Há 60 anos, no dia 10 de dezembro de 1948, a Assembléia Geral das Nações Unidas adotava em Paris a Declaração Universal dos Direitos Humanos, texto fundador que rege o direito internacional desde a Segunda Guerra Mundial, embora seus ideais continuem distantes e, muitas vezes, ameaçados.
Inspirada na declaração francesa dos direitos humanos e do cidadão, de 1789, e na declaração de Independência dos Estados Unidos, de 1776, a Declaração Universal dos Direitos Humanos tem em sua origem o trauma provocado pela Segunda Guerra Mundial e pelo genocídio nazista. O texto foi adotado pelos então 58 Estados membros da Assembléia Geral da ONU, com exceção da União Soviética, dos países do Leste europeu, da Arábia Saudita e da África do Sul, que se abstiveram. Nessa ocasião a Assembléia da ONU foi presidida pelo brasileiro Osvaldo Aranha.
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direito, proclama o primeiro artigo da Declaração, que em trinta pontos enumera os direitos humanos, civis, econômicos, sociais e culturais inalienáveis e indivisíveis.
A IECLB é uma Igreja que tem no respeito e na luta pela dignidade dos seres humanos um de seus pilares fundamentais de atuação. Por isso, ela se junta às comemorações de 10 de dezembro como uma expressão da memória e da importância deste documento. Mas a IECLB também se une ao coro daqueles que alertam acerca do desrespeito reiterado não só da Declaração, mas também dos princípios ali defendidos. No Brasil, por exemplo, a má distribuição das riquezas naturais e produzidas continua sendo uma das principais causas do desrespeito aos direitos básicos que garantem dignidade a cada pessoa.
A Federação Luterana Mundial lançou uma edição especial de sua revista Lutheran World Information, na qual traz as contribuições de autores de diferentes regiões do mundo, incluindo países nos quais a FLM está representada. A revista, nas versões inglês e alemão, pode ser acessada em: http://www.lutheranworld.org/What_We_Do/OCS/LWI-2008-PDF/LWI-200810-EN-low.pdf
Convidamos as comunidades a recordarem a data na oração de intercessão nos cultos do próximo fim de semana. Sugiro incluir na oração a seguinte petição:
Que as nações do mundo observem plenamente os direitos humanos e que a comunidade cristã possa se empenhar pela sua observância em todos os âmbitos, em gratidão por Deus ter criado a cada ser humano à sua imagem e semelhança.
Walter Altmann
Pastor Presidente