O Casamento de Lutero!

31/10/2019

Martin Luther nasceu em Eisleben no dia 10/11/1483, sendo filho do casal Hans e Margarete. Cedo mudaram para Mansfeld, onde a família adquiriu uma mina de cobre. O pai tinha planos para o filho. Queria que fosse funcionário público, por isso encaminhou-o aos estudos. Primeiro em Magdeburg, depois Eisenach. Com 17 anos ingressou na Universidade de Erfurt. Aprendeu artes, filosofia, bases ao Direito, sonho do pai. Em 1505 passou por uma experiência de morte, quando um raio quase o atingiu. Apelou aos céus e prometeu tornar-se monge. No mesmo ano, entrou no Convento Agostiniano em Erfurt. De monge a padre, em seguida doutor e professor. Era curioso e sedento às Escrituras, lembrando (Jeremias 29.13): Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração. Na vida religiosa, segundo a tradição cumpria os votos: Castidade, obediência e pobreza. Era dedicação exclusiva à igreja. Em 31/10/1517, afixou na porta do templo de Wittenberg 95 afirmações, com as quais questionava o ritmo da igreja. Posteriormente, os teólogos afirmaram que Lutero tinha como fundamento: Somente a fé, somente as Escrituras, somente Cristo e somente a graça. As 95 teses geraram uma enorme polêmica, que dividiu a igreja. De fato, o mundo católico já era dividido em oriental e ocidental. Agora, nova divisão. De um lado, os católicos, doutro os “protestantes”. O mundo protestante logo em seguida se dividiu novamente entre os que batizavam as crianças e outros, os adultos. Gente é gente. As divisões se sucederam e ainda ocorrem. Mas, aos olhos do Senhor só existe uma Igreja, aqueles que “amam” a Jesus. Lutero bateu de frente com a igreja, com o papa e com os dogmas (regras estipuladas por Concílios e papas). Os adeptos da Reforma passaram a fazer ajustes na doutrina de acordo com as Escrituras. Por exemplo, um dogma de 1200 não permitia mais o casamento aos sacerdotes, o que não é bíblico. O celibato é livre, mas jamais pode ser imposto. Os padres e freiras que adeririam à Reforma começaram a casar-se. Todavia, Lutero continuava celibatário. Os colegas insistiam para que desse bom exemplo casando-se também. Porém, ele aguardava para logo o fim do mundo. Ele se dedicava, então, integralmente à causa do Reino. Em abril de 1523, Martin acolheu 12 freiras, que aderiram ao movimento. Elas eram foragidas. Não tinham para onde ir. Entre elas estava Catarina von Bora. Ainda menina, ela perdeu a mãe bem cedo. Em vista da educação, o pai colocou-a no convento. Lá ficaria até morrer, sem outra opção. No convento, as meninas aprendiam as lidas domésticas, artesanato, música, também a ler e escrever. Por isso, conheceram os escritos luteranos. O pai quis livrar-se de Catarina. Com Lutero, não foi diferente. Ela foi encaminhada para Jerônimo Baumgartner, que desejava o matrimônio. Mas, foi impedido pela família. Em 13/06/1525, Martin e Catarina acabaram se unindo pelos laços do matrimônio. Ele com 42, ela com 26 anos. Martin era teólogo, defensor de bandeiras. Catarina era administradora do lar. Ela cuidava da casa, da criação, da lavoura, da edição dos livros, do dinheiro... Ela fazia pão e fabricava cerveja. Mantinha em ordem os 6 filhos, outros 6 adotivos... Por vezes, juntava 50 pessoas nas refeições. Ela deixava tudo organizado. Com certeza a Reforma não seria tão eficiente sem a presença da Catarina. O casamento foi forçado? Sim! Por conveniência? Sim! Mas, depois de alguns anos, Lutero “apaixonado” testemunha: Minha Kate é tudo. Não troco minha pobreza pelas maiores riquezas do mundo. Ainda: Não há relação mais bela, nem comunhão mais agradável do que um casamento feliz. Catarina – depois de Jesus – tornou-se o esteio na vida de Lutero. Conta a história que Martin vivia maus dias, depressivo e preocupado. Certa manhã, Catarina preparou o café vestida de luto. Ele perguntou: Quem morreu? Sem cerimônia, ela respondeu: Deus! Você perdeu a fé. Acha que está lutando sozinho. Ela era uma mulher forte. Não se calava. Tinha opinião e sabia se expressar. Entre os seus legados está o brasão da Reforma, a “Rosa de Lutero”, bordado por suas mãos, expressão da nossa fé: O centro do Evangelho é a cruz. Jesus deseja entrar em nosso coração. A rosa branca simboliza vida nova. O azul é o céu, nossa esperança. O anel dourado é a aliança que constantemente precisamos renovar com o Pai.


Autor(a): P. Euclécio Schieck
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: Garuva-SC (Martinho Lutero)
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Testamento: Antigo / Livro: Jeremias / Capitulo: 29 / Versículo Inicial: 13
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 53977
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Jesus Cristo diz: Eu sou a luz do mundo; quem me segue nunca andará na escuridão, mas terá a luz da vida.
João 8.12
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