Boletim Expresso Nº 228 - 141009

Com a nossa fé conseguimos a vitória sobre o mundo. 1ª João 5,4b

09/10/2014

Caros Membros e Amigos da Paróquia Vila Campo Grande – Diadema!

Neste 16° Domingo após Trindade refletimos sobre texto de Efésios 4,1-6, onde o apóstolo Paulo confronta a comunidade desunida de Éfesos com a presença unificadora de Deus que é um só com um só princípio, que o amor. E ele age sempre de novo através da diversidade de gente que somos para que tudo conflui em direção a unidade.

É um desafio para nós que muitas vezes só percebemos as diferenças que nos separam ao ponto de não enxergar mais o que nos une. Importa direcionarmos nosso olhar para Cristo e os seus objetvos para este mundo. Só assim a união pode ser restabelecida.

Quando todos entram neste espírito isto também siginifica de distribuir de forma igual os fardos e os benefícios da caminhada. Todos sofrem de forma igual quando há dificuldades e restrocessos na caminhada e todos se alegram de forma igual com os avanços quando há.

Questiona uma atitude típica na vivência familar, comunitária e também na sociedade onde, com frequência, os sucesses costumam ser explorados por muitos, mas os fracassos acabam sobrando somente para alguns que são rifados para pagar o mico, como costumamos dizer.

Quando é esta a dinâmica de um lugar, este corre sérios riscos de estagnar ou até de andar para trás. Vale a pena analizar o nosso espaço de vida e de comunidade e aceitar o desafio que Paulo traz para nos!

Começa neste mês de outubro um novo momento na caminhada da nossa paróquia. Iniciamosa parceria com a paróquia de Santos. É um bom exercício no caminho da unidade! Para a comunidade da Capela de Cristo implica em uma mudança significativa: Passamos a ter cultos a noite duas vezes ao mês (2° e 4° domingo), como já anunciado.

Apostamos que isto será uma medida que melhora as possibilidades de participação nos cultos e motiva pessoas a se somarem a comunidade que celebra aqui toda semana a sua fé.

Até Domingo e Saudações

AGENDA: veja também www.facebook.com/capeladecristo

Sábado
04/10/2014
9:00 h: Encontro de Confirmandos
Domingo
12/10/2014
17º Domingo após
Trindade
16:30 h: Ensaio do Coral 
 
18:30 h (Novo Horário): (P. Guilherme) – Culto

Efésios 4,1-6: Se Deus é um só, como ficamos nos?
Quinta,
16/10/2014
10:30 h: Reunião do Presbitério
Domingo
19/10/2014
18º Domingo após
Trindade
10:30 h: (P. Guilherme) – Culto com Santa Ceia
 
Efésios 5,16-21: Sabedoria é um estado de Espírito
 
12:00 h: Ensaio do Coral

 

Luz da Semana - Para nossa reflexão

 

QUANDO OS FILHOS VOAM

Sei que é inevitável e bom que os filhos deixem de ser crianças e abandonem a proteção do ninho. Eu mesmo sempre os empurrei para fora.Sei que é inevitável que eles voem em todas as direções como andorinhas adoidadas. 

Sei que é inevitável que eles construam seus próprios ninhos e eu fique como o ninho abandonado no alto da palmeira...

Mas, o que eu queria, mesmo, era poder fazê-los de novo dormir no meu colo...

Existem muitos jeitos de voar. Até mesmo o vôo dos filhos ocorre por etapas. O desmame, os primeiros passos, o primeiro dia na escola, a primeira dormida fora de casa, a primeira viagem...

Desde o nascimento de nossos filhos temos a oportunidade de aprender sobre esse estranho movimento de ir e vir, segurar e soltar, acolher e libertar. Nem sempre percebemos que esses momentos tão singelos são pequenos ensinamentos sobre o exercício da liberdade.

Mas chega um momento em que a realidade bate à porta e escancara novas verdades difíceis de encarar. É o grito da independência, a força da vida em movimento, o poder do tempo que tudo transforma.

É quando nos damos conta de que nossos filhos cresceram e apesar de insistirmos em ocupar o lugar de destaque, eles sentem urgência de conquistar o mundo longe de nós.

É chegado então o tempo de recolher nossas asas. Aprender a abraçar à distância, comemorar vitórias das quais não participamos diretamente, apoiar decisões que caminham para longe. Isso é amor.

Muitas vezes, confundimos amor com dependência. Sentimos erroneamente que se nossos filhos voarem livres não nos amarão mais. Criamos situações desnecessárias para mostrar o quanto somos imprescindíveis. Fazemos questão de apontar alguma situação que demande um conselho ou uma orientação nossa, porque no fundo o que precisamos é sentir que ainda somos amados.

Muitas vezes confundimos amor com segurança. Por excesso de zelo ou proteção cortamos as asas de nossos filhos. Impedimos que eles busquem respostas próprias e vivam seus sonhos em vez dos nossos. Temos tanta certeza de que sabemos mais do que eles, que o porto seguro vira uma âncora que impede-os de navegar nas ondas de seu próprio destino.

Muitas vezes confundimos amor com apego. Ansiamos por congelar o tempo que tudo transforma. Ficamos grudados no medo de perder, evitando assim o fluxo natural da vida. Respiramos menos, pois não cabem em nosso corpo os ventos da mudança.

Aprendo que o amor nada tem a ver com apego, segurança ou dependência, embora tantas vezes eu me confunda. Não adianta querer que seja diferente: o amor é alado.

Aprendo que a vida é feita de constantes mortes cotidianas, lambuzadas de sabor doce e amargo. Cada fim venta um começo. Cada ponto final abre espaço para uma nova frase.

Aprendo que tudo passa menos o movimento. É nele que podemos pousar nosso descanso e nossa fé, porque ele é eterno.

Aprendo que existe uma criança em mim que ao ver meus filhos crescidos, se assustam por não saber o que fazer. Mas é muito melhor ser livre do que imprescindível.

Aprendo que é preciso ter coragem para voar e deixar voar. E não há estrada mais bela do que essa.

Rubem Alves


Autor(a): P. Guilherme Nordmann
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste / Paróquia: Vila Campo Grande - São Paulo-SP
Testamento: Novo / Livro: Efésios / Capitulo: 4 / Versículo Inicial: 1 / Versículo Final: 6
ID: 30198
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