Comunidade Evangélica de Confissão Luterana em Uberlândia

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ID: 31

Solidariedade entre porcos-espinhos

21/06/2007


Querida e querido internauta,

 

Na última meditação de maio (Pastores e Lobos) desafiei você a fazer parte de uma Comunidade de Fé (Igreja), caso ainda não fizesse. Para cristãs e cristãos, a bem da verdade, é impossível viver sem a comunhão das irmãs e dos irmãos. A meditação, a leitura bíblica, a oração... podem e devem ser práticas diárias e individuais, mas elas não substituem a prática e a vivência comunitária. Ambas são igualmente importantes e imprescindíveis em nossa vida de fé. Então... se você ainda não faz parte de uma Comunidade de Fé... vai... vai procurar uma. Aceite o convite da sua amiga, do seu amigo. Tenho certeza que vai valer a pena.

Mas hoje quero tratar do assunto do Viver em comunhão uns com os outros. Nem sempre esta convivência é fácil de praticar, de exercitar. Isto não deve nos desanimar, pelo contrário, deve tornar-se um desafio para nós (como pessoa) e para nossa Comunidade de Fé (como grupo).

Nos grupos sempre existirão pessoas que atrapalharão a boa convivência. Muitas das vezes isto acontece de forma inconsciente. São pessoas que têm dificuldade de con-viver com idéias e práticas diferentes das da sua. O apóstolo Paulo já havia detectado isto na Igreja de Corinto. Lá existiam pessoas que se consideravam inferiores às demais e por isto acreditavam que elas não tinham importância no todo. Paulo escreve: Se disser o pé: porque não sou mão, não sou do corpo; nem por isso deixa de ser do corpo (1ª Co 12.15).

Mas também existiam aquelas pessoas que se consideravam superiores às demais, considerando as outras pessoas da Igreja como descartáveis, isto é, sem importância alguma. Paulo escreve: Não podem os olhos dizer à mão: não precisamos de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não preciso de vós (1ª Co 12.21). É lógico que estas duas formas de comportamento prejudicam a boa con-vivência. Paulo, então, encerra dizendo de forma muito simples e prática que a solidariedade entre as pessoas qualificará a convivência destas. Ele diz: ...cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros, de maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam (1ª Co 12.25b-26).

Dediquemos tempo, carinho, apreço, estima, consideração, afeição... para com as pessoas que nos cercam, mesmo que elas sejam diferentes de nós. Opa, mas é exatamente esta diferença que faz com que a convivência seja mais gostosa de ser vivenciada! Não deixe de ler 1ª Co 12 e 13, pois vale a pena.

E para encerrar, transcrevo aqui um texto do livro 100 Estórias de Vida e Sabedoria. Curta-o!

 

Solidariedade entre porcos-espinhos

O inverno prometia ser muito frio. As geadas apareceram cedo. Já em meados de abril, os casacos tiveram que sair do armário para aquecer as pessoas. Além do inverno, apareceram as doenças típicas dessa estação.

Também os animais estavam sofrendo bastante. Alguns já apareceram mortos depois de uma noite muito fria. Morreram indefesos diante dias baixas temperaturas e do alto grau de umidade.

Foi aí que um grande grupo de porcos-espinhos decidiu fazer algo para garantir a sobrevivência. Alguém sugeriu que ficassem juntos e bem perto uns dos outros. O calor de seus corpos poderia aquecer uns aos outros de forma que todos ficassem aquecidos nas noites frias. E assim fizeram.

Passou o tempo e começaram as reclamações. Um reclamava daqui, outro dali, um não queria ficar perto deste, preferia aquele, e assim por diante. A situação foi se agravando. Uns começaram a falar mal dos outros. Quanto mais se tornavam nervosos, os seus espinhos ficavam ouriçados, até que esses espinhos começaram a ferir uns aos outros. Já não podiam ficar juntos por causa dos seus espinhos.

Feridos e magoados uns com os outros resolveram se separar. Não dava mais para continuar juntos. Por isso, foram se afastando uns dos outros até a completa separação.

Mas o inverno continuava. As noites eram muito frias. Alguns porcos-espinhos chegaram a morrer congelados. E a cada noite a situação ficava mais difícil. Logo, resolveram reunir-se outra vez para tratar do problema. Decidiram que, para viver juntos e sobreviver àquele inverno, precisariam tomar algumas precauções. Viveriam unidos, mas conservariam respeito uns para com os outros. Todos deveriam entender que ali uns precisavam dos outros.

Do livro 100 Estórias de Vida e Sabedoria, Osvino Toillier (org.)

Editora Sinodal

 

Um abraço encharcado de estima por você,

Klaus Dieter Wirth, pastor


Autor(a): Paróquia de Uberlândia
Âmbito: IECLB / Sinodo: Brasil Central / Paróquia: Uberlândia (MG)
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 7355

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