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Os desbravadores de 1845

Petrópolis - RJ

02/06/2002

OS DESBRAVADORES DE 1845

No dia 16 de março passado comemoramos a importante data em que Petrópolis completou 159 anos de fundação. Hoje temos uma bela cidade, desenvolvida e conhecida mundialmente por sua beleza e seus pontos turísticos.

Porém, é difícil vermos Petrópolis hoje sem olhar para trás e prestar uma homenagem aos colonos alemães que a partir de 1845 chegaram a nossa recém fundada cidade. Mas por que houve a colonização?

Na verdade a colonização alemã aqui ocorreu quase que por acaso. Naquela época a Alemanha sofria uma grande crise, o desemprego e a miséria atormentavam muitas pessoas obrigando várias famílias a procurarem novos destinos, novas terras onde pudessem ter uma vida mais digna.

Dentre vários navios que partiram estava o Virgine e nele os alemães viajaram em condições precárias, pestes e doenças, fome e o mal passadio a bordo os acompanharam na viagem. O Virgine deu entrada na Guanabara em 13 de junho de 1845.

Sabendo do ocorrido o Major de Engenheiros Júlio Frederico Koeler (evangélico) ou Major Koeler como carinhosamente o chamamos, sugeriu ao Imperador que trouxesse esses alemães a Petrópolis para formarem uma colônia agrícola e ao mesmo tempo provar a superioridade do trabalho livre sobre o trabalho escravo.

E assim foi, após um difícil acesso pela Serra da Estrela, chegaram ao Alto da Serra em 29 de junho de 1845, data em que se oficializou a colonização alemã de Petrópolis, sendo que após esta data outras levas de colonos foram chegando. Vale frisar que antes, por volta de 1837 já haviam alemães trabalhando no Itamarati (hoje 2o Distrito) e em 3 de março de 1840 realizou-se o primeiro batizado evangélico.

Koeler dividiu as terras em prazos e os distribuiu aos colonos em várias partes da cidade denominadas quarteirões. Para amenizar a saudade e homenagear os colonos o Major deu aos quarteirões o nome de localidades da Alemanha de onde eles vieram, são elas: Mosela, Bingen, Darmstadt, Ingelheim, Woerstadt, Worms, Nassau, Westfália, Renânias inferior, central e superior, Siméria, Castelânea e Palatinatos inferior e superior.

Também em sua planta duas praças, a Wiesbaden e a Koblenz, esta onde se localiza o Palácio de Cristal e que no dia 29 de agosto de 1845 foi realizado o primeiro culto celebrado pelo Pastor Frederico Ave-Lallemant, fundando oficialmente nossa comunidade. Petrópolis, porém, falhou como colônia agrícola e os alemães tiveram o papel fundamental na povoação, construção e desenvolvimento da recém nascida 'cidade de Pedro'.

Os imigrantes trouxeram consigo a religião evangélico-luterana e pensando no futuro de seus filhos, netos e descendentes, mesmo diante de todo trabalho e dificuldade da época não esqueceram sua fé e amor a Deus, ajudaram a formar e construir a Comunidade Evangélica de Petrópolis, a 1a igreja protestante a se instalar no município. Por volta de 1852 dos 3016 alemães que aqui residiam, 1091 eram evangélicos.

Hoje, completando-se 157 anos após a colonização, muitos dos descendentes destes desbravadores fazem parte de nossa Comunidade. Nossa Igreja não deve ser vista apenas como a 'Igreja dos alemães', pois estamos de portas abertas a todas as pessoas que crêem em Deus independente de raça ou origem étnica, Cristo mesmo nos convida: 'Vinde a mim!' Queremos assim, prestar uma homenagem ao povo que com fé, esperança e coragem ajudou a construir e desenvolver Petrópolis e também a nossa Comunidade. A vocês, colonos alemães o nosso mais sincero muito obrigado!

Márcio S. da Costa


Autor(a): Márcio Simões Costa
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste / Paróquia: Petrópolis (RJ)
Natureza do Texto: Artigo
ID: 20974

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