O Sentido da Vida sobre Perdas e Luto – foi esse o tema do 2º Módulo do Curso Vida no Limiar da Morte que aconteceu nos dias 07 e 08 de novembro de 2015, no Centro de Eventos Rodeio 12, em Rodeio (SC). A Assessora Diaconisa Ms. Gisela Beulke que, apoiada pelo Departamento Sinodal de Diaconia do Sínodo Norte Catarinense e pela Secretaria Geral da IECLB – Coordenação de Diaconia, foi quem repartiu conteúdos conosco.
Para ela a nossa vida é constituída por perdas e por luto, mas ela também é composta por relacionamentos. São elas, as relações, que dão sentido à nossa vida. Sim, cada pessoa age e reage de forma diferente diante de mudanças, diante da notícia de uma doença, de alguma perda relevante, da morte. As nossas relações lembram a construção de uma rede. A morte de uma pessoa amiga, de um parente provoca um rasgo nessa rede. Vai daí que ela precisa ser restaurada; a dor da perda precisa ser trabalhada e essa restauração acontece pelas mãos e corações; pelas orações e pelo carinho das pessoas que continuam na rede – frisou a assessora.
O grupo também foi provocado pela Assessora a refletir sobre o luto de crianças. Muitas vezes é assim que as pessoas adultas pensam que a criança não entende nada sobre a morte e que, portanto, deve ser poupada do confronto com a mesma de uma pessoa próxima. Assim, decide-se que ela não deve ir ao velório ou sepultamento. Ora, toda a criança tem o direito de saber a verdade, de ser informada do fato de que todas as pessoas são finitas. Quando uma criança perde um familiar, ela fica triste e confusa. Caso os familiares não tenham condições de falar sobre essa perda, é importante que pessoas próximas à criança o façam. É fundamental que estas pessoas falem a verdade sobre o ocorrido e como ele aconteceu – recomendou ela.
Quantos desafios! Num dado momento a Diaconisa abriu a pergunta: - O luto das crianças é trabalhado, levado a sério no Culto Infantil? Dizer para a criança que a mãe falecida virou uma estrelinha no céu é banalizar a dor da criança. Sim, a temática do luto e das Perdas na Infância deveriam ser trabalhadas com toda a liderança das Comunidades Cristãs. Seguindo a reflexão, concluímos que as despedidas são perdas que sofremos aqui e ali; que despedir-se faz parte da vida; que a gratidão pelo tempo usufruído juntos pode nos ajudar a superar a dor e o sofrimento das despedidas.
É preciso dizer que o encontro fortaleceu o grupo, a convivência, a partilha e a comunhão. Mas, o 2º Módulo chegou ao fim e a despedida acabou sendo inevitável. Ficou a expectativa do reencontro nos dias 12 e 13 de março de 2016, quando do 3º Módulo. Até lá...
