Jornal Evangélico Luterano

Ano 2020 | número 845

Sexta-feira, 29 de Março de 2024

Porto Alegre / RS - 12:10

Perspectiva - P. DR. Oneide Bobsin

Diferente e original... Enfim, Natal!

Quem cuida de parentes e pessoas amigas, segue as orientações das autoridades médicas e científicas, respeitando os protocolos do distanciamento social. Estamos, em um momento no qual a proximidade é controlada. Há uma música que diz assim: De longe também se ama quem não se ama de perto. É possível amar de longe!

Não será o distanciamento social momentâneo que vai impedir o Natal. Ao contrário, poderemos viver o Natal de Jesus daquela solidão de estrebaria, pois as hospedarias estavam cheias. Assim como José e Maria não foram acolhidos, também milhares de pessoas não serão, porque os hospitais estão superlotados. É preciso nascer longe de aglomerações.

Os humildes cuidadores de rebanhos de ovelhas, esquecidos de muitos e odiados por outros, recebem as milícias celestiais anunciando Glória a Deus e paz na terra em primeira mão, sem aglomerações. As milícias dos céus não foram aos palácios, mas aos pastores em isolamento social devido à sua profi ssão. Nem sempre o anúncio do céu precisa do contato físico (Lc 7.6-7). Anjos não nos contaminam, mas enchem de esperança por Deus ter feito casa entre nós.

Sim, será Natal! Menos barulho, menos comilanças e bebedeiras. A canção natalina nunca agrediu os nossos ouvidos. Será uma Noite Feliz porque silenciosa. Quem canta a canção natalina em alemão canta Noite Silenciosa (Stille Nacht heIlige Nacht). Será uma noite silenciosa, porque lembraremos dos nossos parentes, pessoas amigas nos leitos de UTI ou de tantas outras que já nos deixaram, sem velório para nos despedirmos.

Sim, será Natal! Assim como os magos seguem uma estrela e buscam no palácio informações a respeito do reimenino, também nós aprumaremos o caminho até a manjedoura, depositando ali bens preciosos. Como eles, seremos avisados por Deus a não voltar ao palácio, ludibriando o poder que, mais tarde, promove uma matança de crianças inocentes. Se os magos viessem hoje, trariam respiradores, vacinas e outros bens valiosos para proteger a vida frágil.

Sim, será Natal! Deus veio dos altos céus e acampou entre nós. Também acampou nos laboratórios de pesquisa, que dão uma notícia esperançosa para o povo: a vacina está aí e fez morada no coração das equipes de saúde.

Quem se deixar vacinar pelo amor natalino, cuida de si cuidando dos outros e não se nega a enfrentar a dura realidade, alegrando-se com a boa notícia: a vacina está aí, mesmo que os negacionistas não queiram vê-la. Por ordem do Imperador, todos foram se alistar. Maria e José foram a Belém, casa do pão. Que a mesma ordem possa reinar entre nós.

Glória a Deus nas alturas e paz na terra, pelo nascimento de Jesus longe de palácios e pela vacina contra o Coronavírus, um milagre da ciência.

P. Dr. Oneide Bobsin | Docente na Faculdades EST, em São Leopoldo/RS

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