10ª Assembleia do CMI

Deus da vida, conduz-nos à justiça e à paz

01/03/2014

   A 10ª Assembleia do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), que aconteceu em Busan, na Coreia do Sul, entre os dias 30 de outubro e 8 de novembro de 2013, foi uma grande celebração da diversidade – idiomas, etnias, teologias, confessionalidades, expressões de fé e agentes que desejam manter as suas individualidades, buscando formas de, unidos, alcançar a transformação em direção à paz.

   Sob o tema Deus da vida, conduz-nos à justiça e à paz e a participação de 345 Igrejas- membro, a Assembleia começou muito antes do dia 30 de outubro para quem estava na organização e para as pessoas que se prepararam para representar Igrejas e organismos ecumênicos. Grande parte dos participantes esteve nas pré-assembleias para jovens, pessoas com deficiência, indígenas, mulheres e homens, que aconteceram dois dias antes do evento oficial.

   Em Busan, os participantes foram instigados pelos relatórios referentes ao período que compreendeu desde a 9ª Assembleia, realizada em Porto Alegre/RS, no ano de 2006, a rediscutir questões funcionais e pilares do movimento ecumênico mundial.

   Na apresentação do seu Relatório, o então Moderador do Comitê Central, P. Dr. Walter Altmann, ex-Pastor Presidente da IECLB, frisou que, mesmo com as dificuldades que Igrejas e o movimento ecumênico enfrentaram nos últimos sete anos, período marcado por transições, mudanças no panorama religioso e crises financeiras, o CMI conseguiu exercer a sua função profética no mundo. Nas palavras do Secretário Geral do CMI, Reverendo Dr. Olav Fyske Tveit “Em sua essência, o CMI é uma comunidade de Igrejas. Somos definidos pelos nossos dons compartilhados
e pela vocação que recebemos do Deus da vida”.

   Com relação à paz justa, foi elaborado um documento com linhas norteadoras. Outros documentos foram escritos coletivamente durante a Assembleia e serão guias para o trabalho do Comitê Central até a próxima Assembleia do CMI. Entre as temáticas: conflitos no Oriente Médio e norte da África, conflitos no continente asiático, liberdade religiosa para cada ser humano, produção de energia nuclear, melhores relações entre Estados Unidos e Cuba, além de direitos e dignidade aos povos originários.

   “Os esforços para superar as diferenças de cultura e idioma puderam ser percebidos em diversos momentos, como aqueles em que todos, juntos, oraram o Pai Nosso, cada um na sua língua materna e em voz alta. Foi um hino de diferenças, orado no desejo de respeitar, aceitar e possibilitar a dignidade do outro em todo o mundo, a fim de que possahaver restauração e reconciliação em toda a Criação”, relataram Katilene Labes e Thomas
Kang, Delegados da IECLB na Assembleia.

   “A 10ª Assembleia do CMI teve participação especial da IECLB – desde o Moderador, P. Dr. Walter Altmann, até os nossos Delegados, as nossas Delegadas e demais pessoas que fizeram parte das mais diferentes atividades desenvolvidas neste evento. Mais uma vez se confirmou o protagonismo da IECLB nas esferas ecumênicas e a sua contribuição para o fortalecimento nesta caminhada”, compartilhou o P. Dr. Nestor Friedrich, Pastor Presidente da IECLB, que integrou o evento pela primeira vez na condição de Delegado e apontou como momentos especiais os estudos bíblicos e as celebrações “Destaco também o documento que trata da politização da religião e o encontro de irmãos e irmãos que um evento desta magnitude proporciona”.

   Que Deus nos faça instrumentos da paz. [...] Animados pela chama do Espírito nos nossos corações, oramos para que Cristo ilumine o mundo, para que a sua luz faça com que todo o nosso ser se preocupe e cuide de toda a Criação e afirme que todas as pessoas são criadas à imagem de Deus. [...] Que possamos nos comprometer a trabalharmos pela libertação e a atuar em solidariedade. Que a esclarecedora Palavra de Deus nos guie no nosso caminho. [...] Que as Igrejas sejam lugares de cura e de compaixão e que seja possível semear as Boas Novas para que a justiça cresça e a paz profunda de Deus reine no mundo, destacou a Mensagem da 10ª Assembleia do CMI.

Um cristão não pode ser ofendido a tal ponto que não possa mais perdoar.
Martim Lutero
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