Plano de Ação Missionário da IECLB - PAMI



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A Igreja precisa ser missionária e transpor fronteiras, diz Altmann

21/05/2007

A Igreja ou é missionária ou não é Igreja, declarou o pastor presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), Dr. Walter Altmann, na Semana Acadêmica do bacharelado em Teologia da EST. Coube a Altmann e ao pastor primeiro-vice presidente, Homero Pinto, falar sobre o tema da semana – “A IECLB e a Missão: jeito ou jeitos de ser Igreja missionária?” –, na quarta-feira, 16 de maio.

Predominante na IECLB é ser igreja que acolhe. E o centro da comunidade é o se reunir em culto, onde o aspecto predominante é preservar a fé. Mas faz parte também o difundir a fé e a celebração da fé, expôs Altmann. Há praticamente um consenso teórico: a Igreja precisa ser missionária e isso inclui transpor fronteiras. Aquele sonho de preservar a fé funciona cada vez menos, declarou o pastor presidente. A Igreja também é vocacionada a dar testemunho de sua fé, reforçou.

A expectativa dos estudantes de Teologia e futuros obreiros e obreiras de encontrar uma comunidade estruturada, com casa, carro... é expectativa de comunidade em que se deve trabalhar a preservação da fé, exemplificou Altmann. Conforme ele, o maior item do orçamento da IECLB é a formação; já o item missão está em posição bem menos significativa.

A palavra missão nem está na Bíblia. É uma expressão “problemática” do Império Romano e muitas vezes é sinônimo de dominação, de violência contra a consciência, o que não é a prática da IECLB, ensinou Altmann. O que é abundante na Bíblia é o envio, o se deslocar, o assumir a cruz, em consonância com o mandado constante em Atos 1.8 – “E sereis minhas testemunhas até os confins da terra”. A Constituição da IECLB, em seu artigo 3º, chama a Igreja “a propagar o Evangelho de Jesus Cristo no Brasil e no mundo”, aponta o pastor presidente. “A comunidade é o alvo e ao mesmo tempo instrumento da missão”, expôs, tomando como base o manual “Nossa Fé – Nossa Vida”.

GRUPO TAREFA - Homero Pinto falou sobre o novo grupo-tarefa (GT) do Plano de Ação Missionária (Pami), criado por resolução aprovada no 25º Concílio da Igreja, em 2006, cujos encaminhamentos prevêem que, a partir das questões centrais do próprio Plano, do Fórum Fé, Gratidão e Compromisso, do Fórum de Missão e olhando para o documento da Federação Luterana Mundial – Missão em Contexto, desenvolva um processo de planejamento ao longo de 2007.

Conforme Homero, o GT tem um perfil bastante plural – com representantes de todas as linhas teológicas da IECLB – e tem entre suas incumbências fazer uma leitura crítica do Pami e levá-lo a aterrissar. Pode-se fazer o melhor plano de missão, mas ele não surtirá efeito se não for assumido pelos membros da Igreja, assinala o primeiro vice-presidente. Não obstante sua inegável contribuição, o Pami careceu de melhor monitoramento e de uma melhor operacionalização, aponta Homero.

Conforme ele, o grande “tendão de Aquiles” (ponto fraco) da IECLB está no fato de ela depender “do amor e da generosidade dos irmãos do Exterior”. Há consenso de que na IECLB se faz necessário incrementar parcerias inter-paroquiais e inter-sinodais com vistas à missão.

Medida aprovada no 25º Concílio também deverá desencadear uma campanha de arrecadação de um milhão de reais para os projetos missionários. Além disso, o Plano de Ofertas destina as coletas do culto de Natal para a missão e o grupo-tarefa também recebeu a incumbência de criar um Fundo de Solidariedade. O novo Pami deve estar concluído ainda em 2007, para vigorar de 2008 a 2012.

O novo Pami deve reforçar a paixão de Deus pelo mundo – teologia e visão missionária; construir comunidades missionárias – dimensões da igreja missionária; o testemunho missionário da fé – Martyria; a vivência concreta do corpo de Cristo – Koinonia; agir como restaurador e curador da comunidade – Diakonia; celebração do amor de Deus – Leitourgia.

Nesse contexto, prevê-se a capacitação de pessoas para a vivência missionária – formação e sacerdócio cristão; planejamento e projeção sustentável da igreja – administração responsável e criativa dos recursos missionários; partilhar as experiências missionárias – comunicação em uma igreja missionária.

Adicionalmente, o GT propõe, a partir de um impulso advindo do Fórum de Missão, a realização de uma convenção nacional com obreiros e obreiras da IECLB, onde se reforce a identificação (unidade) e a motivação em torno da nossa missão comum. Pode ser uma das estratégias para impulsionar o Pami, na sua nova etapa.

(Texto e fotos: Ingelore S. Koch)


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