Paróquia São Tomé de Porto Lucena

Sínodo Noroeste Riograndense


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ID: 202

História da Paróquia São Tomé

130 anos de evangelização luterana na região das Missões e 70 anos da Paróquia

08/03/2020

01 Capa Livro
02 Mapa
03 Mapa da Paróquia
04 Casa paroquial
Linha 1º de MArço.
Linha 8 de Maio
Linha 12 de Maio
Linha Cristal
Linha Depósito
Linha Lavina
Linha São Carlos
Ponte B Vista
Porto Lucena
Porto Xavier
Rinão Vermelho
Rincão Comprido
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No sino da Comunidade Cristo de Porto Xavier consta a seguinte inscrição:
‘Evangelische Gemeinde Serro Pellado
Geg v. bochumer verein i. bochumer 1922
Ein feste Burg ist unser Gott.’
Cuja tradução livre é :
‘Comunidade Evangélica de Serro Pellado
Associação Bochum para Mineração e Fundição de Aço 1922
Um Castelo Forte é nosso Deus.’
Através destas informações chegamos ao livro do P. Osmar Luiz Witt: ‘Igreja na Migração e Colonização - A pregação Itinerante no Sínodo Rio-Grandense’. O P. Osmar fundamenta a sua pesquisa histórica em relatórios de pastores, jornais, artigos e trabalhos publicados sobre este tema. Este Livro quer ser uma pequena contribuição para o resgate histórico de uma Igreja em marcha migratória.
O Sínodo Rio-grandense, fundado em 20 de maio de 1886, cresceu e solidificou-se à medida que famílias evangélicas luteranas constituíram comu¬nidades eclesiais nas terras novas. O início deste missão se deu com a pregação itinerante. Houve a percepção do quanto era necessário um pastor itinerante para o trabalho entre os alemães dispersos. A presença de Luteranos na Região das Missões faz parte da terceira faze de migrações rurais, que teve início em 1890.
Data de 1888 a criação da colônia de Cerro Pelado (Porto Xavier), às margens do rio Uruguai. O povoamento, contudo, só se intensificou a partir de 1892.
Em 1890 foi fundada a Colônia Ijuí, que em abril de 1891 contava com cerca de 400 famílias evangélicas. Dada a sua localização e desenvolvimento, Ijuí tornou-se ponto de partida e de retorno para vários obreiros que se ocuparam com o atendimento da diáspora. O primeiro pastor de Ijuí, Dedeke, que iniciou suas atividades em 1895, também realizou várias viagens para atender os colonizadores de Guarani e da costa do Uruguai no noroeste do Rio Grande do Sul.
Em 1891, no mês de janeiro, foi criada a colônia de Guarani, às margens do rio Comandaí, localizada parte em terras de Santo Ângelo das Missões e parte em São Luiz Gonzaga, iniciando poucos quilômetros a oeste de Santo Angelo e se estendendo até a colônia Cerro Pelado, na costa do Uruguai. O P. Dedeke escreveu, em 1898, que na colônia Guarani viviam 28 famílias evangélicas teutas. Em 1901, haviam 70 famílias na colônia Guarani.
Seguiram-se várias outras formações de núcleos coloniais. Cerro Azul (Cerro Largo), no município de São Luiz Gonzaga, fundado pela Associação Rural Rio-Grandense (Riograndenser Bauernverein) no ano de 1902, a qual deveria ser uma colônia de católicos romanos, mas havia famílias evangélicas.
Os pastores que atuaram no pastorado itinerante:
- O P. Gerhard Dedeke, primeiro pároco da comunidade em Ijuí, realizou visitas em fins de 1897 à colônia Cerro Pelado e Rincão Vermelho, que há mais de quatro anos não haviam recebido a visita de um pastor.
O P. Paul Wilhelm Ludwig Sudhaus realizou a sua primeira viagem no verão de 1900. Visitou as colônias Costa do Uruguai, Cerro Pelado, Guarani.
O P. Max Dedekind no dia 19.07.1903, chegou em Cerro Pelado (Porto Xavier), onde há um ano e meio não passara mais um pastor evangélico. Em outubro de 1903, visitou novamente a colônia Cerro Pelado.
Nesta época, a área de abrangência do primeiro pastorado para a diáspora, sediado em Ijuí, envolvia as seguintes comunidades:
1. Cerro Pelado e Colônia Pirapó (pontos de pregação: Rincão Vermelho, Passo de São Xavier, Costa do Uruguai e Pirapó ): com 31 famílias ou, aproxi¬madamente, 154 pessoas.
2. Cerro Azul: com seis famílias ou 29 pessoas.
3. Colônia Guarani (pontos de pregação: Linha Giruá e Linha República): com 39 famílias ou 206 pessoas.
4. Colônia Vitória: com 10 famílias ou 65 pessoas.
O P. Wilhelm Osterkamp em agosto de 1905 visitou, entre outras localidades, a colônia Pirapó, Cerro Pelado, Rincão Vermelho, Passo de São Xavier e Costa do Uruguai.
O P. Bruno Stysinski, meados de 1906, Barra do Pindaí, Cerro Pelado (Passo de São Xavier), Rincão Vermelho, a Costa do Uruguai, colônia Pirapó. Nesta época, em Passo de São Xavier estavam-se construindo uma igreja e uma casa pastoral. Stysinski relata em 1905: Em Passo S. Xavier, há 31 famílias alemãs, das quais 11 são protestantes e quatro são casamentos mistos. Em Rincão Vermelho, há 21 famílias alemãs, das quais 10 são protestantes. Em Costa do Uruguai, há 15 famílias alemãs, das quais 13 são protestantes.
O P. Wilhelm Otto Arnold em 1906, visitou a vez da colônia Cerro Pelado, Rincão Vermelho, Costa do Uruguai.No Passo de São Xavier estava em andamento uma construção que se destinava à escola e local de culto.
O pastor Otto Hufnagel em 1 º de outubro 1912, fixando residência, em Buriti (Santo Ângelo ). Mas logo transferiu-se para a Linha República, Colônia Guarani.
No ano de 1913, este pastorado atendia as comuni¬dades de Buriti, colônia Municipal, Guarani, Cerro Azul e Cerro Pelado, num total de 187 famílias ou 1.030 pessoas.
Em inícios de 1914, foi possível realizar uma nova divisão no pastorado da diáspora atendido pelo P. Hufnagel. Criaram-se dois pastorados. A sede de um deles ficou sendo Cerro Pelado (Porto Xavier), e este foi ocupado por Hufnagel. A outra sede perma¬neceu em Linha República (hoje pertencente ao município de Giruá), e foi preenchida com a vinda do P. Georg Weidemann.
São relatadas as seguintes famílias e localidades em que os pastores itinerantes eram acolhidos:
- Na colônia Pirapó - Heinrich Sommer, que migrou de Teutônia após a revolução de 1893;
- Em Rincão Vermelho - professor Emil Closs;
- no Passo de São Xavier/Rincão Vermelho - Hermann Günzel;
- em Cerro Pelado - Sr. W. Bratz, sub-intendente Sommerfeld, comerciante Wantscheer;
- Costa do Uruguai - Friedrich Hammacher;
- Barra do Pindaí - Hermann Klees, professor em Cerro Pelado;
- Alguns dos pregadores itinerantes, como Stysinski e Arnold, visitaram colonos evangélicos em Bomplan na Argentina e Hohenau no Paraguai.
Em vista desse desenvolvimento, a partir daí podemos iniciar a história das várias paróquias que foram sendo criadas na diáspora. Áreas que, até então, tinham sido atendidas por pregadores itinerantes puderam ser transfor¬madas em sedes pastorais.
Conforme um livro livro de atas transcritas, entre 1914 e 1936, a sede paroquial é transferida de Porto Xavier para Linha 4, ‘Distrito Parocal de Serro Azul’. Faziam parte desta paróquia as Comunidades: Linha 4 e Municipal (atualmente Paróquia Dona Otília) e Linha Lavina, Linha 1º de Março, Serro Pelado (Porto Xavier) e Costa do Uruguai (Rincão Vermelho). Em 1937, juntaram-se as comunidades Taquarussu (Linha Depósito), Linha Nova e Porto Lucena. Em 1938, consta o acréscimo da Comunidade de Rincão Comprido. O diácono Caspar Fritz era o responsável pelo atendimento pastoral. A partir do ano 1940, a Paróquia passou a ser atendida pelo pastor Ernesto Fischer. Em 1943 representantes da Comunidade Entrerrios (Linha Cristal) solicitam a ‘admissão ao distrito parocal’ e em 1945, La. São Carlos.
Em 1º de janeiro de 1950 é fundado o novo ‘distrito parocal’ de Porto Lucena. A nova paróquia é atendida pelo o pastor Georg Grüber. Mais duas comunidades começam a fazer parte da paróquia, Roncador e Vera Cruz, totalizando em torno de 300 famílias. A primeira diretoria é compasta por: Jacob Deobald da Linha 1º de Março; Francisco Tierling da Linha Nova e Ernesto Höpner de Porto Lucena. Referente à localização, o pastor já havia adquirido uma propriedade em Linha Nova, no entanto, em votação a maioria definiu como mais conveniente a nova Paróquia ser sediada em Porto Lucena. Em 1951, a Comunidade de Linha 12 de Maio solicita atendimento.
Em dezembro de 1961, o Pastor Manfred Müller assumiu as atividades da Paróquia. Em 1962, foi aprovada a criação de uma comunidade em Linha 8 de Maio e em 1966 é aprovada a criação da comunidade Ponte Boa Vista.
Em 1965 a paróquia passa a ser atendida pelo pastor Guido E. Rieck. Em 1967, inicia o programa ‘A Hora Evangélica’ na rádio local, programa que ainda está no ar. Nesta época está em curso a campanha para a construção da casa pastoral ao lado da igreja de Porto Lucena e aquisição de novo veículo para paróquia.
Em 1972, o Pastor Wendelino Heim assume a Paróquia; em 1981 inicia o pastor Valter Schmidt; em 1989, pastor Armindo Schmechel; em 1992 inicia a pastora Louraini Christmann. Durante este período está em curso a campanha para o segundo pastorado da Paróquia com sede em Porto Xavier e o Pastor Vilson Emílio Thielke realiza seu Período Prático de Habilitação ao Ministério na Paróquia. Em 1998 inicia o pastor Luiz Adolfo Hegele; em 2005, o pastor Edu Grenzel; em 2009 inicia o pastor Elson Lauri Rysdyd. Neste período, foi vendida a casa de Porto Xavier e edificada outra. Em agosto de 2016, inicia o pastor Marcos Rogério Radecke na nova sede paroquial em Porto Xavier.
São 70 anos de Paróquia São Tomé e quase 130 anos de presença evangélico-luterana nesta região. Que Deus continue abençoando a cada um dos membros e que possam continuar colocando seus dons ao serviço do Reino de Deus.
 


Autor(a): P. Marcos Rogério Radecke
Âmbito: IECLB / Sinodo: Noroeste Riograndense / Paróquia: Porto Lucena (RS)
ID: 55394

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