Jornal Evangélico Luterano

Ano 2019 | número 828

Sexta-feira, 19 de Abril de 2024

Porto Alegre / RS - 17:57

Diversidade

Nós, pessoas cristãs, precisamos cuidar da Criação "É tempo de dizer não!"

No ano de 1972, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, em Estocolmo, na Suécia, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o Dia Mundial do Meio Ambiente. A data passou a ser comemorada todo dia 5 de junho. A escolha dessa data tem como objetivo principal chamar a atenção da população e das autoridades para os problemas ambientais e para a importância do cuidado e da preservação dos recursos naturais, que, mesmo com todas as evidências de um colapso ambiental, ainda são utilizados como se fossem fontes inesgotáveis.

Hoje, já são mais de 40 anos que nos distanciam da decisão da ONU. Poderíamos apontar os avanços e os retrocessos no campo ambiental, mas vamos nos ater a algo que tem sido uma das grandes preocupações de órgãos e pessoas comprometidas com o cuidado dos bens naturais: o uso indiscriminado de agrotóxicos. O Brasil é um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo. Grande parte dos produtos usados em solo brasileiro já está proibida em outros países e é considerada de alta toxidade. Os venenos são usados na produção de alimentos básicos para a população, como feijão, arroz, verduras e frutas.

O risco não para por aí. O uso desenfreado e permitido de agrotóxicos tem chegado aos rios e córregos, contaminando a água. A morte de abelhas, as grandes responsáveis pela polinização, tem causado apreensão. Cientistas afirmam que, em grande parte, o uso de agrotóxicos e a poluição do ar são os grandes vilões da nossa saúde. A nossa terra, a nossa água, o nosso ar, o nosso alimento estão doentes. A triste realidade demonstra que a contaminação tem como origem a ação humana.

Na Bíblia, na narrativa mítica de Gênesis 1, lemos que Deus se alegrou com a sua obra e viu que tudo o que havia feito era muito bom. Por muito tempo, fez-se uma leitura do texto bíblico na perspectiva antropocêntrica, de domínio sobre a natureza. O exercício de dar-se conta que estamos integrados e integradas com o que nos cerca não pode mais esperar.

Os agrotóxicos são uma parcela importante dessa mudança. Dizer não! Não, nós, pessoas cristãs, comprometidas com o Evangelho, não podemos aceitar que a Boa Criação de Deus seja atingida e dizimada em prol do lucro e do capital. Iniciemos incentivando as feiras orgânicas, a construção de hortas urbanas, os coletivos que trabalham com a economia solidária e a agricultura familiar, além do trabalho do Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA) e a relação que as pessoas indígenas desenvolvem com a natureza.

Lembremos de exercer a nossa cidadania e exigir das autoridades políticas públicas que defendam a vida em toda a sua plenitude. Não percamos de vista a promessa de Jesus: Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância (Jo 10.10). Essa promessa é direção e impulso para a ação. Que Deus nos dê força para denunciar e anunciar e muita fé e coragem para colocar sinais do seu Reino de paz e justiça já agora.

Cat. Maria Dirlane Witt | Coordenação de Educação Cristã da IECLB

 

PRONUNCIAMENTO

Deus fez tudo o que existe

Nós confessamos que Deus fez tudo o que existe. Aos olhos de Deus, toda a Criação é muito boa (Gn 1.31). Deus nos deu habilidades, capacidade criativa e responsabilidades. Como imagem e semelhança de Deus, deveríamos cuidar da Criação da mesma forma que Deus cuidaria (Gn 1.27 e 2.15).

O desmatamento, a poluição, o consumo excessivo e o uso desenfreado de agrotóxicos evidenciam justamente o contrário. A  liberação de agrotóxicos já proibidos em outros países traz consequências nocivas.

Precisamos desenvolver, em nossas casas e em nossas Comunidades, ações de cuidado com o planeta. Se não agirmos, as gerações futuras sofrerão muito mais as consequências da nossa capacidade destrutiva e do descaso com o meio ambiente.

Manifesto do XXXI Concílio da Igreja (2018) 

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