“A primeira fase do Plano de Ação Missionária (PAMI, 2000-2007) foi um ensaio que preparou o espírito da IECLB para as questões da missão e do planejamento”, avaliou o jornalista Ricardo Fiegenbaum, que está em Estrela e apresentou à plenária o tema central do encontro – a idéia de uma matriz de planejamento do PAMI 2008-2012. A proposta, que foi levada para discussão nas câmaras, será votada hoje, sábado, dia 18.
“Nessa segunda fase, muitas comunidades estão maduras e preparadas para pensar de forma mais criteriosa sobre aonde querem chegar”, avalia Fiegenbaum. “Meu sonho é que em 2012 tenhamos formado uma base sólida de planejamento na igreja e, na seqüência, seja necessário apenas um refinamento do tema.”
O jornalista participou como colaborador do Grupo Tarefa do PAMI, além de ser responsável pela criação da sua logomarca. Na apresentação aos conciliares, ele lembrou de diversos momentos de planejamento relatados na Bíblia: a fuga do Egito (Êxodo 3 – 12); a nomeação dos auxiliares (Êxodo 18); a construção da Arca de Noé (Gênesis 6); palavras de Jesus (Lucas 14.28); a seara e os trabalhadores (Mateus 9.35 a 11.1); e a instituição dos diáconos (Atos 6).
Ele também usou o conto O barco terrestre para ilustrar o tema do planejamento. A mensagem apresentada é que há uma missão a cumprir – na história, construir um barco para navegar em terra firme; um objetivo e uma visão a alcançar. “A história mostra que, com planejamento, é possível construir um barco capaz de acolher diferentes pessoas, com suas peculiaridades e dons específicos.” Quem acolhe no barco os diferentes também aumenta a capacidade de resposta para os novos desafios – uma receita de sustentabilidade que pode ser adotada pelas comunidades.
A matriz de planejamento apresentada para discussão consiste em um conjunto de elementos comuns e práticos, reconhecendo a interdependência das diversas instâncias na IECLB – como paróquias, sínodos, direção geral – e ao mesmo tempo preservando a sua autonomia. “Trata-se da proposição de diretrizes para a elaboração de um PAMI que alcance todas as instâncias da igreja”, diz Fiegenbaum.
Com uma fundamentação teológica muito consistente, o texto-base do PAMI 2008-2012 enfatiza o conceito de “Paixão de Deus pelo Mundo”. Os quatro objetivos específicos da missão são a evangelização, a comunhão, a diaconia e a liturgia. “Essas quatro dimensões devem ser perpassadas pelos três eixos transversais, que são a educação cristã continuada, a administração criativa de recursos com vistas à sustentabilidade da missão e a comunicação.”
A tarefa do planejamento missionário é primeiramente das comunidades, pois a missão acontece efetivamente a partir e através delas. Já o planejamento dos sínodos, departamentos, setores de trabalho, instituições, Secretaria Geral, Presidência e Conselho da Igreja está a serviço das comunidades, facilitando e colaborando para que elas possam cumprir bem e cada vez melhor os seus planos de ação missionária.
Para elaborar o planejamento estratégico de missão, devem ser considerados a missão, visão, objetivo geral e objetivos específicos e definidas ações estratégicas que possibilitem realizar os objetivos estabelecidos. Outro ponto fundamental do planejamento é o acompanhamento, para ajuste de rumos e avaliação de resultados.
