À Guisa de Legado

02/12/1999

À Guisa de Legado

Olhando para o futuro

Admitimos que haja futuro, o tempo por vir. Refletimos sobre ele. Fazemos projetos e planos, contando com o futuro. No mundo inteiro isto acontece. Entre nós também. Queremos, de certo modo, participar do futuro, ajudar até a moldá-lo de alguma maneira. Consideramos como nosso direito proceder assim. Temos este direito? A resposta vai depender da filosofia de vida que adotamos. Como cristãos reconhecemos que Deus, o Criador e Salvador, concedeu à criatura humana capacidade e espaço, sim, para participar criativamente do futuro.

O Anuário Evangélico quis, desde a sua primeira edição em 1971, participar criativamente. E ainda quer.

Realizou-se a reunião anual de planejamento do Conselho Editorial, em novembro de 1998, em São Leopoldo. Coube-me, mais uma vez, como durante os 29 anos anteriores, dirigir a reunião, na qualidade de diretor do Anuário Evangélico. Gostoso este trabalho de mutirão com esta equipe engajada. Dela participaram ex-officio, além das pessoas nomeadas, o Secretário de Comunicação da IECLB e o diretor da Editora Sinodal. Num primeiro passo, como de praxe, foi avaliada, a nova edição. No caso ref. ao ano de 1999. Considerou-se que ganhou em relação ao ano anterior. O Prontuário da IECLB, antes incorporado ao Anuário, foi publicado num caderno em separado. A comercialização é discutida.

O segundo passo foi o planejamento do próximo número. É para o ano 2000. Desafiei-nos de modo especial a olhar o futuro. Que conteúdo deve ter, que assuntos devem constar? Um período de silêncio foi intercalado para que cada membro da equipe lançasse no papel as suas sugestões. Os sete participantes presentes arrolaram 55 assuntos. Caberá ao redator e à equipe executiva, fazer uma triagem posterior e conseguir os autores para os artigos sugeridos.

Esta vez ainda esteve em pauta o assunto da renovação do Conselho Editorial. Considerou-se que cabe ao Conselho da Igreja fazer a nomeação. Comuniquei que já dirigi carta ao Pastor Presidente Kirchheim que, depois de planejar a edição do ano 2000, quero entregar o cargo de diretor, sugerin-do o nome do P. Meinrad Piske para me suceder. O presente Conselho ainda tomou a iniciativa de sugerir o nome do P. João A. M. da Silva como redator para mais um período e além dele os nomes de Nelson Hein, Clovis Lindner, Heinz Ehlert, Joni Roloff, Tatiana Plautz, Rui Bender e Everton Felix como membros do Conselho Editorial do Anuário Evangélico para os próximos dois anos.

Considerando o passado

Quem planeja para o futuro, não pode deixar de considerar o passado. Um anuário que já pôde comemorar o jubileu de prata, tem uma história para contar. A edição de jubileu dos 25 anos (1996) fez juz a isso. É justo render homenagem aos idealizadores. Aqui um nome precisa ser citado: Emil Dieta, de Curitiba, um leigo de nossa Igreja. Ele conhecia a tradição de anuários na forma de almanaques.

Calendários que além de indicar dias, meses e as fases da lua, também trazia boa leitura para a família. Coisas instrutivas: informação e reflexão. Destacava-se um que era editado pelo Sínodo Riograndense destinado às comunidades evangélicas do Rio Grande do Sul e outros estados: o Jahrweiser. Como o próprio nome mostra em língua alemã. Precisamos um anuário desses, mas no vernáculo na situação de hoje, dizia ele. E tomou a iniciativa. Decidiu editar um Anuário Evangélico com a sua Firma Face, mas que tivesse o reconhecimento da Igreja. Além de sócios para o empreendimento nas pessoas de seu cunhado Christiano Zwiener e Henrique Wunderlich, já conseguira um redator (Friedrich Gierus) e um diretor responsável (Heinz Ehlert — então pastor em Curitiba e 2° Vice-Presidente da Igreja). Foram, pois, tratar do assunto com o então Pastor Presidente, Rev. Karl Gottschald, sobre o reconhecimento por parte da Igreja: Anuário Evangélico — um periódico da IECLB. E assim foi. Os dois anuários foram sendo editados, visando cada um o seu público leitor próprio. O Anuário Evangélico durante os anos de sua existência teve só três redatores: Friedrich Gierus, João Pedro Brückheimer e, nos últimos 4 anos, João Artur Müller da Silva. Foi uma experiência enriquecedora trabalhar com eles e as diferentes equipes editoriais. Destas quero destacar dois nomes: Dr. Lindolfo Weingaertner e Dr. Joachim Fischer. O meu agradecimento a todos eles!

A tiragem do Jahrweiser foi diminuindo rapidamente, à medida que o povo da Igreja já não mais usava a língua alemã, seja em casa, seja no culto. Ainda se editou para o ano de 1998 a edição comemorativa dos 70 anos. Esta também seria a última. Agora cabe ao Anuário Evangélico continuar a tradição: boa leitura para a família evangélica. São assuntos variados da atualidade, servindo à informação, reflexão, edificação e ao simples entretenimento.

Valorizando o presente

Considerando o passado e olhando para o futuro, exercemos o nosso papel no momento presente. Pelo nome adotado, Anuário Evangélico, o nosso compromisso terá que ser com o Evangelho de Jesus Cristo. O nosso periódico também quer servir à divulgação do Evangelho e à sua vivência em nosso tempo. Por isso a equipe editorial precisa estar com as antenas bem ligadas ao que se passa na Igreja, na sociedade, enfim em nosso mundo hodierno.

À luz do Evangelho quer ajudar a refletir sobre as causas dos pequenos e grandes problemas da atualidade, apontar para possíveis soluções, e desafiar para um engajamento responsável.

Embora se dirija tradicionalmente ao povo evangélico, tanto da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil como de Igrejas irmãs, pretende também alcançar leitores dum âmbito maior. Para isso é necessário lançar mão de todos os recursos técnicos hoje disponíveis na área de comunicação e buscar formas de marketing adequadas à orientação e aos objetivos do Anuário Evangélico.

Ao deixar a função de diretor do nosso Anuário quero reiterar aos leitores, aos anunciantes, à todas as equipes editoriais, à Editora Sinodal e, especialmente, aos redatores nestes 29 anos de trabalho conjunto, o meu mais profundo agradecimento! Ao novo diretor, P. Meinrad Piske, ao redator, P. João A. M. da Silva, aos membros do novo Conselho Editorial, nomeados em 20 de dezembro de 1998 pela Diretoria do Conselho da Igreja, formulo votos de bênção para que possam exercer com alegria e competência o seu papel.


Heinz Ehlert, Curitiba


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Autor(a): Heinz Ehlert
Âmbito: IECLB
Título da publicação: Anuário Evangélico - 2000 / Editora: Editora Sinodal / Ano: 1999
Natureza do Texto: Artigo
ID: 33053
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