Cuidado com a Criação



ID: 2691

Teólogo caminha 6 km por dia na Praia de Bicanga à cata de tampinhas

14/06/2022

Wili Bauermann e seu compromisso com a justiça socioambiental
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Wili Beno Bauermann sempre recolheu o lixo no local, mas quando leu uma matéria do É o bicho falando sobre o projeto da Ong Pra Mia, começou também a separar as tampinhas e levá-las aos pontos de coleta. 


Todos os dias ele levanta, logo cedo, e vai catar o lixo na Praia de Bicanga, na Serra, que fica acumulado em suas areias ou no mar. Essa tarefa voluntária faz parte da rotina diária do teólogo de orientação luterana, 69 anos, natural de Concórdia, Santa Catarina, Wili Beno Bauermann, que mora desde 2020 na localidade capixaba

No começo, o objetivo era mesmo só catar o lixo e contribuir com a limpeza e a sustentabilidade da praia. Mas certo dia, Wili Beno Bauermann leu uma matéria na coluna É o bicho e ficou sabendo do Projeto de Tampinhas Plásticas da Ong Pra Mia, que arrecada o material, vende, e reverte o valor para pagar a castração de animais resgatados das ruas. Foi a partir daí que teve um insight - por que não separá-las e doá-las para ajudar essa causa tão nobre?

Nesta mesma época, para nossa alegria, também chegou em nossa família uma cachorrinha chamada Aloha, da raça Golden Retriever, que pertence a minha enteada Luisi Pessoa. Dado o afeto e o amor que ela nos transmite, começamos a nos inserir nestas questões de responsabilidade e defesa dos animais”, conta.

Eu continuo recolhendo tudo para depositar na lixeira, mas as tampinhas plásticas, agora, separo para entregar na Ong Pra Mia. Nesse período foram recolhidas aproximadamente 25 mil tampinhas”, ressalta.

“Eu caminho na parte da manhã, depois das 7 horas, e faço um percurso de aproximadamente seis quilômetros e o tempo percorrido depende da quantidade de material descartado encontrado, variando de 1 hora a 1h30 de caminhada”.

Segundo ele, a quantidade de lixo jogados no mar, na areia e na restinga é enorme e os materiais acabam espalhados pelo vento. São copos, sacolas, tampinhas de diferentes recipientes, garrafas pet, garrafas de vidro, taças quebradas, além de fraldas descartáveis, talheres, brinquedos, latas de alumínio, fragmentos de isopor, guimbas de cigarros, cotonetes, palitos de plástico, espetos de churrasquinhos e de algodão doce, palitos e embalagens de picolé, máscaras, entre tantos outros objetos.

Wili Beno Bauermann conta que acredita fortemente na responsabilidade e no compromisso de cada indivíduo em relação ao cuidado com o meio ambiente. “E essa educação ambiental pode iniciar com o simples e importante gesto de depositar seu lixo no local apropriado”, alerta.

Ele explica, ainda, que a Praia de Bicanga é local de desova de tartarugas marinhas e que esse lixo acumulado pode ser fatal para elas. “Essa conscientização de não jogar o lixo na praia e no mar é muito importante, tanto para nós humanos, quanto para todas as espécies animais que convivem naquele ambiente”, lembra.

O teólogo, após catar as tampinhas, lava e separa todas por cores. Ele pegou algumas garrafas pets, pendurou-as numa espécie de trilho na lavanderia, uma seguida da outra, e construiu um depósito reciclável para guardá-las. Quando eles ficam cheios, ele esvazia, coloca em sacos separados, conforme a cor, e faz a entrega para a enteada que leva para os postos de coleta da Ong Pra Mia.

Segundo ele, no verão eram recolhidas diariamente mais de 100 tampinhas, mas agora na baixa temporada varia de 10 a 30 tampinhas. “No verão levo um mês para encher as garrafas e agora no inverno vai demorar mais com certeza”.

A história de Wili Beno Bauermann pelo Espírito Santo começou quando ele mudou para Vitória em 1977, ainda estudante de Teologia da Faculdades EST – Escola Superior de Teologia em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, para estagiar na Comunidade Ecumênica de Taizè, em Santo Antônio, na Missão Industrial Operária, com o objetivo, posteriormente, de trabalhar em diversas metalúrgicas e participar do movimento sindical.

Só retornei para concluir o curso no ano 2000 e depois, após o término da formação, voltei a me inserir nas atividades de liderança pastoral na Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. E quando a aposentadoria chegou, em 2020, em plena pandemia, estava no interior do Espírito Santo, na paradisíaca localidade de Alto Jatibocas, nas montanhas no interior, distante 20 quilômetros da sede do município de Itarana. Foi daí que, após um tempo de procura por um lugar calmo para morar, decidi pela bucólica Bicanga, na Serra, lugar aprazível com uma praia tranquila e próxima de Vitória e Vila Velha, onde reside a minha família”, conta.


Jornalista Rachel Martins

Fonte: A Gazeta 

https://www.agazeta.com.br/hz/pet/teologo-caminha-6-km-na-praia-de-bicanga-a-cata-de-tampinhas-para-ajudar-ong-de-animais-0622
 

 


 


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