Sínodo Mato Grosso



Rua Alberto Velho Moreira , 48 - Bandeirantes
CEP 78010-180 - Cuiabá /MT - Brasil
Telefone(s): (65) 9846-83271 | (65) 9840-66020 | (65) 9846-83271
sinodomt@outlook.com
ID: 10

Relatório Sinodal 2014

19/06/2014

Relatório (reflexivo) para XVIII Assembleia Sinodal – 19-21.06.2014

1. Introdução

“Todo atleta que está treinando aguenta exercícios duros
porque quer receber uma coroa de folhas de louro,
uma coroa que, aliás, não dura muito. Mas nós
 queremos receber uma coroa que dura para sempre”.
(1 Co 9.25)
 A comunidade para a qual Paulo dirige as palavras do versículo mencionado é de Corinto. Perto dali eram realizados os Jogos Ístmicos para os quais se convocavam os melhores atletas. O apóstolo faz uso da afinidade que o povo tinha com os jogos para transmitir a sua mensagem. Sem muitos rodeios, mostra o quanto são passageiras as coroas de folhas de louro, comparadas à coroa, com prazo de validade indeterminado, reservada aos filhos e filhas de Deus.
 Escrever um relatório para uma Assembleia Sinodal em meio a uma Copa do Mundo no Brasil, com uma das sedes em Cuiabá, sem fazer alguma alusão ao futebol é quase impossível. Fomos convocados para estarmos aqui, em última instância não pela Presidenta do Conselho Sinodal, mas, sim, por aquele que entregou a sua vida por nós. O time de lideranças do Sínodo não é formado por estrelas, mas por pessoas que receberam dons para servirem uns aos outros com humildade e em amor.
Neste espírito compartilho este relatório reflexivo. No final deste ano conclui-se uma etapa no Sínodo. As paróquias indicaram as lideranças que vão compor o novo Conselho Sinodal que assume em dezembro e a Assembleia elegerá aquelas que vão desempenhar outras funções igualmente necessárias. Isso tudo para dar conta da melhor maneira possível da tarefa de anunciar o Evangelho, através da IECLB, nas comunidades do Sínodo MT. Por sinalizar o final de uma etapa, em alguns pontos, faço referência aos últimos quatro anos.

1. A Copa – os prós e os contras de estar na vitrine
“Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai
por ela ao Senhor, porque na sua paz vós tereis paz”.
(Jr 29.7)
“O mundo terá a oportunidade de ver o que o povo brasileiro é capaz de fazer. O futebol, para nós, brasileiros, não é apenas um esporte, mas uma verdadeira paixão”. Estas foram as palavras do Presidente Lula na sede da FIFA em Zurique, na Suíça, no dia 30 de outubro de 2007, quando o Brasil foi anunciado como país sede da Copa de 2014. Uma iniciativa apoiada na época por quase 80% do povo brasileiro.
“Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao Senhor, porque na sua paz vós tereis paz” (Jr 29.7). Estas foram as palavras dirigidas pelo profeta Jeremias ao povo de Deus que estava, contra a sua vontade, na Babilônia por volta do ano 580 antes de Cristo. Esse é também o Lema bíblico do Tema do Ano da IECLB.
Há que se reconhecer: o nosso ex-presidente não disse nada de errado lá na Suíça em 2007. A Copa do Mundo, mais do que qualquer outro acontecimento do passado recente, mostra do que os brasileiros são capazes. Expõe a nação aos olhos do mundo. Os turistas e os milhões que acompanham jogos e noticiários vão formar ou reformular a visão que têm do Brasil. Não há dúvidas que estão vendo muita coisa bonita: belos estádios, o jeito de lidar com a bola, as belezas naturais e a alegria do povo brasileiro. Também não há dúvidas que estão escancaradas as nossas mazelas: obras inacabadas, contrastes sociais, a violência e a corrupção.
Jeremias não tinha como imaginar uma Copa do Mundo. Ainda assim, a essência da sua mensagem é muito atual. Naquele tempo, o povo de Israel foi orientado a fazer da Babilônia o seu lugar, esforçando-se pela paz e orando por ela. O Brasil que aí está, apaixonado por futebol e exposto aos olhos do mundo, é o nosso lugar. Aqui nascemos. Aqui ganhamos o nosso sustento. Aqui Deus nos chama a dar testemunho de paz e de promover comunhão, com alegria, indignação, ação e oração. Entendo que um dos maiores desafios para nós é o da coerência, firmada na ética cristã, que não barganha o voto, que coloca os interesses dos outros acima dos próprios, que constrói ou reforma o templo sem dinheiro público, que não tenta subornar o guarda de trânsito...

2. Planejamento missionário – caminhar sem atropelar
“Na medida do possível, esperamos uma maior flexibilidade
na implementação de metas e no desenvolvimento das mesmas.
Percebemos a necessidade de ajustar o ritmo do Sínodo/IECLB
à realidade das comunidades” (um grupo de ministros/as).
Nas Conferências Ministeriais do 2º semestre de 2012 propus aos/às colegas uma avaliação da caminhada do Sínodo, incluindo o p. sinodal. Foram destacados pontos positivos. Mas também foram mencionadas lacunas e feitos questionamentos. Um deles transcrito acima. Percebam que a frase foi escrita com sensibilidade. Numa linguagem mais direta estava sendo dito: Sentimo-nos pressionados em relação ao planejamento!
Agradeço aos/às colegas que expressaram a sua percepção e o seu sentimento. Aliás, argumento semelhante o Sínodo usou em recente parecer junto à Secretaria Geral por atrelar a aprovação de recursos complementares para a Subsistência Ministerial àqueles Campos de Atividade que estivessem com o PAMI em andamento. Aprendemos nos últimos anos que, em se tratando do Planejamento Estratégico nas comunidades, há que se respeitar o ritmo das comunidades. Não dá para atropelar.
Ao mesmo tempo, no entanto, é necessário caminhar. O Planejamento Sinodal 2011-2014, na sua simplicidade, ajudou para que metas importantes, definidas em conjunto, fossem alcançadas. Neste sentido, continua sendo um desafio para todos nós superarmos um jeito de pensar comunidade que somente faz agendamentos de um ano para o outro, deixando de ter no horizonte metas de médio e longo prazo. Ou seja, há que se ter cuidado para não atropelar e há que se ter o cuidado para não marcar passo.
Nesta Assembleia vamos fazer uma nova etapa de planejamento para os próximos anos. Os subsídios foram pedidos dos Campos de Atividade, baseados nos eixos do Plano de Ação Missionária da IECLB – PAMI. O propósito é assegurar que o planejamento da instância sinodal, construído coletivamente, esteja, ao mesmo tempo, sintonizado com a realidade das comunidades e com linhas gerais daquilo que impulsiona o conjunto da IECLB. Os objetivos e as ações que conseguirmos definir como prioridade serão o indicativo para as lideranças do sínodo e das comunidades, bem como para ministros e ministras. O que, em todo o caso, não se pode perder de vista é o objetivo primordial de que as comunidades sejam fortalecidas e instrumentalizadas para a tarefa de dar testemunho do Evangelho.

3. Os bons caminhos
“Ore ao Senhor, seu Deus, para que mostre o caminho
que devemos seguir e o que devemos fazer” (Jr 42.3).
O P. Sinodal tem o privilégio de conhecer o conjunto dos Campos de Atividade do Sínodo. Por isso mesmo tem também, entre outras, a responsabilidade de subsidiar de forma propositiva o Conselho e Assembleia Sinodal (Art. 25 do Estatuto do Sínodo). Destaco inicialmente onde, na minha ótica, caminhamos bem os últimos anos.
3.1 – Olhar missionário - As comunidades do Sínodo MT estão localizadas em uma região de crescimento econômico e populacional. Este dado por si só pede que estejamos atentos às necessidades e oportunidades de criação de novas comunidades e Campos de Atividade (CAM). O único novo CAM que surgiu nos últimos anos foi o de Alto Garças/Rondonópolis. Entretanto, é importante destacar os CAMs que se fortaleceram no período: a) Gaúcha do Norte – Um projeto de edificação de comunidade que se desmembrou da Paróquia de Canarana; b) A Comunidade Missionária de Santarém – está firmando a sua caminhada; c) Projeto Sul do Pará – sofreu e correu risco pelo longo período de vacância; hoje tem presença ministerial assegurada através da missionária; d) 2º Pastorado de Sinop em Cláudia – conta com ministro residente, com maior proximidade com as comunidades daquela área da Paróquia; e) Capelania Hospitalar – um Projeto ousado, iniciado em 2011: se organizou internamente e alcançou expressivo reconhecimento; tudo indica que veio para ficar. Além disso, algumas paróquias que estavam fragilizadas na dimensão comunitária ou da sustentabilidade, conseguiram se recompor.
3.2 - Formação – Esta foi uma das prioridades no Planejamento Sinodal. É uma área que requer atenção continuada por parte de lideranças e ministros/as. Há iniciativas locais, por ex., quando lideranças fazem estudos regulares do Guia do Presbitério. Há iniciativas setoriais, por ex., na realização de seminários para formação de Líderes de Culto. Há iniciativas sinodais, por ex., formação de assessores do PAMI ou seminário anual da OASE. Motivo de especial alegria e gratidão é o Curso de Capacitação Qualificada de Líderes, voltado para ministros e ministras. A primeira de três etapas foi em março. A 2ª será em outubro e a 3ª no 1º semestre de 2015. O curso conta com a adesão de 90% dos/as ministros/as do sínodo e a avaliação positiva foi unânime depois da primeira etapa. O propósito é capacitar ainda mais os/as ministros/as para o exercício da liderança e para lidar com conflitos. Cabe mencionar ainda o crescente número de cursos de formação oferecidos na modalidade à distância (EaD). No primeiro semestre deste ano 19 pessoas do Sínodo participaram do Curso EaD par formação de orientadores/as de Ensino Confirmatório.
3.3 - Comunicação – Outra prioridade do Planejamento Sinodal. Constitui-se uma Equipe de Comunicação que se reúne duas vezes ao ano. Com isso, foi incrementada a inserção de notícias no site, a utilização do Facebook, a edição de dois números por ano do Informativo Sinodal, a criação da logomarca do Sínodo, impressão de adesivos. No momento, estamos planejando a produção de um vídeo institucional do Sínodo para ser amplamente usado, por ex., no trabalho com confirmandos. Temos a expectativa de lançar esse vídeo na próxima Assembleia Sinodal. Além disso, os objetivos na área da comunicação/visibilidade incluíam iniciativas locais. Tenho percebido em vários locais um maior zelo na identificação dos templos, na informação de horários de cultos, em placas nas entradas das cidades, informando a presença e endereço da comunidade naquela cidade.
3.4 - Fé, Gratidão e Compromisso – Quem acompanha os dados ao longo dos anos, percebe um sensível crescimento relacionado ao tema Fé, Gratidão e Compromisso. Há um visível crescimento na compreensão de que as nossas ofertas e contribuições expressam a gratidão por tudo o que recebemos de Deus. Os sinais disso podem ser percebidos no aumento da fidelidade no repasse do dízimo, em doações pontuais para causas importantes, na generosidade das ofertas, nos números da Campanha Vai e Vem. Alguns CAMs têm diminuído o percentual de auxílio externo no seu orçamento. Além disso, a partir de diálogo no Conselho Sinodal, conseguimos praticamente eliminar o desconforto em relação ao Adicional Sinodal, cujo repasse não era feito por todos os CAMs aos seus ministros/as . A expectativa é de que a partir de 2015 todos os/as ministros/as do sínodo recebam o Adicional Sinodal de 150 UPMs para que tenham o seu poder aquisitivo equiparado aos dos/as colegas de outras regiões do Brasil. Sustentabilidade e tudo o que a envolve é um assunto tão espiritual como qualquer outro. Temos muito a agradecer.
3.5 – Presença Pastoral – A presença junto às comunidades e aos/às ministros/as é prioridade. Trata-se da busca por equilíbrio no agendamento de compromissos, uma vez que também há outras demandas: necessidade de encaminhar correspondências, elaboração de textos, reuniões em âmbito nacional, preparo de material, tempo para a família etc. Creio que consegui ir ao encontro desta expectativa. Experimentei momentos preciosos de convívio comunitário, de diálogo com lideranças, de convívio com ministros/as. No geral, retorno muito animado das Conferências Ministeriais e das visitas a colegas e comunidades, apesar do cansaço. Todavia, não é necessário omitir algumas poucas situações mais difíceis relacionadas a CAMs e ministros/as. Reconheço também que a presença do P. Sinodal deveria ser ainda mais intensa. Às vezes, por contingência de agenda, o tempo entre uma e outra visita fica muito longo. Trata-se de um desafio permanente.
3.6 – Ministros/as e lideranças – O nosso P. Presidente sempre enfatiza a importância de cuidar bem do bem da IECLB. E o maior bem da IECLB são as pessoas, entre elas, as lideranças e ministros/as. O número de pessoas em nossas comunidades que se dedica à causa do Evangelho é motivo de profunda gratidão a Deus. Expressão desta realidade também são as lideranças das comunidades, das paróquias e aquelas com função em âmbito sinodal. Este exercício do sacerdócio geral está entre o que temos de mais bonito na IECLB. Sou testemunha de como a diretoria sinodal se desdobra para exercer a sua função com zelo e comprometimento. O mesmo pode-se dizer do conjunto dos/as ministros/as. Mesmo que aqui e lá ocorra uma situação de desconforto ou de falta de adaptação, prevalece um grande senso de compromisso com o ministério. Aliás, nenhuma situação realmente grave envolvendo ministros/as ocorreu nos últimos três anos e meio. Também aqui temos motivos para agradecer. Adicionalmente, cito a importância da implementação das coordenações setoriais, descentralizando parcialmente as atribuições. São colegas que no seu setor ajudam na coordenação, no preparo das Conferências Ministeriais e servem como referência em outras situações. Agradeço por este valioso trabalho.

4 – Lacunas e desafios
Tão importante quanto perceber onde caminhamos bem é perguntar pelas lacunas que ficaram pelo caminho. A partir do Evangelho, quais situações demandam maior cuidado? Quais são os desafios? Menciono alguns pontos que, talvez, devessem ser considerados no planejamento sinodal ou local.
4.1 – Formação – Mencionei acima a formação como destaque. Aqui menciono formação como desafio permanente. Na sociedade atual diminui a disponibilidade e a possibilidade que as pessoas têm de participar de encontros que impliquem viagens e a necessidade de se ausentar do trabalho, do estudo ou de se desvencilhar de outras prioridades por alguns dias. Quer dizer, a necessária capacitação/formação de presbíteros/as, orientadoras de Culto Infantil, Ensino Confirmatório e outros precisa acontecer mais próxima de onde as pessoas estão. Há paróquias mais preparadas e atentas para este desafio e outras menos, por várias razões. Também os encontros de formação em âmbito sinodal e setorial alcançam apenas parte do que seria necessário. Ou seja, temos aqui um desafio que demanda cuidado conjunto. A capacitação dos dons presentes na comunidade local continua sendo primordial para que a comunidade se fortaleça e desempenhe a sua tarefa missionária. O que cabe incluir no planejamento sinodal neste tocante? A que paróquias e comunidades precisam atentar em seu planejamento? Além disso, no Planejamento Sinodal, deveríamos nos perguntar sobre a formação de assessores do PAMI. Caberia investir na realização de mais um seminário? Às vezes, ainda percebo muitas dúvidas, mesmo entre ministros/as.
4.2 – Organização de departamentos
O “setor” efetivamente organizado em âmbito sinodal é a OASE. Também temos alguma organização na área da comunicação, como vimos anteriormente. No planejamento sinodal anterior constatou-se dificuldade para organizar as mais diversas áreas em âmbito sinodal: JE, Culto Infantil, Diaconia, etc. Entendeu-se que a melhor alternativa, em função das distâncias, era deixar essas áreas aos cuidados dos setores (Centro-Sul, Leste e Norte). Percebo, contudo, que estamos fragilizados. Há iniciativas nos setores. Mas, às vezes ficam lacunas. Falta um espaço ou um grupo de pessoas para refletir sobre as diversas áreas e para estabelecer uma conexão mínima entre as iniciativas setoriais. Creio que o modelo da Equipe de Comunicação pode nos inspirar para termos uma organização sinodal, ao menos, em relação ao CI, à JE e à Diaconia. É possível? Cabe no planejamento que vamos construir? Há disposição para investirmos nisso, com pessoas e recursos?
4.3 – Campos de Atividade – cuidar e ousar
Como dito acima, vários CAMs do Sínodo se fortaleceram nos últimos anos. Neste momento, oito deles recebem auxílio externo, através de projetos junto à Secretaria Geral, ou do sínodo, com recursos principalmente da Oferta Nacional. No geral, os auxílios são decrescentes. Algumas paróquias menores também recebem auxílios pontuais, por ex, para troca de veículo. É importante destacar o cuidado por parte do Sínodo em relação aos seus CAMs, buscando o equilíbrio entre os auxílios necessários/possíveis e uma pedagogia que motiva a organização interna dos CAMs e a perspectiva da autossustentabilidade. Além disso, precisamos ousar e, em certo sentido, precisamos ser visionários. No próximo período, quais são os novos CAMs a serem constituídos? a) Não de hoje, a Comunidade de Barra do Garças, pertencente à Paróquia de Água, demanda a presença de um/a ministro/a em tempo integral. No momento há um pphmista lá e a comunidade está empenhada em reformar a sua casa e templo. b) Também não de hoje, a Paróquia de Sinop, projeta um 3º CAM, com sede em Vera. Possivelmente, antes da efetivação do 3º CAM se buscará a presença de mais um pphmista. O indicativo da criação de um novo CAM é para 2016. c) A Comunidade de Cuiabá inseriu no seu PAMI a reflexão sobre uma Pastoral Universitária. Mas, também é um assunto que diz respeito ao Sínodo, uma vez que os universitários luteranos que estudam em Cuiabá são oriundos das paróquias do Sínodo. d) Onde mais deveríamos ousar em perspectiva missionária?
4.4 – Ministros e ministras – o dilema da rotatividade
Seria descabido dizer que a presença de um/a ministro/a por apenas três anos em um CAM não produz frutos. Mas, sem receio de errar, pode-se afirmar que a presença de um ministro/a por apenas três anos em um CAM e a alta rotatividade de ministros/as no mesmo CAM dificulta o planejamento e a estabilidade das comunidades. Este tem sido o dilema de algumas paróquias. As transferências de ministros/as após curto período de tempo têm várias razões, incluindo contingências familiares. Para nós, ministros/as, cabe a reflexão sobre este assunto. Neste ponto, cabe sublinhar a) a importância de ministros/as que fizeram “migração interna” no Sínodo; b) daqueles que, após o PPHM, se dispuseram de bom grado a permanecer no Sínodo e c) dos/as vários/as colegas que nos últimos vieram para o Sínodo MT por candidatura. Neste momento, há uma série de transferências em andamento com a publicação das respectivas vagas para preenchimento por candidatura e envio. Que Deus nos ajude para que esses CAMs sejam preenchidos com brevidade.

5 – Considerações finais e agradecimentos
“Assim também vós, depois de haverdes feito quanto vos
foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis, porque
fizemos apenas o que deveríamos fazer”.
(Lc 17.10)
As Escrituras Sagradas não deixam dúvidas que na lavoura de Deus não há espaço para nenhum tipo de exaltação pessoal. Aquilo que aconteceu de bonito no Sínodo nos últimos anos é motivo de gratidão e de louvor a Deus. As lacunas e as falhas que percebemos também incluem as do P. Sinodal. Várias vezes tive que pedir perdão. Outras mancadas sequer percebi. Por isso mesmo, em tudo, dependo única e exclusivamente da misericórdia e da graça de Deus. Também a vocês, que estão nesta Assembleia, peço perdão onde me faltou compreensão, sensibilidade e amor.
Nestes três anos e meio passamos por alguns momentos bem difíceis no âmbito pessoal. O primeiro deles foi na enfermidade do filho mais novo que, hoje, graças a Deus, está muito bem. No final de 2012 veio a enfermidade do meu pai. Ele faleceu em março de ano passado e, em agosto, faleceu um dos meus dois irmãos. Experimentei a dor da distância dos familiares, assim como vários colegas ministros/as e também membros de comunidade enfrentam. No entanto, agradeço que em todas as situações não faltou apoio e solidariedade das comunidades, dos/as colegas e das lideranças do Sínodo. Assim como também não faltou apoio da Comunidade de Cuiabá e da Pa. Elisângela. Muito obrigado a cada um a e a cada uma de vocês.
Agradeço também pela acolhida e pela hospitalidade nas comunidades e na casa das famílias ministeriais. Agradeço às diretorias do Sínodo pela caminhada conjunta. Sei que, em muitos momentos, vocês fizeram uma verdadeira ginástica para dar atenção a assuntos do Sínodo, incluindo ligações em horas inoportunas. Agradeço ao Elisandro, Vice-Pastor Sinodal, sempre comprometido e disposto a pensar junto, sem receio de expressar as suas convicções. Agradeço a Creusa pela caminhada nestes três anos e meio, tempo de aprendizado mútuo. Aproveito para desejar-lhe as bênçãos de Deus na jornada que vem pela frente.
Por fim, agradeço a Marise. Em outubro do ano passado celebramos a nossas Bodas de Prata. Tenho muito a agradecer pela companheira que Deus me deu: retaguarda nas muitas ausências, ombro carinhoso nas presenças, exemplo de determinação. Agradeço também aos filhos, Jonatan e Cassiano, bênção em nossa vida. Um tributo à tecnologia que, via skype, faz com que o longe fique perto.
Acima de tudo, gratidão a Deus que, na sua misericórdia, bondade e generosidade, amparou e carregou até aqui. “O Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança, nos aperfeiçoe em todo o bem, para cumprirmos a sua vontade, operando em nós o que é agradável diante dele” (Hb 13.20-21a – adaptado).Que ele nos conceda uma abençoada Assembleia Sinodal.

Nilo O. Christmann - P. Sinodal
 


Autor(a): Sínodo Mato Grosso
Âmbito: IECLB / Sinodo: Mato Grosso
ID: 59036

AÇÃO CONJUNTA
+
tema
vai_vem
pami
fe pecc

Cantarei de alegria quando tocar hinos a ti, cantarei com todas as minhas forças porque tu me salvaste.
Salmo 71.23
EDUCAÇÃO CRISTÃ CONTÍNUA
+

REDE DE RECURSOS
+
A Bíblia é uma erva: quanto mais se manuseia, mais perfume ela exala.
Martim Lutero
© Copyright 2024 - Todos os Direitos Reservados - IECLB - Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - Portal Luteranos - www.luteranos.com.br