A partir de março de 2020, passamos a conviver com uma pandemia que tem revelado com mais nitidez desigualdades e injustiças.
Se vocês permanecerem na minha palavra,
são verdadeiramente meus discípulos,
conhecerão a verdade e a verdade os libertará.
João 8.31b-32
A partir de março de 2020, passamos a conviver com uma pandemia que tem revelado com mais nitidez desigualdades e injustiças. A pandemia ampliou o abismo que separa pessoas ricas e pobres. Pessoas bilionárias ficaram ainda mais ricas e as pobres ficaram ainda mais empobrecidas. Não bastassem as injustiças e todo o sofrimento causado pela doença e morte, a pandemia também trouxe medo, angústia e insegurança. Neste momento, cresce a pergunta: de onde virá o socorro? (Sl 121.1)
Com mais de 100 mil óbitos em decorrência do Covid-19, o Brasil ocupa a infeliz segunda posição no ranking mundial. Oramos e nos solidarizamos com as famílias dessas cem mil pessoas. Quem faleceu tem nome, história, endereço, familiares. São pessoas de todas as idades e de todos os Estados brasileiros. Diante disso, clamamos a Deus: Senhor, ouve a nossa oração e chegue a ti o nosso clamor (Sl 102.1).
É inaceitável que governantes ignorem a gravidade da pandemia. Quem tem coração corrupto aproveita a situação para práticas ilegais, como revelam denúncias de compras irregulares de equipamentos, medicamentos e construção de hospitais de campanha. Não podemos concordar que a Bíblia e o nome de Deus sejam usados para justificar corrupção, injustiça e morte. Diante disso perguntamos: Por que o caminho dos ímpios prospera? (Jr 12.1).
Felizmente, é possível testemunhar gestos de solidariedade e compaixão. Muitas pessoas lutam para conter o avanço da pandemia, acompanhar pessoas doentes e enlutadas e minimizar os efeitos do isolamento. Estas ações contribuem para que a pandemia não seja ainda mais devastadora.
Ao recomendar a suspensão de atividades presenciais, em março, a IECLB agiu para preservar a vida. Agora, a oração, a pregação, o consolo e o estudo acontecem de outras formas. Vamos continuar neste caminho com perseverança e compromisso com a vida. Porque confiamos que Deus ouve o nosso clamor (Ex 3.7) e vem em nosso socorro (Sl 121.2), temos forças para propor e participar desta reconstrução.
Presidência, Pastoras e Pastores Sinodais da IECLB