Estudo Nº 05 – Pão - Dá-nos hoje nosso pão diário

27/05/2010

Estudos Bíblicos da Federação Luterana Mundial
sobre o Tema "O Pão Nosso de cada dia dá-nos hoje"

ESTUDO Nº 05 – PÃO
Título: Dá-nos hoje nosso pão diário (Mt. 6:11)

Pão na quarta petição (Mat. 6:11)

“O pão nosso de cada dia nos dá hoje”. Assim nós oramos com as palavras que Jesus ensinou a seus dicípulos. Em que nós estamos pensando quando dizemos estas palavras? Dependendo de onde nós vivemos neste mundo, que língua nós falamos ou que tipo de colheitas retiramos de nosso solo, diferentes imagens nos vêm à mente. Em algumas partes do mundo o suprimento de comida vem principalmente do mar. Arroz ao invés de trigo pode ser o principal produto alimentício e o processo de assar pão pode ser desconhecido. O que “pão de cada dia” significa para você?

Há séculos, Agostinho, no norte da África, assinalou que a palavra “pão” na quarta petição poderia significar pelo menos três coisas: o pão natural que nós comemos; o pão eucarístico (Santa Ceia); ou, a palavra de Deus (o pão vivo do céu, cf. João 6:51). Desde então tem sempre parecido apropriado pensar no “pão de cada dia” tanto como alimento físico, quanto espiritual. Quando Luther escreveu os Catecismos Menor e Maior, ele ficou convencido de que, na quarta petição, a palavra “pão” deveria ser entendida apenas no sentido físico. As três primeiras petições – ele disse – eram dirigidas ao bem-estar da alma, enquanto na quarta petição “nós consideramos meramente a cesta de pão – as necessidades de nosso corpo e nossa vida na terra” (Catecismo Maior 72, Kolb, p. 449) e ele concebeu o nosso “pão de cada dia” em termos o mais amplos possível.

Luther encorajava os que oravam a expandir e estender sua visão no sentido de incluir “tudo o que pertence a toda nossa vida na terra” (LC 73). No Catecismo Menor, ele cita 22 itens, abrangendo desde comida a roupa, propriedades (inclusive dinheiro), pessoas que elevam o valor da vida humana, governo, clima, saúde e reputação. Ele inicia a lista com as palavras “tais como” e termina a lista com “e também como”, para deixar claro que os itens que ele identificou representam apenas uma porção de uma quase interminável lista de coisas que nutrem nossa vida física (Catecismo Menor 14, Kolb, p. 357).

Luther inclui sopb este título mesmo os setores e as pessoas por meio das quais Deus provê todas estas coisas boas (LC 73, 74). O agricultor, o moageiro e o padeiro desempenham um papel importante nesta cadeia provedora de alimento. Esta atenção às vocações provedoras de alimento tem sido amplamente negligenciada nos assim chamados países desenvolvidos em que o consumidor apanha comida embalada previamente das gôndolas do mercado, sem considerar nem o conhecimento técnico nem o esforço daqueles que cuidam da terra, plantam os campos, colhem os frutos e os colocam à disposição de todos para consumir.

Luther insistiu que, muitas coisas que não passam pelo estômago, são tão necessárias à nossa existência física que elas deveriam ser igualmente incluídas na categoria “pão de cada dia”. A fome física adquire muitas formas. Nós também temos fome do toque humano, de companhia, de aceitação, de amor, de perdão, de reconciliação, justiça, piedade e paz. Talvez mais do que tudo, nós temos fome de reconhecimento e inclusão na comunidade humana como membros contribuintes da sociedade, como indivíduos com dignidade e respeito próprio. Estes aspectos também são necessários para viver uma vida humana plena.

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Autor(a): Portal Luteranos - IECLB
Âmbito: IECLB
ID: 9108
Ó Senhor Deus, o teu amor chega até o céu e a tua fidelidade vai até as nuvens. A tua justiça é firme como as grandes montanhas e os teus julgamentos são profundos como o mar.
Salmo 36.5-6
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