinodo: Uruguai
Área: Missão / Nível: Missão - Coronavírus
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Testamento: Novo / Livro: Coríntios II / Capitulo: 13 / Versículo Inicial: 11 / Versículo Final: 13
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Prédica
ID: 57056

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