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Salmo 119 - Ministro Candidato Éder Behling - 02 de julho de 2021

Oração em tempo de coronavírus

02/07/2021

O Salmo 119 é um dos maiores salmos presentes na Bíblia, conta com 176 versículos. E é composto de uma forma bem singular. Como todos os Salmos são poéticos e as vezes procuram alguma coisa que os possa guiar em sua estrutura, no caso do Salmo 119 tem em suas estrofes como ordem e correspondência o alfabeto. Assim, cada versículo segue a ordem do alfabeto hebraico.

Em todo o Salmo encontraremos palavras como: lei, mandamentos, preceitos, juízos. Mas duas ou três palavras se tornam importantes na interpretação do texto que são: lei, palavra e promessa.

Aqui o Salmista ora, suplica, geme, louva, se defende, e Deus, com seus atributos próprios se identifica com ele. A Palavra Lei necessariamente não quer apenas designar o Pentateuco e a correta observação da lei, mas tem uma conotação mais profunda que está relacionado com a forma como se realiza a lei e como cada pessoa cumpre a Lei e a vontade do Senhor. O salmo procura fazer as pessoas refletirem sobre a Palavra de Deus e de como ela pode cumprida em nossa vida. Por isso, o Salmo 119 é uma oração fervorosa e carrega em suas palavras a confiança em Deus.

A pessoa que ora certamente não é alguém preocupado principalmente com a observância literal das determinações legais (um “fariseu”), mas sim um fiel servidor de Deus, preocupado em encontrar o caminho que conduz à salvação e ao mesmo tempo convencido de que este caminho é único e consiste na realização constante e interiormente aceita da vontade de Deus. É por isso que ele se volta para ela e a nomeia em todos os termos possíveis, a fim de conhecê-la plenamente. Para isso, a iluminação divina é necessária acima de tudo: “Bendito sejas, Deus, ensina-me os teus preceitos” (v. 12), “Abre os meus olhos para contemplar as maravilhas da tua lei” (v. 18), “Sou um estranho na terra, os teus mandamentos não se escondem de mim” (v. 19), “Não me afasto dos teus julgamentos, porque tu me ensinas” (v. 102), “A revelação das tuas palavras esclarece e dá entendimento aos simples.” (v. 130).27u

O Salmista não quer somente seguir uma lei, uma palavra ou preceito. O salmista não quer somente ser guiado por aquilo que ele deve fazer. Ele quer compreender mais profundamente. O salmista quer vivenciar aquilo que Deus tem pra ele. Para isso, ele procura na Palavra de Deus orientação para a sua vida. O salmista quer fazer de sua vida e das suas vivencias e experiencias a própria encarnação da vontade de Deus, que está nas Leis e nos Mandamentos.

Por isso, a vontade de Deus é comunicada ao Salmista pelo próprio Deus, e aquilo que Deus comunica se se torna carne e sangue e está gravada em seu “coração” (v. 22). Dessa forma, não é o salmista que simplesmente tenta viver de acordo com a vontade e a promessa de Deus, aquilo que Deus quer para o Salmista e para a pessoa que ora o Salmo 119 está intimamente presente nele, faz parte da vida da pessoa como a verdadeira vontade de Deus. Por isso, o Salmista pode dizer coisas como:

“Bem-aventurados os que guardam as suas prescrições e o buscam de todo o coração” (v.2). Ou ainda: “De todo o coração te busquei; não me deixes fugir aos teus mandamentos” (v.10). Ou ainda: “De todo o coração eu te invoco; ouve-me, Senhor; observo os teus decretos.” (v. 145).

Do princípio ao fim, abundam no Salmista a confiança, a humildade, o abandono absoluto e a certeza de que no conhecimento e interiorização da vontade de Deus, há salvação. A confiança do Salmista é tanta que ele pode até morrer: “Desfalece-me a alma, aguardando a tua salvação; porém espero na tua palavra” (v. 81).

A salvação é também a verdadeira vida que a pessoa que ora intensamente pede: “Tenha misericórdia do teu servo e viverei e guardarei a tua palavra” (17), “Nunca me esquecerei dos teus preceitos, visto que por eles me tens dado vida” (v. 93).

O verdadeiro acento que tudo caracteriza está no último versículo, que é ao mesmo tempo comovente e uma confissão de culpa e um pedido de perdão, única atitude autêntica do homem e da mulher perante o seu Deus e Criador, que sintetiza todas as demais: “Ando errante como ovelha desgarrada; procura o teu servo, pois não me esqueço dos teus mandamentos.”, que poderíamos também dizer em outras palavra, resumindo tudo o que o Salmo 119 representa: “Não me esqueço dos teus mandamentos.”(176). Quem não vê que nestas duas ou três linhas a parábola de Mateus (18,12-14) e Lucas (15,4-7) das ovelhas já está completamente perdido, visto não da perspectiva do pastor, mas da própria ovelha perdida.

Baseado em: MEJÍA, Jorge Antonio. La Ley del Señor y las expresiones de su voluntad en el Salmo 119. Anuario Argentino de Derecho Canónico [en línea], Buenos Aires, n. 13, p. 295-316, 2006.13 (2006). Disponível em: https://repositorio.uca.edu.ar/handle/123456789/5917. Acesso em: 10 jun. 2021.

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