1 Reis 19. (14-18) 19-21

Auxílio homilético

11/07/2004

Prédica: I Reis 19. (14-18) 19-21
Leituras: Lucas 9.51-62 e Gálatas 5.1,13-15
Autor: Claudete Beise Ulrich
Data Litúrgica: 6º Domingo após Pentecostes
Data da Pregação: 11/7/2004
Proclamar Libertação - Volume: XXIX
Tema:

1. Contextualizando o texto

O profeta Elias atuou no reino do norte sob o governo do rei Acabe, filho de Onri. Este reinou sobre Israel, em Samaria, vinte e dois anos, fazendo o que era mau perante o Senhor (1 Rs 16.29-30). O rei Acabe, influenciado pela esposa, a rainha Jezabel, havia oficializado em Israel o culto às divindades de Baal, erguendo inclusive um santuário real para ele em Samaria, a capital (1 Rs 16.32). Esta atitude do rei Acabe trouxe problemas para os seguidores de Javé. Inicia uma grande luta pela soberania de Javé, na qual o profeta Elias se torna um grande defensor, tornando-se, naturalmente, um adversário da rainha Jezabel, patrocinadora do culto às divindades de Baal.

O biblista Carlos Dreher afirma que é reducionismo ver o conflito do ciclo de Elias apenas como uma questão religiosa. “A luta dos deuses – Javé e Baal – não se restringe ao espiritiual. Tem também – e me parece até em primeiro plano – conotações econômicas e políticas muito fortes. O culto a Baal, tipicamente agrário, celebra o ciclo da natureza. A fecundidade, tanto na terra quanto nas vidas animal e humana, tem papel central. Importa garantir a fecundidade, a fim de promover a economia. Quanto mais produtos, tanto mais tributos, base para o comércio promovido pela corte. ...” (DREHER, Carlos, 12º Domingo após Pentecoste: 1 Rs 19-9-13a).

O texto de 1 Rs 19 é antecedido pelo julgamento dos profetas de Baal no monte Carmelo, que encerra com a matança dos mesmos (1 Rs 18.20-40) e a oração de Elias pelo fim da seca (1 Rs 18.41-46). Com o massacre dos profetas de Baal (1 Rs 18), Elias havia livrado o reino de Israel da catástrofe nacional e da idolatria, que sustentava e fomentava a exploração do povo pobre sob o reinado de Acabe. Esta atitude de Elias, no entanto, fez explodir a raiva de Jezabel, que decreta a morte de Elias (1 Rs 19.1-3).

Elias foge rumo ao sul, atravessa o reino de Judá e entra no deserto. Ele está cansado, angustiado, pede para si a morte (1 Rs 19.4). Numa atitude de humildade e cansaço, Elias diz: “Basta; toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais”.

Ele se deita e dorme, um anjo o toca e lhe dá de comer e beber. Elias volta a dormir e o anjo de Javé o toca mais uma vez: “Levanta-te e come, porque o caminho te será sobremodo longo” (1 Rs 19.5-7). Com a força daquela comida, Elias caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus, lugar da Aliança de Deus com seu povo. Este lugar remonta às origens da fé israelita. Foi no monte Horebe que Moisés conheceu o Deus que “vê, ouve, conhece o clamor e a aflição de seu povo e desceu para livrá-lo” (Êx 3.7s). Foi neste lugar que se estabeleceu a aliança entre Javé e seu povo (Êx 19.1s). Portanto, no momento de maior abandono, Elias vai ao monte Horebe em busca de Deus. Ele volta às origens, com esperança para o desabafo e encontrar respostas para as suas dúvidas. Ali entra numa caverna e Deus lhe dirige uma pergunta: “Que fazes aqui, Elias?” (1 Rs 19.9). Deus sabe do que Elias necessita, mas Deus pergunta para fazer Elias desabafar. O profeta Elias experimenta Deus de uma forma muito próxima e íntima através do diálogo. Elias fala do seu zelo a Deus, da sua frustração em relação aos filhos de Israel, que abandonaram a aliança e derrubaram os altares, dos profetas que foram mortos, e ele ficou, e ainda procuram tirar a sua vida. Ele fala do seu medo e da sua dor (1 Rs 19.10).

A experiência de Elias com Deus não se dá através do forte vento que fendia os montes e despedaçava os rochedos. Deus não estava no vento; nem no terremoto, tampouco no fogo (1 Rs 19.11). Depois do fogo soprou uma brisa suave e tranqüila. Deus/Javé se mostra diferente de Baal/deus da fecundidade, da natureza. O profeta Elias faz uma experiência nova com Deus, que não se serve mais dos fenômenos fortes e espetaculares da natureza para se manifestar. Baal era o deus da tempestade, senhor do trovão e do raio, diante dos quais a terra entrava em pânico (terremoto). A vitória de Javé sobre Baal (1 Rs 18) não quer afirmar que Javé toma o lugar de Baal, deus da tempestade. Elias sente que a experiência com Deus é totalmente nova. Depois do sopro da brisa suave, Elias ouve a voz de Javé. Quando nada mais parece audível, a voz de Javé se faz ouvir. A majestade de Deus se mostra nas coisas pequenas e fracas, como a brisa suave e tranqüila. Elias ouve Deus, envolve o seu rosto no manto, cria coragem e coloca-se na entrada da caverna.

O profeta Elias vence o medo. Ele se reencontra com Deus na solidão da montanha, no silêncio da brisa suave, cobre o rosto com o manto, então percebe a presença de Deus (1 Rs 19.13). Aí reside a novidade da experiência com Deus. Deus não está no grandioso, na vitória, no sucesso. Talvez está na brisa suave, mostrou-se a Moisés na sarça ardente, pequena e insignificante, está no meio do povo na escravidão do Egito, está na manjedoura, na cruz de Jesus, na fraqueza de Paulo. Só Javé pode ser considerado Deus; ele faz sair da caverna para a comunhão e o compromisso de justiça com ele e seu povo.

2. Meditando o texto

Elias coloca-se na entrada da caverna. Deus repete a pergunta que já havia feito (1 Rs 19.9): “Eis que lhe veio uma voz e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?” (1 Rs 19.13b). A repetição da pergunta é a forma pedagógico-terapêutica que Deus encontra para fazer Elias falar do que ele passa, mas também para impulsioná-lo a olhar para frente. O profeta Elias responde a pergunta, rememorando os acontecimentos, falando de sua fidelidade a Deus, do afastamento dos filhos de Israel da aliança, da destruição dos altares e da matança dos profetas... Ele ficou só, sente-se inseguro, com medo... “e procuram tirar-me a vida”
(1 Rs 19.14). Depois de ouvir a queixa-lamento de Elias, Deus o coloca novamente em movimento. Depois de caminhar quarenta dias e quarenta noites, Elias teve um tempo de retiro (monte Horebe, na caverna) para repensar a sua atuação. Ele teve um tempo de preparação e meditação no deserto, no esconderijo da caverna, onde a aproximação com Deus foi fortalecida. É novamente tempo de colocar-se a caminho da luta. É tempo de sair da caverna e continuar com o propósito da justiça e da verdade. A experiência de Elias no monte Horebe fortalece a necessidade da experiência de retiro para as pessoas que lutam e se empenham pelas causas da vida justa e digna. Muitas vezes, diante dos conflitos é necessário fazer uma retirada estratégica, abastecer-se, voltar às origens, reencontrar-se consigo mesmo e com o próprio Deus e seus propósitos de justiça e verdade, lutando contra a idolatria do mercado capitalista, que leva para a morte.

Deus diz: Elias, vai, volta ao teu caminho... Elias, o teu lugar não é ficar aqui escondido! Você tem muito para fazer! Você não está sozinho! Deus o faz ver que há novas perspectivas. Elias é escolhido por Deus para realizar uma grande tarefa, para ungir aqueles que Deus havia escolhido para servirem de instrumentos no seu agir. Ungidas eram as pessoas que tinham uma tarefa especial e importante para realizar.

“Vai, volta ao teu caminho para o deserto de Damasco e, em chegando lá, unge a Hazael rei sobre a Síria” (1 Rs 19.15); “A Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei sobre Israel e também Eliseu, filho de Safate, de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar” (1 Rs 19.16). A incumbência destas pessoas é de juízo: “Quem escapar à espada de Hazael, Jeú o matará; quem escapar à espada de Jeú, Eliseu o matará” (1 Rs 19.17). Percebe-se uma progressão no juízo, paralela à progressão ventania-terremoto-fogo (1 Rs 19.11), mas o Senhor não estava no vento, no terremoto e nem no fogo... Manifestou-se após a brisa tranqüila e suave (1 Rs 19.12). O juízo pertence a Deus.

Além da tarefa que Deus dá para Elias, ele mostra também que em Israel foram conservados “sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou” (1 Rs 19.18). Deus diz dessa forma a Elias: Você não está sozinho! O número 7 simboliza a plenitude, e mil, a multidão. A salvação do povo de Deus é a perspectiva última da história de Deus com seu povo e seu mundo. Portanto, além de Deus apresentar para Elias o novo rei e o novo profeta, seu sucessor, que seriam ungidos por ele, informou que havia outros sete mil em Israel que não se renderam ao deus Baal (1 Rs 19.15-18).

Elias vai, volta ao teu caminho... Tu tens uma grande missão. Elias parte, então, esperançoso. Deus é gracioso. Ele tem o poder sobre a história. Ele aponta o caminho. Ele não deixa ninguém sozinho. É só abrir os olhos, vencer a solidão... Deus coloca companheiros e companheiras ao lado daqueles que buscam a vida em abundância, lutando contra todo tipo de idolatria, opressão e alienação.

Elias, então, encontra Eliseu na roça. Eliseu é um agricultor. Ele estava lavrando a terra com doze juntas de bois. No momento em que Elias encontra Eliseu, este está lavrando com a duodécima, indicando que estava chegando ao final de seu trabalho. Doze juntas de bois lembram as doze tribos de Israel. Elias lança o seu manto sobre Eliseu. Eliseu entende e aceita o seu novo chamado, a sua nova vocação: de agricultor passará a ser um profeta. Antes de seguir Elias, no entanto, ele tem um pedido. Ele quer se despedir do pai e da mãe: Deixa-me beijar meu pai e minha mãe (1 Rs 19.20). Elias diz: Vai e volta; pois já sabes o que fiz contigo. Antes de partir para uma grande missão, é importante o aconchego do lar, da família, o beijo de bênção do pai e da mãe. Depois, Eliseu tomou a junta de bois, preparou-a, cozinhou, deu-a ao povo e comeram, celebrando uma festa de despedida. Eles comeram, então Eliseu se dispôs e seguiu Elias e o servia (1 Rs 19.21).

Eliseu parte para uma nova missão. Interessante observar que não segue Elias de qualquer forma. Ele termina aquilo que está fazendo, em que fazem parte a despedida do pai e da mãe, o “churrasco” com a carne dos bois, a partilha com o povo... Então começa algo novo: arar não só a terra, mas a vida do povo de Deus, no campo sociopolítico e religioso (em 2 Rs 2s podemos ler sobre a atuação de Eliseu). Eliseu é vocacionado, chamado... mas é acompanhado por Elias. Só mais tarde assume o lugar de Elias. É importante ressaltar este processo de acompanhamento, de preparação, de fortalecimento, de diálogo. Deus também dá um companheiro para Elias, não o deixando sozinho.

3. Preparando a pregação

Acredito ser importante iniciar falando do contexto maior onde o texto para a pregação do 6º Domingo após Pentecoste está inserido. É interessante ressaltar a pergunta pedagógico-terapêutica de Deus, a qual faz Elias falar de sua queixa-lamento: “Que fazes aqui, Elias?” Esta pergunta é repetida duas vezes (1 Rs 19.9 e 19.13b). Por isso, sugiro iniciar a pregação a partir do texto de 1 Rs 19.13b-21. Deus escuta toda a lamentação de Elias. Ele ficou sozinho e ainda sofre ameaças de morte: “procuram tirar-me a vida”.

Deus escuta e lhe dá uma nova tarefa: “Vai, volta ao teu caminho para o deserto de Damasco...”. Elias é colocado novamente em movimento, em ação. Deus lhe dá a tarefa de ungir os novos reis, da Síria e de Israel. E, além do mais, deverá ungir Eliseu, o profeta que o substituirá no futuro. Deus também mostra a Elias que ele não está sozinho. Em Israel, sete mil não dobraram os joelhos e nem beijaram Baal. Deus faz com que Elias olhe para além de si mesmo. Isto é importante ressaltar. Na vida da comunidade, muitas vezes, as pessoas giram em torno de si mesmas, sentindo-se sozinhas na luta... não conseguindo olhar além de sua própria vida pessoal, familiar ou comunitária.

Outro aspecto interessante é a vocação de Eliseu. Ele aceita o manto de Elias. Eliseu, pessoa simples, trabalhador da terra, é vocacionado para ser profeta e substituir Elias. Todo processo de aceitação dessa nova tarefa: o beijo de despedida do pai e da mãe, o “churrasco” e a partilha da carne com o povo... momento festivo. Eliseu aceita o chamado de Deus para a nova tarefa. Ele também mostra o seu compromisso com a sua família e com o seu povo, demonstrando isto na despedida de seu antigo trabalho.

Quantas vezes na comunidade pessoas são chamadas para assumir uma tarefa e respondem que não têm tempo, que não sabem, que não podem etc... Não querendo, na verdade, assumir nenhum compromisso com a causa do Reino. Enquanto outras estão cansadas e sobrecarregadas. Muitas pessoas não conseguem encontrar pessoas que as substituam em seus cargos de liderança.

Eliseu é vocacionado, chamado e acompanha Elias. Eliseu aprende com a experiência de Elias. Em nossas comunidades, muitas vezes, é assim que os novos líderes precisam caminhar sozinhos sem o acompanhamento daqueles que têm mais experiência. Deus chama, vocaciona e não deixa ninguém sozinho... Isto ele mostrou a Elias e a Eliseu.

O texto de Gl 5.1,13-15 ressalta a questão da liberdade. Todos nós temos liberdade para aceitar ou rejeitar o “manto de Elias”, ouvir ou não o chamado de Deus. As tarefas são muitas. As oportunidades são numerosas. O que significa ser uma pessoa livre? Toda a lei se cumpre num só preceito: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Gl 5.14b). Lutero diz: “Serei para com meu próximo um cristão, à maneira como Cristo foi comigo... Vede como da fé fluem o amor e o gozo em Deus, e do amor emana, por sua vez, uma vida livre, disposta, alegre, para servir ao próximo sem olhar para a recompensa... Auxiliemos nós também ao próximo com todas as obras de nosso corpo” (LUTERO, Martim, Da liberdade cristã, p. 42-43).

O texto de Lc 9.51-62 ressalta a rejeição dos samaritanos, que não recebem Jesus. Os discípulos Tiago e João ficam indignados e perguntam a Jesus: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?” Jesus os repreende, dizendo: Eu não vim para destruir as almas das pessoas, mas para salvá-las. Existem diferenças na comunidade cristã, mas a solução não está no fogo, na destruição do outro e sim no diálogo, no amor ao próximo, na liberdade, no respeito às diferenças... nas ações em conjunto pela vida em abundância.

Deus continua nos chamando, nos vocacionado... Ele não nos deixa sozinhos. Assim como a fé em Deus (Javé) não dependeu somente de Elias, mas da ação de Deus... Deus também mostrou isso a Elias através daqueles tantos que não se dobraram diante de Baal. Também hoje a Igreja cristã está no mundo cercada de muitas ideologias, religiões de mercado, muitos Baals do nosso tempo (mundo capitalista) que prometem curas, ilusões, riquezas, bênçãos..., criando egoísmo, individualismo, afastando as pessoas do compromisso comunitário, das causas da justiça, da verdade, da cidadania. Deus continua soprando a sua brisa suave e tranqüila, chamando Elias, Eliseu, Maria, Marta, Gerda, João... congregando, transformando, libertando, encorajando na certeza de que assim como em Israel “sete mil não dobraram os joelhos e nem beijaram Baal”, também hoje o evangelho da crucificação e ressurreição de Jesus continua a congregar, transformar e libertar muitas vidas e estruturas injustas na comunidade cristã e no mundo, criação de Deus. “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes, não vos submetais de novo ao jugo de escravidão” (Gl 5.1).

4. Celebrando

Símbolo motivador – O culto poderá ter como símbolo o manto (um lenço ou mais), dependendo do tamanho da comunidade. O lenço pode ser branco, lembrando o manto de Elias, que ele lançou sobre Eliseu
(1 Rs 19.19). Além disso, podem ser colocados no altar alguns instrumentos de trabalho... lembrando que Deus nos vocaciona e chama em nosso cotidiano, em meio ao nosso trabalho, família, comunidade.

Acolhida – Acolher todos e todas com muita alegria e aconchego. Duas pessoas, preparadas anteriormente, podem receber com um abraço ou um aperto de mão as pessoas na entrada do templo. Saúdo todos e todas na certeza de que Deus chama cada pessoa, assim como chamou o profeta Isaías 49.1: “O Senhor me chamou desde o meu nascimento, desde o ventre de minha mãe fez menção do meu nome”. Que bom que você atendeu o chamado de Deus e está disposto a segui-lo em palavras e ações. Hinos do Povo de Deus, vol. 1, 130.

Confissão de pecados – Sugiro a oração da confissão de pecados de Martim Lutero (que se encontra no hinário e poderia ser feita em conjunto por toda a comunidade). Após cantar hino 170, Hinos do Povo de Deus, vol. 1.

Palavra de graça – “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração: prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum pensamento mau e guia-me pelo caminho eterno” (Sl 139.23-24).

Leituras bíblicas – Lc 9.51-62 (Aleluia de Milanez – O Povo Canta n° 173); Gl 5.1,13-25 (Cantar o estribilho de Axé – O Povo Canta n° 75).

Oração do dia – Querido Deus, tu chamaste Elias, que lutou com todas as forças para preservar a aliança que estabeleceste com o teu povo. Ele foi perseguido, ameaçado de morte. Depois de passar pelo deserto, caminhou quarenta dias e quarenta noites até chegar a Horebe, o monte de Deus. Querido Deus, tu ouviste o lamento de Elias, falaste a ele, depois do sopro da brisa suave e tranqüila, apontando para novas possibilidades. Assim Elias foi incumbido de ungir o novo rei de Israel e também o novo profeta. Eliseu, homem da roça, aceitou o manto de Elias. Ouviu o chamado e também te serviu com fidelidade. Hoje, continuas a ouvir e a chamar pessoas. Chamas também cada um de nós através de teu filho Jesus Cristo para o serviço de amor ao próximo. Querido Deus, ajuda-nos a ouvir a tua voz e aceitar o teu chamado. Capacita-nos para a solidariedade, o cuidado e o compromisso responsável e alegre pela causa de todas as pessoas que sofrem e necessitam de orientação. Ajuda-nos a testemunhar que tu és o único e verdadeiro Deus, fonte da vida em abundância, que reina e vive de eternidade a eternidade com Jesus Cristo e o Espírito Santo. Amém.

Hino antes da prédica – O Povo Canta n° 58.

Após a prédica – Convidar duas pessoas ou mais para passarem os lenços (lembrando o manto de Elias) sobre as pessoas, chamando-as e vocacionando-as para colocar sinais do Reino de Deus em nosso mundo, comunidade, família, trabalho cotidiano. Enquanto isto, canta-se o hino 263 (O Povo Canta). As pessoas que passam o lenço/manto sobre as pessoas da comunidade podem perguntar o nome e dizer: Nome: Deus te conhece, ouve, chama para o seu trabalho! Paz seja contigo!

Hino final – O Povo Canta n° 203.

Bênção – Que a bênção do Deus da vida e o seu manto da paz e do amor sejam derramados sobre nós. Que ouçamos o chamado de Deus e sejamos vocacionados para o testemunho e serviço de solidariedade e paz em nosso mundo, assim como Jesus Cristo nos ensinou. Que a brisa suave do Espírito Santo nos anime e fortaleça em todas as tarefas e caminhos de nossa vida. Amém.

Bibliografia

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FREITAG, Clemente J. 6º Domingo após Pentecoste. 1 Reis 19.(14-18)19-21. In: KILPP, Nelson; WESTHELLE, Vítor (Coords.) Proclamar Libertação. São Leopoldo: Sinodal/Escola Superior de Teologia da IECLB, 1991. v. XVII, p. 159-162.
HOMBURG, Klaus. Introdução ao Antigo Testamento. 4. ed. Trad. Geraldo Korndörfer. São Leopoldo: Sinodal, 1981, p. 99-100.
MESTERS, Carlos. Palavra de Deus na história dos homens. 7. ed. Petropólis: Vozes, 1981. p. 41-56.
WEINGAERTNER, Martin. 5º Domingo após Pentecoste. 1 Reis 19.1-18. In: KAICK, Baldur van (Coord.). Proclamar Libertação. São Leopoldo: Sinodal/Faculdade de Teologia da IECLB, 1978. v. III, p. 141-152.

Proclamar Libertação 29
Editora Sinodal e Escola Superior de Teologia


Autor(a): Claudete Beise Ulrich
Âmbito: IECLB
Natureza do Domingo: Pentecostes
Perfil do Domingo: 6º Domingo após Pentecostes
Testamento: Antigo / Livro: Reis I / Capitulo: 19 / Versículo Inicial: 19 / Versículo Final: 21
Título da publicação: Proclamar Libertação / Editora: Editora Sinodal / Ano: 2003 / Volume: 29
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Auxílio homilético
ID: 6952
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