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História de vida de Erica Ursula Gielow

10/03/2022

 

Nome: Erica Ursula Gielow

Tempo de participação na IECLB desde o Batismo

Paróquia Evangélica de Confissão Luterana no Vale do Paraíba/SP

Sínodo Sudeste

 

Chamo-me Erica Ursula Gielow, nascida em Curitiba, PR, filha de Paulo e Ana Mauch. Fui batizada na Igreja Evangélica Luterana pelo Pastor Frank.

Quando pequena, as famílias do Bairro Bigorrilho, quase todas de ascendência alemã, reuniam-se na casa de meus Pais para Estudos Bíblicos. Os estudos aconteciam todas as quintas-feiras e eram conduzidos pelo nosso querido Pastor Frank. Para nós, crianças, era uma festa, pois cantávamos e orávamos, e depois nos reuníamos para delicioso café com sonhos recheados feitos por minha Mãe, com a ajuda de minhas irmãs mais velhas. Que beleza essas reuniões! Ainda ouço os cantos e sinto o cheiro maravilhoso dos sonhos fresquinhos.

Bem, fui crescendo e chegou a hora da Confirmação. As aulas ainda eram em alemão, dadas pelo Pastor Frank. Eu esperava ansiosa pelos dias das aulas pois, com 14 anos, tive a permissão de ir sozinha de ônibus para o centro da cidade. Assim, quando chegou o dia da Confirmação, pude colocar pela primeira vez um sapato branco com pequeno salto, bem como luvas e meias de seda. Que emoção realizar a Confirmação de minha fé! Depois da Confirmação, continuei participando de cultos, todos os domingos e das festas de Natal com apresentações natalinas, as quais guardo meu coração até hoje.

Aos 24 anos me casei com Ralf Gielow, também luterano. Conheci e namorei ele desde os 17 anos de idade. O casamento foi oficiado pelo Pastor Ehlert, em 1965, no templo da Igreja Luterana de Curitiba. Nesta época, meu marido tinha concluído o Mestrado em Engenharia Química, no Rio de Janeiro. Um ano antes de nos casarmos, ele recebeu convite para fazer Doutorado nos Estados Unidos, na Universidade da Flórida. Assim, logo que nos casamos fomos para lá. Ele foi dois meses antes de mim, pois devia acertar detalhes administrativos e alugar uma casinha. Com a Bolsa de Estudos confirmada, Ralf escreveu-me dizendo que eu poderia ir ao seu encontro. Fui com muita coragem, viajando pela primeira vez de avião.

Já no primeiro domingo, após minha chegada na Flórida, fomos ao Culto na Gainesville Lutheran Church. Lá fomos recebidos com alegria pelo Pastor Casper e todos os membros da Comunidade. Passamos então a participar de todas as atividades da Igreja!

Nossa intenção era ficar por dois anos na Flórida, mas, como o projeto do Ralf era muito complicado e difícil, estendemos esse tempo para sete anos. Como a Bolsa de Estudos era insuficiente para nos manter, passei a cuidar de crianças para ajudar no orçamento. Com o apoio das mulheres de Gainesville logo consegui uma porção de crianças para tomar conta, todas em minha casa. Este era o único trabalho possível, pois meu visto no passaporte era de cônjuge de estudante bolsista, apesar de eu ser formada em Contabilidade.

Após dois anos em Gainesville, nasceu minha filha Ingrid, e para ela foi ótimo ter outras crianças para brincar. Aos três meses a Ingrid foi batizada em nossa Comunidade, onde ela era muito amada e admirada. Quando ela tinha 3 anos recebi proposta para cuidar de um menino de dois anos e meio e fazer todo o serviço da casa. A patroa saía cedo e voltava à tardinha, pois era professora.

Assim se passaram sete anos, sem voltado para o meu amado Brasil e minha amada família. Nos comunicávamos só por cartas, pois telefones eram difíceis no Brasil. Quando meu pai adoeceu, fui informada por carta sobre sua condição. Na carta pediam para eu voltar, pois ele não iria resistir muito mais tempo. Não tive dúvida, com a ajuda dos membros da Igreja e de nossos amigos brasileiros, que também estavam estudando lá, voltei com a Ingrid para o Brasil. Ralf ficou na Flórida para terminar sua tese, o que ocorreu dois meses depois.

Depois que retornou ao Brasil, Ralf foi trabalhar no INPE, como professor e pesquisador; Foi assim que viemos para São José dos Campos em 1972. Nesta época não havia templo luterano aqui, por isso, nos reuníamos na capela Santa Rita, emprestada pela igreja católica. O Pastor da Paróquia Centro/SP (Pastor Karl Gehring) vinha uma vez por mês a Pindamonhangaba para celebrar o culto na capela Santa Rita, ainda hoje emprestada de nossos Irmãos em Cristo.

Meu filho Igor nasceu em 1973 e foi batizado na Paróquia Centro/SP. Após algum tempo, veio o Pastor Zulmir Ernesto Penno, de Ferraz de Vasconcelos (São Paulo – Leste), que passou também a ministrar cultos em nossa casa, em São José dos Campos. Receber a comunidade em nossa casa foi sempre uma alegria para nós. Depois do Pastor Zulmir, foi por um ano o Pastor Milton Schwantes, da comunidade Centro/SP.

Com o aumento da Comunidade (25 membros no Culto), passamos a ter cultos no Templo Metodista; entretanto, com o número crescente de crianças, a Confirmação foi em Ferraz. Em seguida, como Segundo Pastorado de Ferraz, veio o Pastor Nils Skauf (norueguês), que foi sucedido pelo Pastor Ernani Röpke e o estabelecimento da Paróquia do Vale do Paraíba. Aí resolvemos com os demais membros, construir nossa própria edícula no Jardim Americano e, anos depois, uma construção maior e mais central, que é até hoje nosso templo. Após o Pastor Ernani, vieram a Pastora Elisabet (Beta) Lieven, o Pastor Dr. Pedro Alonso Puentes Reyes, o Pastor Marcus David Ziemann, e a atual, Pastora Daiane Berndt Bottcher.
Sou e serei Luterana para sempre, até que o Senhor venha me buscar!

Grata pela atenção,
Erica Ursula Gielow.


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