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O que são sacramentos?

20/02/2008


O que são sacramentos?

Uma introdução e seus profundos significados

Nós, seres humanos, precisamos de sinais visíveis, para mostrar sentimentos internos. Assim, nós não perdemos a oportunidade de dar um abraço à pessoa querida num reencontro, dar um presente ao amigo no aniversário ou enviar cartão de felicidade  na troca de ano. Também Deus precisa de sinais, para expressar sua compaixão para conosco. Nós cristãos acreditamos, que Deus escolheu certos sinais, para por meio deles assegurar sua proximidade. Assim, Ele usa no batismo e na Santa Ceia água, pão e vinho para intermediar sua presença. Estes sinais, que usamos por ordem de Deus, chamamos de sacramento. Por meio deles, Deus manifesta seu amor, aceita pecadores e fortalece a Comunidade. Por terem sido os sacramentos instituídos por Jesus Cristo, eles são tão importantes e não renunciáveis.

Para não cristãos, os Sacramentos são muitas vezes vistos como manipulações mágicas. Esta denominação, no entanto leva a perdição. Na verdade, os sacramentos são o contrário disto. Por meio de manipulações mágicas, pessoas procuram apoderar-se da graça de Deus, nos sacramentos eles recebem essa. Onde as pessoas atuam magicamente, elas acreditam no seu agir, onde recebem os sacramentos, elas confiam em Deus. Os sacramentos, em conjunto com a palavra promulgada são a doação de Deus para conosco. Eles proclamam o amor de Deus e nos convocam a confiar. Os Sacramentos não atuam automaticamente em desinteressados, porem, é um acontecimento para os que acreditam.

O que significa a palavra ´Sacramento´?. Quando se traduziu o novo testamento do grego para o latim, a palavra grega “mysterion” foi traduzida como “sacramento”. Por esta razão, sempre que se falar de sacramento, dever-se-ia ouvir também a palavra “mysterion”. Mysterion  ao pé da letra significa “Mistério”, e consta no Novo Testamento para tudo, o que Deus fez por intermédio de Cristo para o bem da humanidade.

Por intermédio do Sacramento do batismo, o trino Deus aceita o indivíduo em sua aliança e o faz como membro do corpo de Cristo. Pelo Sacramento da Santa Ceia, Deus fortalece a Fé do batizado e o ajuda a transpor o que o separa do corpo de Cristo.

A Santa Ceia não se relaciona somente entre o individuo e Deus, mas sim também em relação das pessoas entre si.

PALAVRA E SACRAMENTO

Prédica e  Sacramento são os dois pontos centrais do culto a Deus na comunidade cristã. Na prática do culto evangélico, no entanto a Santa Ceia que era muito importante para os Reformadores, tinha uma função secundária durante muito tempo. Em muitas comunidades a Santa Ceia somente era oferecida em poucos domingos ( por exemplo, na sexta feira Santa, no domingo da eternidade, por ocasião da confirmação) tornando-se um acontecimento raro. Em favor da prédica, o sacramento passava para segundo plano. Deste modo, o culto a Deus de foi encurtado de duas funções para uma.

Uma das causas para este desenvolvimento, esta no fato de que os reformadores no seu entender dos Sacramentos davam muita ênfase na divulgação da palavra. Eles viam em Cristo o sacramento original, cujo efeito da Graça principalmente é transmitido pela palavra pregada. A Santa Ceia nos templos evangélicos também era oferecido raras vezes, porque se via nesta prática unilateralmente para a absolvição dos pecados, para cuja realização deveria haver uma severa preparação. Antes de receber a Santa Ceia, deveria preceder uma severa  análise de consciência. Como não se podia antes de cada Culto fazer uma análise de consciência, reduziu-se a oferta de santa Ceia para poucos domingos do ano litúrgico.

 

NOVA ORIENTAÇÃO EVANGÉLICA

Assim, se constituíram  paralelamente ao Culto normal, que constavam de Liturgia e prédica, cultos especiais de Santa Ceia. Normal era agora que a prédica estava no centro  do Culto e a Santa Ceia era a exceção. Quanto se distanciaram as igrejas evangélicas com esse desenvolvimento do entendimento original, após a prédica o sacramento (Santa Ceia), que são os dois ápices do Culto !

Nos tempos mais recentes, por meio dos entendimentos ecumênicos naturalmente surgiu uma mudança nas igrejas evangélicas. Desde os anos setenta se percebe nelas  uma sensível orientação para a Santa Ceia. Em muitas comunidades desde esta época se comemora a Santa Ceia cada quatro semanas, existem até Comunidades nas quais se oferece a Santa Ceia todos os cultos. Um forte empurrão para este desenvolvimento foi dado pelos numerosos encontros ecumênicos. Por meio destes encontros cristãos evangélicos entraram em contato com cristãos católicos e ortodoxos, que pensam e vivem de outra forma os sacramentos. Para estes a Eucaristia é o coração dos cultos. Por esta razão, do seu ponto de vista, um culto sem eucaristia, não é um culto no sentido pleno da  palavra. Os diálogos, que giram no âmbito do movimento ecumênico, ajudam os cristãos evangélicos, a redescobrir o significado dos sacramentos.

SINAIS DA GRAÇA DE DEUS

O grande teólogo Augustinus (354 – 430) denominava os Sacramentos como símbolo visível da Graça invisível de Deus. Para ele é importante, que os sacramentos foram instituídos por Jesus Cristo e sejam executados segundo sua orientação. Nisso os reformadores concordam com ele. Pelo seu ponto de vista fazem parte dos sacramentos três características: a instituição por Jesus Cristo, um sinal externo  e a graça oferecida. Para eles vale: vem a Palavra para o elemento (água no batismo, pão e vinho na Santa Ceia), assim se forma um Sacramento. Por este critério existem – ao pé da letra – só dois  Sacramentos: o batismo e a Santa Ceia. Os reformadores também se limitaram a estes dois Sacramentos.

A igreja Católica Romana estende o sentido dos  Sacramentos e denomina sete de seus procedimentos eclesiásticos como Sacramento: batismo, crisma, Santa Ceia, Confissão, extrema unção, casamento e ordenação de padres. Os reformadores sentem falta para estes atos a instituição por Jesus Cristo, mas deixam assim mesmo em aberto o número de sacramentos. Melanchthon se pronuncia a respeito: “Nenhum homem inteligente brigará pelo número ou a palavra ”Sacramentos”, quando forem mantidos os procedimentos, que tenham a ordem e promessa de Deus.

Os teólogos católicos da idade média afirmavam, que os sacramentos participam a graça de Deus pela simples realização. Os reformadores ao contrário exigiam, “que no recebimento dos sacramentos tem de que ter fé, que acredita em cada promessa e  recebe os bens prometidos, que são oferecidos no Sacramento” (Melanchthon).

Walter Saft, Tradução HK


Autor(a): Walter Saft
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste / Paróquia: Petrópolis (RJ)
Natureza do Texto: Artigo
ID: 8234

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