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ID: 341

Recomendações de Lutero para tempos de Aflição e Pandemia

Autoria P. Me. Alexander Busch

27/03/2020

“Deus é o nosso refúgio e a nossa força, socorro que não falta em tempos de aflição. Por isso, não teremos medo, ainda que a terra seja abalada, e as montanhas caiam nas profundezas do oceano ... O SENHOR Todo-Poderoso está do nosso lado; o Deus de Jacó é o nosso refúgio” Sl 46.1,2,7.

Estimados irmãos e irmãs,
A fé de Cristo Jesus cria comunhão entre nós, mas também com pessoas e história do passado. Para nossa meditação nesta noite, gostaria de resgatar um momento na história do povo de Deus.

Estamos no ano 1527, na Alemanha. A peste bubônica afligia Wittenberg, a cidade onde Martim Lutero lecionava na universidade e pregava na igreja. A companheira da doença era o medo que enchia de pavor as pessoas. E as pessoas tinham motivo para ter medo. Dois séculos antes a epidemia da peste bubônica atravessou a Europa e dizimou 40 por cento da população.

No tempo de Lutero já se sabia que a doença era transmitida pelas pulgas de ratos contaminados. As condições sanitárias da época infelizmente facilitavam que os roedores se multiplicassem e, portanto, a proliferação da doença. As pessoas estavam, preocupadas, ansiosas e se perguntavam qual seria a maneira mais correta e fiel de combater a epidemia.

Em meio a essa realidade, Lutero escreve uma carta com recomendações cujo título era “Se Alguém Pode Fugir de uma Praga Mortal”. Entre as recomendações Lutero insiste no dever de cada cidadão para cuidar do próximo e destaca a responsabilidade do governo em proteger a população e prestar serviços de saúde aos cidadãos. Lutero enfatiza também a necessidade de não se deixar levar pelo pânico e a importância da ciência e da medicina.

Como forma de prestar ajuda ao próximo, Lutero recomenda que os pastores, os médicos e as autoridades públicos não se ausentassem da cidade. Neste sentido Lutero cita a carta de Paulo aos Romanos, “Porque as autoridades estão a serviço de Deus para o bem de você” Rm 13.4, lembrando que Deus chama pessoas para exercer o poder público em favor de toda a população. A autoridade que abandonasse a sua responsabilidade, expondo a população ao perigo, estaria cometendo pecado diante de Deus.

O próprio Lutero, portanto, também permaneceu na cidade de Wittenberg para cuidar do seu povo. Aos pastores, o pastor Martinho Lutero escreve, “os que estão no ministério da Palavra devem permanecer firmes diante do perigo da morte”. Ao mesmo tempo que Lutero colocava sua própria vida em risco, ele incentiva a prudência e a importância de não colocar outras pessoas em risco. “Todos nós”, diz Lutero, “temos a responsabilidade de afastar esse veneno da melhor maneira possível, porque Deus nos ordenou que cuidássemos do corpo”.

Por isso Lutero também defende medidas de saúde pública, como quarentenas, e a procura a atendimento médico quando disponível. Ele escreve, “Deus criou os remédios e nos dotou de inteligência para proteger e cuidar do corpo... Usem os remédios; tomem medicamentos que possam ajudá-los, limpem a casa, o pátio e a rua; evitem pessoas e lugares em que seu vizinho não precisa de sua presença para não correr o risco de contaminar estas pessoas”.

Estimados irmãos e irmãs, como estas recomendações nos soam familiares. Apesar dos séculos que nos separam de Wittenberg, somos nós também pessoas chamadas para cuidar uns dos outros, pois, como escreve o apóstolo Paulo, ao “carregar uns aos outros, assim estaremos obedecendo à lei de Cristo” (Gl 6.2) E a lei de Cristo é o amor que se doa em favor do próximo, como o próprio Jesus afirma, “ame uns aos outros assim como eu amo vocês (Jo 15.12).

Oremos para que Deus nos dê sabedoria e discernimento, para que cada pessoa possa fazer a sua parte da melhor maneira para praticar o amor de Cristo . . . Amado Deus, vivemos tempos de medo diante das ameaças ao nosso redor. Dá-nos tua paz para enfrentar o medo e dá-nos especialmente clareza de como demos portar para carregar uns aos outros, por Cristo Jesus quem nos ensina a orar, Pai nosso . . .
 


Autor(a): P. Me. Alexander R. Busch
Âmbito: IECLB / Sinodo: Rio Paraná / Paróquia: Maripá (PR)
Área: Missão / Nível: Missão - Coronavírus
Testamento: Antigo / Livro: Salmos / Capitulo: 46
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 56286

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