Jornal Evangélico Luterano

Ano 2020 | número 837

Sexta-feira, 19 de Abril de 2024

Porto Alegre / RS - 02:03

Estudos Bíblicos

Sirvamos com os nossos dons!

Algumas pessoas, cientes das suas habilidades, pensam ter direito de usá-las como quiserem. Outras acreditam que não têm nenhum talento em especial. Pedro trata de ambos os grupos neste versículo. Todos nós temos algum dom. Precisamos descobrir os nossos dons e usá-los para servir às outras pessoas.

Deus nos deu os dons para o serviço mútuo. O propósito dos dons é unificar a Igreja. Nenhum dom é melhor que o outro. Quando usamos os nossos dons, Deus é glorificado. Eles nos são dados para o serviço e não para benefício próprio. É verdade que podemos ‘buscálos’ (1Co 14.1), mas sempre continuarão sendo dádiva de Deus por meio do Espírito Santo.

Os dons de Deus que nos foram confiados devem nos tornar servidores e servidoras humildes. Desse modo, a dádiva se torna incumbência. Cada qual é servo e serva da outra pessoa. Essa é a ordem da Igreja de Jesus. Pedro nos aconselha a sermos ‘bons administradores’ dos dons que recebemos. Esse é o nome dado pelo próprio Jesus a seus discípulos em várias parábolas (Lc 16.1, cf. Mt 25.14ss), caracterizado pelo fato de ter recebido dádivas em confi ança para o serviço. Cabe-lhe prestar contas sobre o seu uso.

Trago como exemplo a borboleta e compartilho algumas curiosidades: 1) para voar, as borboletas dependem da energia do sol, captadas por suas asas, 2) enxergam em um raio de 360 graus, 3) as suas cores servem como espécie de identidade, informando sexo e família, 4) tem uma vida curta e algumas espécies vivem somente um mês, 5) até virar inseto, as larvas passam por sete processos de troca de pele, 6) o macho e a fêmea se atraem pela cor e pelo cheiro, 7) após a fecundação, a fêmea põe os seus ovos rapidamente, dependendo da espécie, em 24 horas, 8) quando saem do casulo, as asas ainda estão amassadas e molhadas e só estarão prontas para voar quando estiverem secas, 9) voam, no máximo, 20 quilômetros por hora e 10) as suas asas são um mosaico de cores que nos enchem os olhos pela sua beleza.

Trago esse exemplo das borboletas para refletirmos sobre os nossos dons e as nossas diferenças. Vamos pensar a Comunidade como um jardim: é no jardim que a borboleta vai encontrar alimento e segurança para cada fase da sua vida. Da mesma forma, é na vivência da Comunidade que membros precisam encontrar o alimento, a luz da Palavra de Deus, para todas as fases da sua vivência de fé. É na Comunidade que membros podem encontrar segurança, comunhão e apoio diante das adversidades da vida.

Em 1Coríntios 12.4-5, o apóstolo Paulo escreve: Existem diferentes dons, mas é um só o mesmo espírito que dá esses dons. Existem maneiras diferentes de servir. Os diferentes serviços são unidos pelo Deus que é único e que também os concede. Esses dons precisam ser desenvolvidos e, assim como na metamorfose da borboleta, precisa haver transformação, ou seja, aprimoramento, para que possamos servir melhor. São ferramentas que Deus nos concede para cumprimos o propósito que Ele tem para as nossas vidas.

Deus é criativo e fez cada pessoa com características únicas. A diversidade na natureza é prova disso. É assim que também a graça de Deus se manifesta em cada pessoa. O jardim das nossas Comunidades está cheio de ‘pupas’ que não se abriram para mostrar a sua beleza. Ainda temos muitos dons que estão guardados e adormecidos.

Quando servimos com os nossos dons, descobrimos o nosso valor e o nosso propósito, o propósito para qual Deus nos presenteou com um dom e que deve estar a serviço das outras pessoas, bem como de toda a Comunidade.

Como seriam as nossas Comunidades se todos os dons fossem ativos? O que falta para termos mais pessoas envolvidas e desenvolvendo os seus dons nas nossas Comunidades? Em que fase você se encontra? Como você se sente na sua Comunidade? O que falta para seu dom se abrir e colorir a Comunidade que você participa? 

Miss. Carla Rosana Schwingel da Silva | Ministra na Paróquia de Canarana /MT

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