Missão - acompanhamento e consolação



ID: 2876

Perdão - Onde saúde e espiritualidade se encontram

X Simpósio Internacional de Aconselhamento e Psicologia Pastoral inicia nesta quinta-feira, 17

15/09/2015

Acontece esta semana na Faculdades EST, de 17 a 19, X Simpósio Internacional de Aconselhamento e Psicologia Pastoral. O evento é uma parceria com a Santa Casa de Porto Alegre, que promove na quinta-feira, 17, pela manhã o II Seminário de Espiritualidade e Saúde da Santa Casa. A coordenação geral dos eventos é do Dr. Fernando Lucchese e da Profa. Dra. Karin Kepler Wondracek, que enfatizam a vontade de fazer um simpósio com abordagem cristã. “Quando resolvemos falar sobre o perdão, tive certeza de que esse seria um tema absolutamente cristão”, enfatiza Lucchese, ao salientar a convergência do trabalho entre a Santa Casa e a Faculdades EST.

Os organizadores acreditam que conseguiram formatar eventos que abrangem tanto a perspectiva popular quanto a perspectiva acadêmica, propriamente dita. “A espiritualidade faz bem ao coração e, por isso, acho que é histórico o fato de conseguirmos desenvolver essa colaboratividade sobre eventos tão importantes”, salientou Prof. Wachholz, ao ressaltar o aspecto interdisciplinar das atividades.

Perdoar ou não perdoar... eis a questão!

Artigo de Taciana Höring e Karin Kepler Wondracek

O que significa Perdoar? A palavra perdão, em diferentes línguas, se enlaça com doação (per)donare, (ver)geben, (for)giving. Perdão é uma generosa dádiva no lugar da retaliação sofrida. O perdão é social, mas nasce no interior da pessoa e se espraia para a relação com o outro, na família e na sociedade.

Ao ouvir ou ler a palavra perdão, lembranças emergem em nossa mente: situações nas quais perdoamos, outras em que tivemos de ser perdoados, ou ainda aquela pessoa ou situação que está a nos afligir, mas que não sabemos ao certo como resolver, como perdoar, ou até se queremos ou devemos perdoar.

Perdão não é uma resposta automática, é um esforço, mais fácil para uns que para outros. Ele restaura a possibilidade de olhar novamente a face do outro. Especialmente a família vive do perdão, pois somos nós mesmos, sem máscaras e, com isso, machucamos justamente os que mais amamos.

Perdoar é uma questão íntima e ao mesmo tempo comunitária, e apenas se pode ajudar, jamais obrigar alguém a esse gesto. Mas se olharmos para a história, vemos que muitas pessoas auxiliaram a superar conflitos e até a evitar guerras, ajudando a restaurar a disponibilidade para o perdão.

Nossa herança judaico-cristã nos conta histórias de perdão e nomeia de bem-aventurados os pacificadores. Parece que uma das melhores motivações para o perdão é lembrar que se hoje sou a pessoa ofendida, ontem fui a que ofendeu. Em outras palavras, ninguém está certo o tempo todo, e por isso todos precisamos, simultaneamente, receber e doar perdão. Há uma condicionalidade no perdão: “E perdoa as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores” diz uma das frases mais difíceis do Pai Nosso. O conceito do perdão presente nos evangelhos pode ser resgatado e reinventado, para diminuir o caos e desamparo atual. Com o auxílio de outros saberes como a medicina, a história, a psicologia, a sociologia, a educação, o direito, podemos detectar a armadilha de permanecer no rancor. O perdão, de mãos dadas com a justiça restaurativa, pode desarmar conflitos e pacificar povos inteiros.

Nos próximos dias São Leopoldo vai respirar esse tema através do Simpósio do Perdão na Faculdades EST. Que saibamos ouvir e aprender... para viver!

Taciana Höring e Karin Kepler Wondracek são psicólogas.

Jornalista responsável: Mariana Bastian Tramontini


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