Jornal Evangélico Luterano

Ano 2019 | número 832

Sexta-feira, 29 de Março de 2024

Porto Alegre / RS - 11:24

Carta à Comunidade

Jesus Cristo é dádiva de Deus, raio de esperança na escuridão!

Em maio de 1505, o jovem Martim Lutero entrou para a Faculdade de Direito. Em julho do mesmo ano, bateu às portas de um Mosteiro para entrar na vida monástica. Diz a história que a surpreendente mudança foi consequência de um raio. Lutero estava a caminho de Erfurt, na Alemanha, quando foi surpreendido por uma tempestade. Um raio caiu perto de onde estava e ele logo invocou a padroeira dos necessitados: ‘Ajuda-me, santa Ana, e serei monge’. Poucos dias depois, cumpriu a promessa.

pois, cumpriu a promessa. No Convento, Lutero procurava agradar a Deus e encontrar paz de espírito. Tinha muito medo do diabo e do inferno. Apesar da prática de leitura bíblica, dos jejuns e das orações, era consumido pelo temor do castigo divino. Procurava viver de forma irrepreensível, mas a sua consciência o atormentava. Este drama é expresso no hino: Das profundezas clamo a ti; Senhor, meu Deus, ó escuta! Ó, vê a culpa em que caí, meu fraquejar na luta! Pois, se julgares, meu Senhor, os atos do homem pecador, quem ante a ti subsiste? (LCI 43).

Lutero compreendia Deus como um ser terrível, que punia em vida e condenava após a morte. Desde criança, ele aprendeu a se sentir intimidado com a figura de um Cristo ameaçador, tão ameaçador quanto o diabo. No Convento, ele iniciou uma jornada de vivência da fé que mudou a sua compreensão de Deus e os rumos da Igreja. Lutero finalmente entendeu que Deus não quer a condenação, mas a salvação. Em vez de aplicar castigo, Deus oferece perdão. Por meio de Jesus Cristo, Deus perdoa e nos dá a sua justiça. É isto o que chamamos de ‘justificação’.

A Doutrina da Justificação foi decisiva para a Reforma Luterana. Em outubro deste ano, celebramos 20 anos da Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação, assinada pela Igreja Católica e a Federação Luterana Mundial. Assim como Lutero conseguiu passar pelo sofrimento e compreender o amor e a justiça de Deus, também as Igrejas conseguiram passar do conflito para a comunhão. Especialmente neste momento, lembramos que Jesus Cristo é dádiva de Deus em favor de nós. É o raio de esperança que ilumina a escuridão.

Ótima leitura!

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