Jornal Evangélico Luterano

Ano 2019 | número 830

Quinta-feira, 25 de Abril de 2024

Porto Alegre / RS - 19:01

Estudos Bíblicos

Como anunciar o Reino de Deus?

A questão não é anunciar ou não, mas: o que e como anunciar? No lema do mês (Vão e anunciem isto: ‘O Reino do Céu está perto’ - Mt 10.7), está claro qual é o anúncio: o Reino dos Céus está próximo. O Reino tem que ser anunciado, sem medo nem reservas.

Precisamos dizer: ‘Olhem as nossas vidas. Olhem a transformação de Deus em nossas vidas’. O Reino de Deus não é uma promessa somente para o futuro, mas uma realidade que podemos viver agora e que se cumprirá de modo pleno quando Jesus voltar.

As marcas do Reino dos Céus devem ser mostradas. Curai os enfermos que nela houver e anunciai-lhes: A vós outros está próximo o Reino de Deus (Lc 10.9). O Reino dos Céus ou Reino de Deus não está lá em um tempo futuro. Está aqui, está próximo, está perto de nós.

Anunciar o Reino de Deus para este mundo não é fácil. O desafio é muito grande. Em nossas Comunidades, te mos pessoas desanimadas, que não querem assumir compromisso e não querem mais se importar com as outras pessoas. Isso é lamentável, porque o nosso chamado é para encontrar as ovelhas perdidas. Também isso Jesus disse um pouco antes da multiplicação dos pães (Mc 6.34).

Jesus saíra para descansar e terminara encontrando novamente a multidão. Ele poderia ter protestado, dito que já tinha trabalhado o suficiente naquele dia e que ele e os discípulos precisavam descansar.

Desconsiderando tudo isso e movido por uma profunda compaixão, Jesus assumiu novamente a postura de serviço. A compaixão de Jesus foi ativa e o levou a ir ao encontro das necessidades das pessoas. Jesus Cristo vê as necessidades das pessoas e, sejam elas quais forem, supre essas necessidades.

Podemos dizer que Jesus foi ao sacrifício pela multidão. Para cumprir a nossa tarefa, a nossa Missão, no lugar onde estamos inseridos, precisamos, muitas vezes, de uma dose de sacrifício.

Pensando na Missão Urbana, devemos tomar consciência que as cidades estão aí e ficarão ainda maiores. Se quisermos alcançar as pessoas nas cidades, precisamos aprender como elas vivem, quais são os seus maiores medos e angústias.

O nosso discurso, a nossa pregação não pode ser vazia. Não adianta fingir que a ‘multidão’ não existe, pois a multidão está aí, com virtudes e desafios. A multidão está aí diante dos nossos olhos... como ‘ovelhas sem pastor’!

Jesus se compadece das ‘ovelhas perdidas’, se compadece da multidão. Se quisermos impactar a multidão, precisamos, como Jesus Cristo o fez, em primeiro lugar, nos compadecer dela. Temos que vê-la como um rebanho sem pastor.

Atualmente, há pessoas que, além da fome, sofre com a solidão, com o medo, com a competição e, inclusive, com a perda de identidade.

Precisamos de compaixão e solidariedade para proclamar o Evangelho!

A compaixão era o motor das ações de Jesus em favor das pessoas. Jesus demonstrava, por meio dos seus atos, a compaixão de Deus.

Para anunciar o Reino de Deus, não podemos ver a outra pessoa como adversária. Precisamos resistir à tendência desumanizadora da nossa sociedade pós-moderna.

Precisamos resistir à tentação de vivermos apenas em função de nós e dos nossos interesses e desejos. Precisamos participar da libertação da outra pessoa, como se a nossa própria libertação disso dependesse.

A Igreja existe para anunciar o Evangelho. Se ela não o faz, deixa de ser povo de Deus e torna-se sal sem sabor, não prestando para nada.

Cristo já nos serviu, deu a sua vida, por nós, na cruz. Quando nos entregamos e nos comprometemos com ele, somos libertos e libertas. Nessa liberdade, servimos a Deus com alegria. O seu amor nos constrange, como diz o apóstolo Paulo em 2Coríntios 5.14a.

Não é que Deus precise de nós, pois, se não sobrar ninguém, se todos se desviarem do Caminho, ainda assim Deus existirá! Nós é que precisamos dele e temos o privilégio de poder servi-lo.

Miss. Lúcia Helena Klug Roesel | Ministra na Paróquia Espírito Santo, em Novo Hamburgo/RS 

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