ECC no Ecumenismo
O exercício do Ecumenismo é um aprendizado diário. Nesta caminhada, há que se ouvir, ser ouvido, dialogar e, acima de tudo, respeitar e ser respeitado no jeito de ser Igreja e se manifestar em termos de fé. Se pensarmos na Educação Cristã, precisaremos levar em conta que não somos os donos da verdade. Até podemos ter outros métodos de interpretação, mas o Evangelho que nos move e o qual pregamos é o mesmo.
No movimento ecumênico, aprendemos a olhar os parceiros de caminhada de forma tal que percebemos o quanto as suas experiências podem contribuir para o nosso enriquecimento. Cada novo contato, atividade e celebração nos permitem aprender a seguir em unidade.
A família é um bom exemplo nessa reflexão: apesar de estarmos ligados pelos laços sanguíneos, existem diferenças entre os membros. No seu surgimento como tal, marido e esposa, apesar de buscarem caminhar juntos, são duas pessoas diferentes, com características próprias. Os filhos e as filhas desta união também são pessoas dotadas de características únicas, ou seja, os componentes da família não são iguais, mas, mesmo assim, buscam e, via de regra, conseguem caminhar em união. Respeitando as características de cada um e cada uma, acontece a educação que é própria de ser transmitida neste grupo.
Ao construirmos esta caminhada conjunta como Igrejas, é possível perceber o quanto podemos crescer em conjunto. Mesmo antes de buscarmos nos relacionar institucionalmente, já o fazemos socialmente. Neste relacionar-se, já vamos compartilhando da educação cristã que cada pessoa recebeu e é chamada a passar adiante.
Ser Igreja de Jesus Cristo é ser Igreja que busca colocar sinais concretos do Evangelho de Jesus Cristo ali onde está inserida. A questão que se coloca é a respeito de como tornar estes sinais visíveis em meio à diversidade. O diálogo entre as diversas denominações cristãs precisa ser constante, a fim que possamos viver e compartilhar as orientações de Cristo para uma vida digna e justa no mundo.
Sejamos pessoas abertas ao que os nossos parceiros e as nossas parceiras no âmbito ecumênico têm a nos dizer e que possamos levar para eles e para elas o que somos motivados e motivadas, como IECLB, a partir do nosso compromisso evangélico.
P. Reinoldo Neumann
Ministro na Comunidade em Santa Maria/RS
