Jornal Evangélico Luterano

Ano 2019 | número 833

Sexta-feira, 19 de Abril de 2024

Porto Alegre / RS - 01:10

Presidência

A bondade se revela pela boca porque pelo fruto se conhece a árvore (Mt 12.33)

A boca fala daquilo que o coração está cheio. Certamente, já ouvimos e até mesmo usamos essa frase. Ela vem de Jesus e se encontra no Evangelho de Mateus (12.34). Faz parte de uma situação em que, depois de ter curado uma pessoa endemoniada, cega e muda, Jesus é acusado pelos fariseus de expulsar demônios pela autoridade de Belzebu, o maioral dos demônios (v.24).

Jesus apresenta vários argumentos para os fariseus e afirma que a blasfêmia contra o Espírito Santo não pode ser perdoada. Depois, Jesus fala sobre as árvores e os seus frutos. Árvores boas darão bons frutos. Árvores más darão maus frutos. A boca fala sobre aquilo que tem dentro do coração.

Sabemos, assim como Jesus já sabia, que as árvores são conhecidas pelos frutos que dão. Também as pessoas são conhecidas pelas suas palavras e suas ações. A pessoa que fala bem a respeito das outras e age em seu favor revela qual é o seu caráter. O contrário também é verdadeiro.

Nesta época de muita fala e pouca escuta, as palavras de Jesus fazem muito sentido. As tão badaladas Redes Sociais, que oferecem milhões de oportunidades e possibilidades para coisas boas, têm se mostrado espaço privilegiado para falar mal, agredir, caluniar. Detrás de um suposto anonimato, pessoas se xingam, se maltratam, dizem coisas horríveis umas às outras, até mesmo se odeiam – sem sequer se conhecer.

Cremos que palavras têm poder. Deus ‘disse’ e a Criação passou a existir. Jesus disse: Filha, a tua fé te salvou e a mulher foi curada da sua hemorragia. Palavras podem gerar vida, solidariedade, comunhão, alegria, felicidade. Palavras também podem ferir, dividir, promover exclusão, até mesmo matar.

Talvez seja hora de fazermos uma combinação: Fica proibido falar mal das pessoas e escrever coisas que não edificam, ferem, machucam, agridem – especialmente quando são mentiras. Fica autorizado falar bem das pessoas, dizer coisas belas, fazer elogios, tecer comentários bondosos, carinhosos, edifi - cantes. Para usar uma expressão encontrada no Facebook: pratiquemos fofoca ao contrário – falemos bem das pessoas pelas costas.

Que Deus nos oriente a buscar sempre informações corretas, verdadeiras, justas. Que possamos nos esmerar em escolher palavras que edifiquem as pessoas, mesmo se elas pensarem diferente de mim. Que possamos falar e divulgar sempre a verdade – jamais a mentira. Que sejamos pessoas conhecidas e reconhecidas pelos frutos que produzimos. Que, ao ouvirem as nossas palavras e verem as nossas ações, outras pessoas glorifi quem a Deus que está nos céus (cfe. Mt 5.16). 

P. Dr. Mauro Souza

Pastor 2o Vice-Presidente da IECLB e Assessor para Missão Global e Ecumenismo

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