IECLB e Federação Luterana Mundial - FLM



ID: 2702

Quadro financeiro da FLM é preocupante

03/09/2004

 

Sexta, 3 de setembro de 2004 - 8h32min

O tesoureiro da Federação Luterana Mundial (FLM), Peter Stoll, apresentou, nesta quinta-feira, um panorama preocupante a respeito da situação financeira do organismo ecumênico internacional na reunião do Conselho, que acontece em Genebra, até o próximo dia 7 de setembro.

Stoll advertiu que, se a situação financeira não melhorar, o Conselho será obrigado a adotar medidas drásticas, que incluiriam inclusive cortes em programas e redução de pessoal.

Os resultados do exercício orçamentário correspondente ao ano de 2003 registram um déficit de 552 mil dólares, que foi coberto com recursos do fundo de reserva.

O tesoureiro mostrou preocupação porque esse fundo atingiu um nível mínimo (6,4 milhões de dólares), e advertiu que não é possível continuar equilibrando o orçamento anual recorrendo ao fundo de reserva, pois isso contraria o princípio de desenvolvimento sustentável que norteia a FLM no manejo administrativo.

O relatório do tesoureiro menciona que a diminuição da receita explica-se pela crise que as igrejas do Primeiro Mundo enfrentam, pela implementação de novas políticas de arrecadação de impostos em alguns países europeus, e porque muitas igrejas membros não pagam suas quotas anuais.

Para enfrentar os problemas financeiros, o tesoureiro delineou a necessidade de incrementar os aportes à FLM e melhorar a eficiência na aplicação de recursos e no impacto dos programas. Caso essas duas opções não funcionarem, a FLM será obrigada a cortar atividades e, eventualmente, reduzir o número de funcionários.

Segundo o relatório da tesouraria, o incremento da receita é possível. Se todas as igrejas pagarem a quota anual, a FLM obteria 700 mil francos suíços (cerca de 570 mil dólares) adicionais.

Entre as possíveis medidas de austeridade, a tesouraria propõe que as reuniões do Conselho sejam realizadas a cada 14 ou 18 meses, ao invés de serem anuais; que se reduzam os custos das assembléias gerais (em Winnipeg, 2003, foram gastos 2,5 milhões de dólares), assim como os gastos de tradução e interpretação.

Essa última sugestão motivou reações de representantes de igrejas latino-americanas e dos Estados Unidos, que consideram inaceitável ignorar o espanhol como língua oficial da FLM. Por razões financeiras, na atual reunião do Conselho somente estão sendo considerados o alemão e o inglês como idiomas de trabalho.

A proposição de mudar a sede da FLM, considerando o alto custo de vida em Genebra, também figura como uma das idéias destinadas a reduzir os gastos administrativos e de organização.


Fonte: Fernando Oshige/ ALC Notícias
 

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Martim Lutero
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