Jornal Evangélico Luterano

Ano 2019 | número 826

Sexta-feira, 29 de Março de 2024

Porto Alegre / RS - 12:06

Perspectiva - P. DR. Oneide Bobsin

Ele não está aqui!

Quem crê em Cristo já passou da morte para vida

Diante do testemunho de mulheres que foram levar ao túmulo de Jesus alguns aromas, nem a precaução dos principais sacerdotes, fariseus e Pilatos foi suficiente para conter a Boa Notícia que a vida venceu a morte.

A elite religiosa e política que havia condenado Jesus à morte pediu uma escolta para o sepulcro. Temiam que corpo de Jesus, caracterizado como embusteiro e agitador do povo, pudesse ser roubado pelos discípulos mediante suborno da guarda, conforme Lucas 27 e 28, o que seria um embuste maior que os anteriores para as lideranças da época. No entanto, os guardas não foram subornados. Pelo contrário, ficaram aterrorizados pela intervenção do anjo.

Diferente foram as reações das mulheres diante do túmulo vazio. Elas levaram perfumes para o morto, mas não o encontraram. Certamente, o testemunho de mulheres era profundamente desqualificado naquele tempo. Quem daria crédito para as conversas de mulheres? Acontece que as suas falas mobilizaram os discípulos atemorizados, fechados às escondidas, temendo para si a mesma condenação de Jesus. Alguns também foram ao sepulcro vazio.

Guardas aterrorizados, mulheres chorando e discípulos correndo para ver um sepulcro vazio são reações humanas importantes, mas que não servem como provas para a ressurreição de Jesus. Aliás, nada que é humano pode ser prova para a ressurreição. Quem deve provar é a ciência, o poder judiciário e a polícia, jamais a fé.

Só compreende quem crê e, quem crê, ama. Quem crê, ama os familiares dos mortos e das pessoas insepultas vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho/MG. Quem crê, ama os familiares dos estudantes vítimas da tragédia na escola em Suzano/SP. Quem crê, também ama os familiares dos jovens que mataram os estudantes. Quem crê, ama os familiares dos muçulmanos mortos no atentado a uma mesquita na Nova Zelândia. Quem crê, ama as pessoas da minha família, que recentemente sepultou uma jovem mãe de 36 anos, depois de mais de um ano de tratamento contra um linfoma e de muitas orações, deixando uma filha de sete anos. Só compreenderemos a sua partida pelo amor.

Ele não está aqui! Assim Lutero nomeia o Jesus que não ficou preso na morte. Não o encontramos na morte, mas naqueles e naquelas que são enviados e enviadas a dar a Boa Notícia, como as mulheres desacreditadas, os guardas aterrorizados e os discípulos cheios de medo.

Quem crê em Cristo já passou da morte para vida, disse o evangelista João. Não há suborno que feche a boca da fé, pois ela se expande como aroma pelo mundo. 

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