Felizes para sempre!
Muitos dos votos de um Feliz 2019 já foram frustrados. Só nos primeiros 11 dias do novo ano 33 mulheres foram assassinadas e 17 sobreviveram às tentativas de feminicídio. Além deste drama para mulheres e famílias, temos os impactos do rompimento da barragem de Brumadinho/MG, com, aproximadamente, 400 pessoas mortas. Como no caso do incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria/RS, em 2013, e do rompimento da barragem em Mariana/ MG, em 2015, a história da impunidade e da infelicidade se repete.
Concordo, a vida não é só tragédia! Há muitas situações que trazem felicidade e nós as conhecemos, por isso vamos falar a respeito dela, conforme um artigo da Folha de São Paulo, com o seguinte título (amenizado): As chances de constantemente escutarmos besteiras sobre felicidade são muito grandes.
A matéria comenta descobertas de um Professor de Ciências Comportamentais na London School of Economics. Diz ele que as chances de nos basearmos em ideais falsos são grandes. Vamos, pois, a alguns exemplos. Riqueza é felicidade e pobreza traz infelicidade. O Professor Paul Dolan discorda destas afirmações. O desejo de ter sempre mais dinheiro não é garantia de felicidade.
O desemprego, segundo ele, é uma chaga em nossas vidas. As pessoas desempregadas nunca se esquecerão deste drama, mesmo quando voltam a trabalhar. Imaginem, então, aqueles milhões de pessoas que já desistiram de procurar trabalho em nosso país!
Nolan descobriu que, quanto mais estuda, menos a pessoa será feliz. Milhões de pessoas querem ser Doutoras e um bom número alcança este sonho. Todavia, conhecemos muitos Doutores e muitas Doutoras que escondem os seus títulos para conseguir um trabalho em Universidades.
Como fica o mundo das relações pessoais? O Professor afirma que pessoas solteiras, casadas e divorciadas ocupam o mesmo patamar de felicidade que as demais pessoas, mas as pessoas que nunca casaram são mais felizes que as divorciadas e separadas.
Os homens tendem a ser mais felizes no casamento. Já as mulheres de meia-idade tendem a ser mais doentes física e psicologicamente que as solteiras da mesma faixa etária.
Por fim, Dolan, que é casado e pai, diz que a felicidade não depende das histórias que contamos sobre ela. Elas podem ser falsas, porque, segundo o autor do artigo, contamos ‘histórias da carochinha’ para iludir as outras pessoas e a nós mesmos.
Isto acontece entre nós? Podemos conversar sobre estas questões nos grupos da Comunidade? Sem pesquisa, arrisco uma intuição provocativa: viúvas que participaram da OASE tornaram-se mais felizes!
De qualquer forma, a orientação de Paulo pode nos ajudar, conforme Rm 12.3: Eu peço que cada um não tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que convém.