Esperançar caminhos foi o tema do primeiro Encontro de Mulheres da União Paroquial (UP) de São Paulo, realizado no sábado 28 de agosto na Igreja da Paz. As 38 participantes representaram as Paróquias Centro (incluindo a Área Missionária da Zona Oeste), Santo Amaro (comunidades da Igreja da Paz e da Vila Campo Grande), São José dos Campos e Guarulhos, além de integrantes da Comunidade do Vale do Atibaia, da UP Campinas.
A principal palestra foi da psicóloga e doutora em Ciências da Religião Rosileny Alves dos Santos, que empolgou e animou as mulheres para reacender suas forças e esperanças e se envolver nos trabalhos comunitários, sem nunca esquecer que cada uma tem limites. Acima de tudo, porém, Deus capacita mesmo com as fraquezas para cada pessoa assumir a missão destinada a ela.
No almoço, todas compartilharam com alegria os pratos trazidos para formar a mesa comunitária. A tarde foi dirigida pelas pastoras Andréa Mühlhäusser (Santo Amaro), Elisabeth Lieven (São José) e Vera Weissheimer (Centro), que desafiaram as mulheres a pensar no que as mantêm vivas e qual o sentido que as sustenta na vida.
Se você abrisse a porta pela manhã e deparasse com um anjo que viesse lhe buscar, como reagiria se esse anjo lhe desse a chance de arranjar três motivos para que a deixasse viva? Quais seriam os seus motivos? Perguntas como essas - cujas respostas não podiam ser os filhos, o marido ou a profissão, mas tinham que remeter à vida própria de cada participante - motivaram as discussões.
Confrontadas com o texto Anjo da morte, da escritora Lya Luft, as mulheres refletiram sobre como muitas vezes esquecem de si mesmas para viver para os outros. Viver parar o outro não é errado, concluíram, desde que isso não sufoque a própria identidade, a própria essência.
A seguir, cada participante enfeitou uma boneca de pano, conforme sua própria vontade e criatividade, e a colocou num grande painel, que ficou diante do altar na celebração final, na qual o pão e o vinho uniram e fortaleceram as mulheres para que elas saíssem dali mais confiantes para sua lida diária.
Por ser tão importante reunir as mulheres das comunidades da UP (grupos de Oase, grupos de mulheres e membros que estão integradas a outras atividades), as participantes decidiram que os encontros serão realizados duas vezes por ano. Uma comissão com representantes de cada comunidade foi formada para planejar a próxima edição, no primeiro semestre de 2005.
