Jonas 3.10-4.11

Auxílio Homilético

21/09/2008

Prédica: Jonas 3.10-4.11
Leituras: Mateus 20.1-16; Filipenses 1.21-30
Autor: Teobaldo Witter
Data Litúrgica: 19º Domingo após Pentecostes
Data da Pregação: 21/09/2008
Proclamar Libertação - Volume: XXXII


1 Os textos bíblicos
Estamos diante de textos que tratam de aspectos significativos e contextualizados da vida da comunidade cristã, sua organização, sua clausura e sua missão numa sociedade global. Jonas pergunta pelo sentido da profecia numa compreensão exclusivista e fechada de Deus. No texto, é importante observar a reação de Jonas diante da justiça de Deus. Jonas sente-se mal com o fato de ser mensageiro de um Deus que ama todos, sem distinção alguma. Prefere morrer a ver a bondade de Deus concretizar-se na aceitação dos pecadores penitentes. Conforme Jonas, a justiça é retributiva, isto é, ela retribui a cada qual conforme seu merecimento, partindo de critérios legais. A justiça de Deus, no entanto, é restaurativa, bondosa. Jonas não concorda com Deus, pois esse trata os ninivitas com bondade e misericórdia. Imbuído do espírito humano, que o move e alimenta nas relações sociais, a justiça vingativa, retributiva, Jonas nega-se a ser mensageiro de Deus em meio ao povo pagão, “que não sabe discernir entre mão esquerda e mão direita” (Jn 4.11). Está muito magoado com Deus por ele ser justo com os pecadores que se arrependem.
O texto de Mateus tem o tema da bondosa justiça em comum com o livro de Jonas. Trabalhadores são contratados em horários diferentes. No fim do dia, recebem igual salário, conforme combinado com os primeiros. Aqueles que foram contratados por primeiro queriam mais do que os outros. Mas o patrão não é injusto. Sua justiça é diferente da justiça legalista, retributiva, meritória. Sua justiça é compassiva, bondosa e dá a cada um o necessário para viver.
Em Filipenses, Paulo prega a respeito da importância do engrandecimento de Cristo Jesus no seu corpo, “quer pela vida, quer pela morte” (Fp 1.20). Diz que o morrer é lucro para ele. Mas, por causa dos frutos de sua pregação, está certo de que ficará e permanecerá com todos (Fp 1.25-26). Convida para “viver firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica” (Fp 1.27).
Estamos diante de dois personagens que, embora ambos preguem nas cidades, têm compreensões diferentes: Jonas pede para morrer, porque não quer saber da graça e do perdão que Deus concede aos habitantes da cidade de Nínive. Paulo quer viver para continuar sua ação missionária em meio ao povo que “tem a graça de padecer por Cristo e não somente de crer nele” (Fp 1.29). O entusiasmo missionário de Paulo está ligado ao fato de Deus chamar pecadores ao arrependimento e que “a bondade de Deus conduz ao arrependimento” (Rm 2.4b). E qual é sua compreensão?

2 Localizando o texto
Jonas é enviado por Deus para ir a Nínive, a capital assíria, uma cidade pecadora. Deve pregar a palavra do Senhor. A população da cidade é numerosa; é uma capital populosa. Jonas é enviado para dizer que Deus havia condenado a cidade à destruição. Nínive tem 40 dias para se arrepender de seus pecados. Depois disso, vem a destruição.
Jonas entende que sua tarefa se reveste de complexidade. Ele tem medo de ser desmoralizado. Sabe que Deus é misericordioso e não quer a morte de ninguém. Sabe que Deus é puro amor. Seu coração é fonte de amor. Tal coração não suporta a morte. Sabe que, se Nínive se arrepender, Deus vai perdoar. E não vai destruir a cidade. Ele então ficaria desmoralizado, pois teria anunciado a destruição que não se cumpriria. Em sua visão fechada não cabe a idéia de Deus acolher uma cidade pagã e pecadora e tratá-la com amor. Com essa visão, vai pelo caminho oposto. Foge corajosamente, tendo uma postura indiferente diante da cidade de Nínive e opõe-se a Deus. Escolhe o caminho oposto ao indicado por Deus.
Jonas esquiva-se de sua tarefa. Outros profetas também não queriam assumir a tarefa de anunciar a ação de Deus em meio ao povo. Moisés elencou desculpas para não ir. Disse que não sabia o nome de Deus, que ninguém lhe daria ouvidos, que era gago. Jeremias desculpou-se dizendo que não poderia ir porque era muito jovem. Não teria credibilidade. Assim outros profetas também apresentaram desculpas para não ir. Apesar das desculpas, todos foram enviados por Deus. Jonas é quem foi mais “cabeça-dura”, recusando-se a ir. Ele não diz: Eu não sei fazer. Sabe que as pessoas não vão ficar indiferentes ante a pregação da palavra do Senhor. Mas não quer nem pensar em misericórdia. Certamente ele já teve a experiência de que Deus faz acontecer, apesar da fragilidade do profeta. Mas ele temia que Deus não destruiria a cidade se o povo se arrependesse. Na experiência e visão dele, Deus tem um “coração muito mole”. Ele perdoa pecadores. E Jonas decide não ir. Pelo contrário, foi pelo caminho oposto. Seu intento é escapar “da presença do Senhor”. Embarcou num navio para Tarsis, para “longe da presença do Senhor” (Jn 1.3). Mas Deus o buscou no navio em alto-mar, no ventre do peixe, colocou-o em terra firme e o encaminhou para Nínive.
Jonas 3.10-4.11 é a parte final do livro. Vem logo após a pregação de Jonas em Nínive. Deus havia colocado Jonas em terra firme e lhe dado a ordem: “Dispõe-te”. A palavra é clara. “Não é possível anunciar sem convicção e de má vontade. São necessárias firmeza e disposição. Dessa vez, Jonas não foge e não discute a ordem do Senhor; apenas obedece” (Immich, p. 54).
Deus fala claro através da boca de Jonas: “Vocês ainda têm quarenta dias. Depois Nínive será subvertida” (Jn 3.4). A pregação de Jonas é convincente. Ele é dedicado no ministério. Sua mensagem tem credibilidade. Seu trabalho é eficiente e eficaz. Faz em um dia o que normalmente levaria três dias. A palavra do Senhor penetra fundo na alma e no espírito, comovendo mente e coração dos habitantes de Nínive. Então acontece o que o Senhor esperava: “Os ninivitas creram em Deus, e proclamaram um jejum, e vestiram-se de panos de saco, desde maior até o menor” (Jn 3.5). Mas aconteceu o que Jonas não queria que acontecesse. “Viu Deus o que fizeram, como se converteram do mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito que lhes faria e não o fez” (Jn 3.10).
O texto poderia concluir com a bem-aventurança do arrependimento dos pecadores e da graça do perdão de Deus. Mas ele não termina aqui. Deus e o povo estavam felizes. Mas alguém não estava feliz. Pelo contrário, ficou muito aborrecido e magoado com a atitude salvadora de Deus. Esse alguém é Jonas. Ele queria ver o “circo pegar fogo”. Queria ver a destruição da cidade. Queria ver sangue, choro e morte. E ficou muito azedo, carrancudo, irado e resmungão com Deus. E ora, dizendo que ele tinha razão, que fugiu porque sabia que Deus não destruiria a cidade, que Deus é clemente e misericordioso e que agora para ele é melhor morrer do que viver (Jn 4.1-3).
Segundo von Rad, o principal enigma desse livro é: “Apesar da insubmissão de Jonas, Deus se serviu dele, soberanamente, como dum peão” (von Rad, p. 283). Foi por meio desse Jonas fujão e cabeçudo que os pagãos do barco ouviram a palavra do Senhor. Por meio dele, os ninivitas foram conduzidos ao arrependimento. Jonas, um homem forte e destemido, é um fracassado, pois seus interesses não se cumprem. Não consegue fugir, pois o peixe o coloca novamente em terra firme, e Deus o encaminha para Nínive. Tem interesse, então, na destruição da cidade, mas o povo se arrepende, e Deus aceita o pedido de perdão. Os sonhos de Jonas não se realizam. É através desse homem forte, mas fracassado, que Deus faz chegar a sua palavra aos pagãos do mar e à capital pagã da Assíria, Nínive. As pessoas ouvem a pregação de Jonas e mudam seus comportamentos.
O livro de Jonas é também,uma prática reflexiva sobre o profetismo. Sempre que Jonas se vê ameaçado, recolhe-se. Isso acontece no barco e na cidade de Nínive. Ele vive separado. Quando a vida e a morte estão em jogo, ele se separa. Quando Deus faz crescer o arbusto, ele se sente confortável. Quer observar de longe o que vai acontecer. Segundo von Rad, a profecia mostra aqui a sua capacidade de ser autocrítica, “de se questionar a si mesma diante de Deus” e do povo. Ela desvia seu olhar de si mesma, de seus planos, estratégias e vitórias e anuncia, com João, a Jesus Cristo. Que ele cresça e eu diminua (Jo 3.30). Do coração de Deus vem a bondosa justiça (Mt 20.15). Jesus vem do coração de Deus. Do coração de Jesus vem o amor cristão (Fp 1.8).
Deus dialoga com Jonas. Ele lhe pergunta se a sua ira tem algum sentido. Enquanto Jonas espera para ver o que vai acontecer com a cidade, Deus faz crescer um arbusto para, com sua sombra, propiciar conforto ao profeta. Esse se regozija à sombra da árvore. Mas Deus, assim como a fez crescer rapidamente, seca-a. Então Jonas mais uma vez se aborrece. Indagado por Deus, Jonas diz que sua ira é razoável até a morte. Jonas teve compaixão da árvore que Deus fez crescer sobre sua cabeça. Então Deus lhe pergunta se ele, Deus, não tem direito de ter compaixão de milhares de pessoas e animais de uma grande cidade? (Jn 4.11) O livro de Jonas termina com essa pergunta pelo direito de Deus ser bom, amar e ter compaixão dos pecadores, dos pagãos, dos estrangeiros e dos sofredores.

3 Meditação
Deus tem compaixão de todos, também de Jonas. Dá-lhe as condições necessárias para pregar, conforta-o e o ampara. Mas Deus também ama os pagãos do barco, os pecadores de Nínive, os muitos animais. Deus ama Israel, mas seu amor não está preso aos limites de um povo, a uma só compreensão filosófica, a uma cultura, a uma só etnia. Deus é Deus clemente, misericordioso, compassivo com todos os seres, em todos os tempos e lugares. Essa foi uma árdua conversão para Jonas. Ele achava que podia fugir de Deus, esconder-se em outros lugares, em meio aos pecadores. Certamente, na visão teológica exclusivista, retributiva e meritória de Israel, Deus se encontraria somente em seu “Santo Templo”. Deus prepara seu profeta, também em outros lugares. Ele foi ouvido por Deus: “do ventre do abismo, gritei, e tu me ouviste a voz” (Jn 2.2). Deus faz do ventre do peixe um grande seminário teológico para Jonas. Não é no barco que navega seguro, mas no tenebroso ventre do peixe que está a igreja de Jonas. Mas ele não pode ficar ali dentro, seguro e acomodado. Isso seria seu fim. Precisa sair para a missão de Deus. Para isso está sendo vocacionado. Descobre que, mesmo fugindo para longe do Senhor, Deus o encontra. Não há lugar onde Deus não o encontre.
Para Jonas, como hebreu ligado à lei, ao templo e à pureza da raça, é caro aceitar que não são as obras da lei, no bojo da justiça retributiva, que salvam. Mas é a graça de Deus no bojo da bondosa justiça que salva. Diante dessa obra de Deus só restam arrependimento e perdão. Mas o justiceiro de Deus, Jonas, tem problema com o perdão. Não é esse também um problema de hoje? O que pensam os membros quando são convidados para fazer visitas e cultos em presídios? Nesse contexto, não somos também Jonas que vai em direção oposta? Em nossa prática, as pessoas de fato se arrependem e são perdoadas?
Claúdio Lembo escreveu que há modismos de perdão. E tudo se resolve com um pedido de perdão. Ele diz: “Fecha-se o ciclo com um pedido de perdão. Todos vão para seus lares em estado de graça. Ao inferno, valores e vítimas” (Lembo, p. 1). Ele tem razão quando diz que há valores e vítimas no meio do caminho. Não dá para passar por cima deles. É claro que não há perdão somente da boca para fora. Perdão vem do arrependimento sincero que supõe reparação. Zaqueu, o publicano, quando Jesus o encontrou, disse: “Senhor, vou dar a metade dos meus bens aos pobres; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, devolvo quatro vezes mais” (Lc 19.8). Mas esse não parece ser o problema de Jonas. Ele não pergunta pela sinceridade do arrependimento e pelo valor do perdão. Sua reclamação está mais ligada ao fato de não dar valor a povos que viviam em cultura diferente da sua. Tem uma visão fechada de Deus, que retribuiu a cada um conforme suas obras. Essa compreensão de fé é expressa hoje no ditado popular: “Aqui se faz, aqui se paga”. É uma visão religiosa popular muito presente em todas as culturas. Como cristãos evangélicos luteranos, vivemos e ensinamos que nossos pecados são todos pagos por um preço muito alto, isto é, pela morte e ressurreição em favor de nós. A nós cabe aceitar a palavra do Senhor, o arrependimento e a graça do perdão para uma vida reconciliada, feliz e abençoada.
Jonas foi chamado e capacitado por Deus para seu projeto missionário em Nínive. Essa não é uma cidade qualquer. É a capital da Assíria. É o centro do poder, onde há o palácio, a religião do império e o exército. Há algo em torno de 120 mil pessoas, que não sabem a diferença entre mão esquerda e mão direita, além de muitos animais (Jn 4.11). Jonas foi vocacionado, foi provocado para pregar, para anunciar o fim da cidade. O fim está chegando, porque a malícia da cidade chegou aos ouvidos de Deus (Jn 1.2). E Deus age. Ele não fica indiferente à situação do povo dessa cidade. Certo dia, chegou à minha comunidade um jovem que nos disse que no presídio havia carência de pregadores e que a palavra deveria ser pregada. Ele nos convidou para visitar o local e pregar a palavra. Algumas pessoas aceitaram o convite, mas muitas fizeram de conta que o assunto não era com elas. Pregar no barco entre os iguais é fácil. Difícil é pregar nas profundezas do abismo ou na cidade de Nínive, cuja malícia chegou aos ouvidos de Deus. Não é mais fácil fazer como Jonas, isto é, desejar a morte deles? Mas o que vamos fazer como comunidade para a qual Deus diz que tem o direito de ser bom e amar também aqueles?

4 Imagens para a prédica
Numa comunidade em que fui pastor durante vários anos, estudamos o livro de Jonas. As pessoas estavam entusiasmadas e aguardavam com interesse o próximo capítulo. Num dos encontros, um professor, membro da comunidade, contou sua história. Compartilho resumidamente seu testemunho:
O livro de Jonas foi uma das primeiras histórias bíblicas que meus pais me contaram. É uma história fascinante, cheia de figuras. Atiça a imaginação e a criatividade. Cresci próximo a um rio. Nele tomávamos banho e, às vezes, navegávamos com nossas canoas domésticas. Numa travessia de um dos poços mais profundos, imaginei-me como Jonas, sendo jogado na água. E pensei: ainda bem que há um peixe que Deus pode chamar para levar-me à terra firme. Entendia que Jonas era uma pessoa muito dedicada, esforçada. Eu estava feliz porque Deus não precisou destruir a cidade. As pessoas gostaram da pregação de Jonas, entenderam-na e se arrependeram, mudan do o rumo de suas vidas. Confesso que tive dificuldade para compreender a ira que Jonas tinha de Deus. Às vezes, pensei que fosse por causa da árvore que secou. Mas não era. Concluí que Jonas era uma pessoa vingativa e que não queria ver os outros felizes. Já na minha juventude, como estudante, quando era, às vezes, chamado para ajudar na comunidade, decidi que sempre deveria amar o povo. Quando as pessoas tinham problemas, deveria ajudá-las a conversar, analisar e pensar sobre a situação e a descobrir juntos a melhor forma de enfrentá-la. Criar consenso, envolver as pessoas afetadas, possibilitar a participação de todos para criar formas possíveis de solução de danos psicológicos, ressentimentos, rancores, traumas e perdas causadas por conflitos e injustiças. Isso se chama também de justiça restaurativa. Não devemos deixar que as dificuldades tomem conta de nossas vidas. Cremos em Cristo e, às vezes, padecemos em Cristo (Fp 1.28). Mas isso nem sempre é fácil. Às vezes, as pessoas não querem conversar sobre seus problemas. Às vezes, penso, Deus tem outros encaminhamentos, diferentes dos nossos. È importante que aprendamos de Paulo quando diz: “Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo” (Fp 1.27).
Penso que a história do professor traz como testemunho elementos importantes para a pregação.

5 Subsídios litúrgicos
Texto bíblico de acolhida:
“Guia-me na tua verdade e ensina-me, pois tu és o Deus da minha salvação, em quem eu espero todo o dia” (Sl 25.5).

Texto bíblico para a confissão de pecados:
“Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.8-9).

Confissão comunitária:
Deus, confessamos nossa falta de confiança em ti. Em lugar da fé permitimos que a crendice e a dúvida tomem conta de nossas vidas, roubando-nos a paz, fechando nossos olhos para as necessidades ao nosso redor. Outras vezes, vivemos indiferentes diante daquilo que tu solicitas de nós. Não perguntamos por tua vontade para nosso viver, não temos amado de verdade. Quantas vezes escolhemos o caminho mais cômodo, fazendo o que todos fazem, sem perguntar pela missão que tu nos confiaste como tua comunidade. Perdemos de vista o alvo maior: ser testemunha do teu reino. Acomodados, renunciamos à esperança. Temos tolerado injustiças, fomos insensíveis à miséria e à solidão, ao medo, ao ódio ao nosso redor e à vingança. Tu nos presenteaste com teu reinado de paz e perdão, e não nos mostramos agradecidos. Renova-nos, por inteiro, através do teu Espírito. Pedimos perdão, Senhor.

Texto bíblico para anunciar o perdão:
Se confessarmos os nossos pecados a Deus, ele cumprirá a sua promessa e fará o que é justo; perdoará os nossos pecados e nos limpará de toda maldade (baseado em 1 Jo 1.9).

Kyrie:
Assim diz o Senhor Jesus: Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.
Por isso vamos trazer perante ele as dores do mundo:
Pela paz no mundo inteiro; pela paz em nosso país, em nossa cidade, em nossas famílias, oremos ao Senhor:
Tem, Senhor, piedade.
Pelas pessoas que sofrem injustiças e perseguições; pelos assolados por fome, doença e desemprego, oremos ao Senhor:
Tem, Senhor, piedade.
Pelas pessoas que se encontram desorientadas, sem verdadeiros valores de vida a partir do evangelho, e por isso caem em drogas, desrespeito à vida, em perigos de morte e perdição, oremos ao Senhor:
Tem, Senhor, piedade.
Pela igreja, que se orienta na verdade do evangelho de Jesus Cristo, para que seu testemunho e sua vida de fé sejam vigorosos, oremos ao Senhor:
Tem, Senhor, piedade.

Louvor:
Ler o Salmo 105.1-8.

Oração do dia:
Senhor, reuniste-nos hoje, Deus de toda compaixão e de amor, como pessoas de diferentes histórias de vida, e, mesmo assim, formamos tua comunidade. Não é nossa imensa capacidade de viver e nos entender nas diferenças que faz de nós igreja. Mas é através de tua palavra na qual reúnes a comunidade que crê em Jesus Cristo, composta por pessoas diferentes em sua cultura e em seu jeito de viver. Vimos até aqui para ouvir tua palavra e abrir novos horizontes como pessoas e como comunidade. Faze com que nos apeguemos à tua palavra, que dá um novo começo, porque estamos cansados de recomeçar com nossas próprias forças. Fala conosco, Senhor. Dá-nos uma mente aberta e disposta a refletir sobre a tua palavra, coração sensível e ouvidos dispostos a prestar atenção a teu ensino. Que teu Santo Espírito esteja atuando entre nós através de tua palavra lida e pregada. Oramos e pedimos em nome de Jesus Cristo, que contigo e com o Espírito Santo vive e governa eternamente. Amém.

Bibliografia
IMMICH, Vera M. In: Proclamar Libertação, v. 31. Auxílios homiléticos sobre a série ecumênica trienal–ano B. São Leopoldo: Editora Sinodal, 2005.
LEMBO, C. Com tanto perdão, cachaça é pouco. São Paulo: Terra Magazine, 2007.
von RAD, G. Teologia do Antigo Testamento, v. 2. 2.ed. São Paulo: ASTE, 1886.
 


Autor(a): Teobaldo Witter
Âmbito: IECLB
Natureza do Domingo: Pentecostes
Perfil do Domingo: 19º Domingo após Pentecostes
Testamento: Antigo / Livro: Jonas / Capitulo: 3 / Versículo Inicial: 10
Título da publicação: Proclamar Libertação / Editora: Editora Sinodal / Ano: 2007 / Volume: 32
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Auxílio homilético
ID: 24327
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