Em uma de suas primeiras decisões como Comitê Central do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), o recém-instalado comitê de 150 membros fez história nesta sexta-feira, elegendo a Dra. Agnes Abuom de Nairobi, da Igreja Anglicana do Quênia, como moderadora do CMI.

Abuom, que foi eleita por unanimidade para o cargo, é a primeira mulher e a primeira africana na posição nos 65 anos de história do CMI.

Dois vice-moderadores também foram eleitos, Bispa Mary Ann Swenson, da Igreja Metodista Unida dos EUA e Prof. Dr. Gennadios de Sassima do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla.

Minha oração aberta é que vamos avançar juntos nos próximos anos, apesar de nossas diversidades que têm o potencial para nos dividir , disse Abuom logo após a sua eleição, ... e que o CMI vai continuar a ser um instrumento de provisão de um espaço seguro para todos os que podem vir e partilhar as suas esperanças, aspirações e visões, e voz profética.

Aboum disse que a voz profética é vital para o ecumenismo no século 21 e para a Igreja no mundo de hoje.

Como a primeira mulher moderadora do organismo em todo o mundo, Aboum diz que o modelo de discernimento consensual ressoa muito bem com processos de tomada de decisão femininos, consultas e escutas cuidadosas, procurando entender a perspectiva da outra pessoa.

Abuom serviu no Comitê Executivo do CMI, representando a Igreja Anglicana do Quênia. Ela também é uma consultora de desenvolvimento, servindo em organizações quenianas e internacionais na coordenação de programas de ação social para a sociedade civil e religiosa em toda a África.

Abuom foi a presidente para a África do CMI entre 1999-2006. Ela tem estado associada a Conferência Pan-Africana de Igrejas e Igrejas-membro do CMI na África. Ela é co-presidente das Religiões para a Paz e do Conselho Nacional das Igrejas do Quênia.

Áreas de trabalho do Abuom incluem justiça econômica, paz e reconciliação.

Gennadios, que vai servir como vice-moderador em segundo mandato no Comitê Central do CMI, é um professor de teologia. Atuou como vice-moderador da Comissão Fé e Ordem do CMI de 1998 a 2006. Ele era um membro da equipe do Secretariado de Fé e Ordem do CMI em Genebra de 1983 a 1993. Ele faz parte em uma série de diálogos bilaterais, envolvendo os ortodoxos, a Igreja Católica Romana e igrejas luteranas, entre outras.

Fonte: CMI

Veja também no Portal Luteranos - Assembleia do CMI 2013.