Cuidado!

12/11/2021

 

SE ALGUÉM FIZER TROPEÇAR UM DESTES PEQUENINOS QUE CRÊEM EM MIM, SERIA MELHOR QUE FOSSE LANÇADO NO MAR COM UMA GRANDE PEDRA AMARRADA NO PESCOÇO. SE A SUA MÃO O FIZER TROPEÇAR, CORTE-A. É MELHOR ENTRAR NA VIDA MUTILADO DO QUE, TENDO AS DUAS MÃOS, IR PARA O INFERNO, ONDE O FOGO NUNCA SE APAGA, ONDE O VERME NÃO MORRE E O FOGO NÃO SE APAGA. SE O SEU PÉ O FIZER TROPEÇAR, CORTE-O. É MELHOR ENTRAR NA VIDA ALEIJADO DO QUE, TENDO OS DOIS PÉS, SER LANÇADO NO INFERNO, ONDE O VERME NÃO MORRE E O FOGO NÃO SE APAGA. SE O SEU OLHO O FIZER TROPEÇAR, ARRANQUE-O. É MELHOR ENTRAR NO REINO DE DEUS COM UM SÓ OLHO DO QUE, TENDO OS DOIS OLHOS, SER LANÇADO NO INFERNO, ONDE O VERME NÃO MORRE E O FOGO NÃO SE APAGA” (MARCOS 9.42-48).

Em Jerusalém havia um lugar abominável chamado GEENA, onde outrora houve sacrifício humano (2º Crônicas 28.3). Na época de Jesus, o local se transformou num lixão, onde muitos corpos de crucificados eram lançados. Fogo e vermes eram imagens que representavam tal ambiente. O evangelista destaca que, no inferno ou Geena, o verme nunca morre. Ele está sempre agindo. O fogo não se apaga. Ele sempre queima. Ou seja, a destruição é clara e constante.

Como cristãos precisamos ter o cuidado com o sacrifício de vidas aos ídolos deste mundo, nem se sacrificar, muito menos sacrificar (ou entregar) alguém. Como cristãos precisamos também ter o cuidado de não lançarmos a nossa vida no lixo, muito menos descartarmos aqueles que Deus colocou à nossa volta. A idolatria e a imundície não fazem parte do projeto do Reino de Deus. Por isso, muito cuidado.

Na leitura bíblica há um alerta duplo. Primeiro: Cuidado! “Não faça o outro tropeçar”. Muito cuidado com aqueles que são pequenos, mais humildes, iniciantes no Evangelho. Noutras palavras, não se aproveitem da ingenuidade das pessoas, tanto intelectual, quanto espiritual. Por outro lado, um segundo alerta: Se houver algo na nossa vida que nos leve às más atitudes (mãos) ou nos desencaminhem (pés) ou ainda tirem nossa visão do Reino (olhos), além de ficar atentos, precisamos rejeitar e abandonar aquilo que nos desvia da verdade. Tudo aquilo que diminui ou destrói a vida (sacrifício) precisa ser abandonado. Tudo aquilo que faz do ser humano um lixo (verme) deve ser desprezado.

Um exemplo bíblico e clássico observamos no último culto, onde o “jovem rico” procura Jesus com a intenção de receber a vida eterna. O que Jesus lhe pediu? Vai, vende e dá aos pobres. Depois, volte e me siga. Mesmo sendo uma pessoa aparentemente correta, ele se deixou seduzir pelo brilho do metal e preferiu colocar seus pés noutro caminho. Jesus não ilude. O Evangelho é sempre claro. O único caminho ao céu é por meio de Jesus (João 14.6). Nas regras gramaticais, Jesus usa uma hipérbole, que é uma figura de linguagem. Não precisamos cortar a mão ou o pé, nem arrancar o olho. Todavia é preciso avaliar a vida com suas escolhas em relação a Jesus. O que precisa ficar para trás que fique, sem medo.

O pecado e a morte nos separam de Deus. Mesmo com o desafio à santidade, ninguém é santo. Sempre derrapamos de novo e caímos no pecado. Por isso, é bom lembrar que, tanto a vida eterna, quanto a abundante é fruto da intimidade (ou nossa relação) com Jesus. “Quem tem o Filho tem a vida. Quem não tem o Filho não tem a vida” (1ª João 5.12). Longe de Deus a nossa vida vira um inferno, prevalecendo a idolatria. Adoramos aos deuses deste mundo e da nossa época. Longe de Deus, os vermes vão corroendo, liquidando com o nosso prazer de viver. Tudo perde o sentido. O vazio aumenta.

Todavia, Jesus nos garante o céu. Basta crer e viver de acordo. Se a escolha é por Jesus, o Reino já começa a se concretizar aqui e se torna pleno na eternidade, na presença do Pai. As minhas decisões espirituais podem até, aos olhos do mundo, ser consideradas idiotas, mas promovem vida. Onde as “oportunidades do mundo” são evitadas, salvação, tanto pessoal, quanto àqueles que estão sob nossa responsabilidade se torna real. Vamos nos cuidar e, ao mesmo tempo, que os nossos olhos estejam sempre atentos aos “pequeninos”, aqueles que são mais fracos e precisam ser ajudados.

Há um perigo constante, tanto de nos deixamos levar ao inferno, como também de conduzirmos o outro ao inferno. Ou seja, a separação eterna de Deus. Mas, também, cabe-nos a tarefa pelo testemunho falado e, principalmente, por nossas atitudes de apontar para Jesus, aquele que nos leva ao céu. Não sou eu, como pastor. Não é a minha igreja. O caminho foi, é e sempre será JESUS. O céu é o nosso rumo. Viver com Deus é o nosso maior desejo. Amém!

Ore comigo nas palavras de Lutero: Senhor! Concede-nos uma fé duradoura que pode perseverar por meio de cada provação. Esvazia nossas mãos de qualquer coisa que possa concorrer contigo. Assim, permita que nos agarremos firmemente em ti. Amém!

Com Nelito Sanfoneiro de Jesus, “Chamado Sertanejo”...


Autor(a): P. Euclécio Schieck
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: Garuva-SC (Martinho Lutero)
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Testamento: Novo / Livro: Marcos / Capitulo: 9 / Versículo Inicial: 42 / Versículo Final: 48
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 65150
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