Batismo como fundamento para a Educação Cristã Contínua

02/07/2014

O “Plano de Educação Cristã Contínua da IECLB” afirma que “Jesus estabelece a prática do batismo e do ensino como parte do compromisso de fazer discípulos” (PECC, p. 9). Neste texto, gostaria de explicitar porque falamos do batismo como fundamento, quando se trata da Educação Cristã Contínua.

Examinemos uma passagem fundamental a respeito do Batismo: Romanos 6.1-11. Aqui o Apóstolo aponta aquilo a que o batismo nos remete, lhe conferindo a importância que tem e indicando a necessidade da educação na fé.

Nos capítulos anteriores, Paulo detalhou o plano de salvação de Deus em Cristo. A partir de Romanos 5.12, ele fala de Adão e Cristo. Por Adão o pecado entrou no mundo. Em Cristo chega a graça superabundante de Deus: onde abundou o pecado, superabundou a graça (Romanos 5.20). Seus opositores disso tiram a falsa conclusão de que quanto mais pecarem, mais graça terão (Romanos 6.1).

Como Paulo responde a isso? Ele afirma que, ao serem batizadas, as pessoas morreram para o pecado. Como assim? No Batismo, a pessoa batizada é identificada com a morte e ressurreição de Cristo: ela acompanha Cristo em sua morte (morrendo assim para o pecado) e ressurreição (ressurgindo para a nova vida). Paulo reforça dizendo que nosso velho homem foi crucificado com Cristo. Se isso acontece conosco no Batismo, então concluímos que devemos considerar-nos mortos para o pecado e vivos para Deus.

Aí fica claro que o Batismo tem sua importância naquilo a que ele nos remete: à obra salvadora de Cristo na cruz e sua ressurreição. Para deixar bem claro: a importância do batismo está naquilo a que ele se refere, que é nosso Salvador e sua obra. Eis aí a necessidade do ensino cristão ligado ao Batismo. Caso ele não ocorra, corremos o perigo de transformar o Batismo em uma nova “Neustã” (serpente de bronze que Moisés havia colocado numa haste para mediar a cura dos que eram mordidos por cobra durante a travessia no deserto, mas que acabou por ser venerada como um ídolo (2 Reis 18.4). Quer dizer, transformaremos em ídolo o que Deus havia ordenado como mediação para a salvação. Lembremos: ídolo sempre é aquilo que ocupa o lugar do Salvador.

Concluímos que Batismo e educação cristã precisam andar estreitamente unidos, um reforçando o outro – o Batismo como ato que nos remete a Cristo e sua obra, e a educação cristã que torna clara para nós a pessoa e obra de Cristo, que ordenou o Batismo.

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