Em Garuva/SC, Sexta da Paixão...

02/04/2021

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A dinâmica pode até mudar. Porém, a mensagem continua sendo a mesma. Décadas atrás, quando Adriane Sossmeier fez seu PPHM na Paróquia de Rio Bonito, introduziu em Garuva a exibição da Paixão de Cristo, a qual culminava no templo, com Culto e Ceia do Senhor. Por anos, o envolvimento de crianças, jovens a adultos era intenso. Entre os membros e amigos da comunidade, havia uma grande expectativa pela Sexta-Feira Santa. Houve investimento em figurinos e muitos ensaios. A cada novo ano, era dada uma ênfase diferente à apresentação. Na Sexta-Feira Santa, lágrimas rolavam ao ver o padecer de Jesus. De fato, a apresentação era uma evangelização. Porém, com os anos, surpresas desagradáveis aconteceram. Aquele que fazia “Pilatos” passou por morte trágica, quebrando o ímpeto da equipe. Outros figurantes da Paixão, abandonaram a fé ou a comunidade. As dificuldades foram se avolumando. Até que, em 2020, devido à pandemia, sequer ocorreu a apresentação e o culto. Mas, o impedimento não foi algo exclusivo daqui. Em todo o Brasil e em todas as denominações, prevaleceu o virtual, onde a criatividade encontrou espaço. A mensagem evangélica continuou a ser levada adiante. As celebrações ocorreram de um jeito inovador. Em março de 2021, o Brasil gemia diante da triste realidade de 3000 mortes diárias. Durante a Semana Santa, nossas comunidades litorâneas viram-se impossibilitadas de ter culto: Itapoá com “lockdown” e Guaratuba com barreira sanitária. Todavia, em Garuva, havia a possibilidade do povo se reunir, celebrar e ainda transmitir às demais comunidades o Culto da Paixão. Seguindo as recomendações do poder público (máscara, higienização e distanciamento), havia um receio com respeito ao número limitado de participantes. Vieram 80 pessoas, dentro do previsto por lei (25% de ocupação). O envolvimento espontâneo das pessoas marcou o momento. Estrategicamente, durante a semana, a nossa zeladora colocou a cruz enfaixada, lembrando a celebração da sexta (foto 01). Na manhã da paixão, a família Will (vizinha do templo), espalhou o convite ao culto (foto 02). Lembrando o tema do culto (“espinhos”), uma idosa preparou um arranjo ao altar (foto 03). Outra jovem assumiu a recepção e higienização. Muitos vieram para ajudar no louvor, tanto no instrumental, quanto no canto. Ao fim da celebração, uma excelente notícia: Aquele que outrora interpretava “Simão de Cirene” decidiu, por vontade própria, buscar recurso no CERENE para libertar-se do vício. Vivemos tempos difíceis e diferentes, mas não por isso devemos deixaram de dar graças a Deus por ter entregue Jesus em nosso lugar. Deus continua agindo. Fotos de Scheila Strey, Anígia Hattenhauer e Anice Will.

COMUNICAÇÃO
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Não sei por quais caminhos Deus me conduz, mas conheço bem o meu guia.
Martim Lutero
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