Em 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero apresentava 95 teses criticando a venda de indulgências pela Igreja Católica. Municípios de colonização alemã concentram o maior número de luteranos.
Esta terça-feira (31) marca os 500 anos da Reforma Protestante, que dividiu parte do cristianismo e serviu de base para a fundação da Igreja Luterana. A cultura religiosa foi trazida ao país pelos imigrantes alemães que transformaram o Rio Grande do Sul na maior comunidade luterana do Brasil.
No dia 31 de outubro de 1517, em frente à igreja no castelo de Wittemberg, na Alemanha, Martinho Lutero apresentava ao mundo suas 95 teses criticando a venda de indulgências pela Igreja Católica. A chegada dos primeiros luteranos ao Brasil, porém, ocorreu apenas em 1824, especialmente em regiões de colonização alemã, como Santa Cruz do Sul e Candelária, no Vale do Rio Pardo, Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, e Quinze de Novembro, no Noroeste gaúcho.
Em Santa Cruz do Sul, a valorização da educação, uma das mudanças defendidas por Lutero, veio junto com os alemães. Com quase 150 anos, a maior escola particular do município é luterana.
Não havia escolas e eles se juntaram e criaram várias escolas. A nossa se deve aos valores que Martinho Lutero defendia, de uma escola lúdica, uma escola alegre, uma escola feliz, uma escola que oportuniza o desenvolvimento pleno dos alunos, lembra o diretor da escola, Nestor Raschen.
Em Candelária, a religião luterana além de concentrar um grande número de fieis, também é responsável pelo desenvolvimento social do município. Segundo o pastor Marcos Jair Fester, que atua em uma igreja com mais de 150 anos, a construção do templo motivou a expansão da cidade, que hoje tem cerca de 30 mil habitantes.
Isso também a ajuda a cumprir, na nossa sociedade, o desenvolvimento dela a partir da fé cristã luterana, diz o religioso.
Por Kelly Veronez, RBS TV
31/10/2017 21h03
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