Paróquia Litoral Norte Catarinense

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45 anos da OASE Wally de Balneário Barra do Sul

21/10/2014

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45 anos de OASE Wally em Balneário Barra do Sul

Foi celebrada com alegria o aniversário de 45 anos de fundação do grupo de OASE Wally, da comunidade Apóstolo Pedro, de Balneário Barra do Sul-Sc, pertencente à paróquia Litoral Norte Catarinense. A festividade aconteceu no dia 21 de outubro de 2014.

Na tarde festiva de reflexão, louvor e oração, a Pa. Cristina Scherer falou sobre a atuação das mulheres no movimento da Reforma da Igreja e da importância da atuação de cada mulher em seus grupos e comunidades. Fomos desafiadas pelos exemplos de mulheres que atuaram na Idade Média e que lutaram por direitos iguais na divulgação do Evangelho por palavras e ações.

Lembramos da atuação de Katharina Von Bora, esposa de Martim Lutero, destacando trechos de sua biografia, recém editada pela livraria Otto Kuhr, de Blumenau. Ela foi considerada uma mulher empreendedora de seu tempo, pois administrava no seu lar um pensionato, acolhia estudantes, cuidava dos funcionários para que houvesse plantio de alimentos (horta e pomar), açude de peixes, fábrica de cerveja, além disso, cuidava da sua família e educação dos filhos, visitava doentes e os auxiliava com massagens e uso do conhecimentos de ervas medicinais adquiridos no convento. Neste tempo em que Katharina fazia tudo isso, pois Lutero estava boa parte do tempo ocupado com escritos e tradução da Bíblia ou em viagens sobre assuntos relacionados à Reforma. Ela também participou de muitas discussões e conversas teológicas que aconteceram ao redor da mesa em sua casa com estudantes e reformadores.

Recebeu destaque também a atuação de Katharina Zell que teve um importante papel no movimento da Reforma. Foi esposa de Matheus Zell, o primeiro pastor protestante da Catedral de Münster. Fazia o que conhecemos hoje como trabalho diaconal: prestou serviços de acolhida a flagelados, exercendo o ministério da visitação, intercedeu por melhorias hospitalares e em 1525, chegou a acolher em sua casa pessoas refugiadas da Guerra dos Camponeses e envolveu a comunidade através de coletas de mantimentos. Sempre posicionando-se frente às controvérsias da reforma. Mesmo sem ser ordenada pregou na Catedral de Münster e, em 1548, no velório do seu esposo e no sepultamento de duas mulheres. Sendo viúva iniciou uma nova fase, passou a visitar comunidades e manteve contato com estudiosos. Em 1558, escreveu vários textos entre eles a belíssima “Meditação sobre o Pai Nosso”.

“Nosso Pai, que habita no céu.”
Ele não é chamado de Senhor ou Juiz, mas Pai. E desde que Ele nos enviou seu filho e nós nascemos de novo, nós devemos chamá-lo de avô também. Ele deve ser admirado também como uma mãe que soube das aflições do nascimento e o prazer de amamentar.
“Santificado seja o teu nome.”
Devemos abraçar isso com respeito, não só pelo nosso comportamento, os outros abraçaram isso com reverência.
“Venha teu reino.”
Que reines em nossos corações, alma, corpo e consciência.
“Seja feita a tua vontade.”
Salve-nos de murmurar contra qualquer cruz que jaz sobre nós.
“O pão nosso de cada dia, nos dá hoje.”
Abençoe o labor de nossas mãos para que possamos fazer nossa própria comida e também para os outros. Dê-nos do pão e da água de cada dia, do qual se alguém comer ou beber nunca mais terá fome ou sede. Como os grãos de trigo se tornam um pão, que assim nós possamos nos unir em Cristo, prontos para com Ele enfrentar pobreza, dor e vergonha.
“Perdoe as nossas dívidas.”
Salve-nos dos ressentimentos quando somos caluniados e desprezados, como Cristo, que como uma ovelha que antes de ser tosquiada permanece muda e não abre sua boca.
“Livra-nos da tentação”
de acreditar que nós fomos verdadeiramente perdoados, enquanto o rancor permanece e perante a tentação desesperadora da tua misericórdia, esquecer que Pedro e Maria Madalena foram perdoados.
“Liberta-nos dos demônios”,
da fome, da guerra, escassez e aborrecimento, mesmo se esta for a tua vontade.
“Pois teu é o Reino.”
Cristo deve reinar no céu e na terra.
“E o poder.”
Assim mesmo como libertaste Israel, liberta-nos.
“E a glória.”
Assim como deste o seu sopro para cada coisa que vive, porque a tua glória não tem fim.
“Amém.”

Foram lembrados o nome e a atuação de outras mulheres como Argula de Stauff Grumbach, Elisabeth Cruciger, Elisabeth von Brandenburg, Anna Rhegius, Ursula Jost, Jeanne d'Albret, Rachel Specht, Olimpia Fulvia Morata, Catalina Willoughby, Jane Grey, Elisabeth von Braunschweig, Marie Dentière. Estas e outras mulheres agiram num tempo em que não lhes era permitido a produção teológica e o falar em público na Igreja. Elas quebraram barreiras e agiram impulsionadas pela Palavra de Deus e pelos escrito da Reforma, que afirmam que todas as pessoas são iguais em Cristo Jesus.

Como mulheres que fazem parte da história da OASE no Brasil há 115 anos e em Balneário Barra do Sul há 45 anos, fomos convidadas a refletir sobre as perguntas:
Quanta história temos?

Quantas mulheres aqui passaram?

Quantas nos marcaram?

Que histórias queremos deixar?

Que outras histórias da atuação de mulheres na Igreja podemos contar?

Na sua comunidade de fé, que mulheres lutam para um mundo de igualdade, respeito e justiça?

Algumas mulheres do grupo deram seu testemunho de caminhada junto à OASE e como venceram dificuldades, como e onde o grupo as ajudou. As visitantes também foram convidadas a afalar, lemrando o exemplo e atuação d emulheres que conhecemos, como uma das fundadoras do grupo, Sra. Wally Bibow, que faleceu neste ano.

Assim fomos chamadas a valorizar e a contar a história de tantas mulheres que fizeram e fazem parte da Igreja com suas palavras e ações!

Durante as tantas homenagens ao grupo local, o P. em. Ulrico Meyer, pastor anterior da comunidade, deixou seu testemunho de que a vida em comunidade e em grupo só tem sentido se for uma vida de união, lembrando o Salmo 133. As demais homenagens foram feitas com presentes e belas flores.

Estiveram presentes 90 mulheres representantes dos grupos de OASE do núcleo Joinville. Como é o mês da Reforma as convidadas foram presenteadas com mimos feitos pela OASE local, entre eles, uma dobradura da Rosa de Lutero. Encerramos com café e confraternização no salão. Durante o café a OASE recebeu apoio do grupo de mulheres Marta Maria, que gentilmente se colocou à disposição para ajudar.

Agradecemos a Deus pela caminha de cada mulher que fez e faz parte da história do grupo e oramos para que continuem sendo sinal de comunhão, testemunho e serviço ali onde vivem!

Pa. Cristina Scherer


 


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