Luteranos completam 180 anos no Rio de Janeiro

27/06/2007

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Ensinam também que os homens não podem ser justificados diante de
Deus por forças, méritos ou obras próprias, senão que são justificados
gratuitamente, por causa de Cristo, mediante a fé, quando crêem que são recebidos na graça e que seus pecados são remitidos por causa de Cristo

Confissão de Augsburgo, art. 4

 

Rio de Janeiro (RJ) – Quando o sino da Paróquia Martin Luther, tocou fortes badaladas e assistiu a entrada da procissão litúrgica com pastores e pastoras da cidade, tendo à frente o pároco local Dorival Ivo Ristoff, e por último o Pastor Sinodal Guilherme Lieven, do Sínodo Sudeste, e o Pastor Presidente Walter Altmann, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) (foto), na manhã do domingo, dia 24 de junho de 2007, corações e mentes voltaram a um tempo remoto, revivendo a experiência de homens, mulheres e crianças, que jogaram suas vidas numa aventura de fé em busca de trabalho, dignidade e futuro.

Em seguida, a comunidade cantou Nun danket alle Gott (Dai graças ao Senhor), acompanhando o organista e regidos por Eugênio Gall, lembrando-se dos primeiros 40 anos em que os colonos criaram comunidades evangélicas, construíram cemitérios, escolas e capelas, e colocaram os alicerces do que hoje é a IECLB, mesmo sem pastores com formação teológica. E foi preciso fé para trabalhar, sonhar, manter sua cultura, sem se afastar da bíblia, do hinário e do Catecismo, que não faltaram aos pertences trazidos, mesmo entre as famílias mais pobres.

Como os que se sentem agraciados e nutrem gratidão, luteranos se reuniram para dar graças a Deus, com vozes, acompanhamento de órgão, instrumentos de paleta e metais, por terem chegado a esta cidade que já era Sede dos Vice Reis de Portugal desde 1763 e cuja presença da corte portuguesa propiciou uma mudanças sócio-econômicos-culturais com escolas, Academia de Artes, Bibliotecas, Museus e a Imprensa Régia, além de ministérios, secretarias, tribunais e repartições públicas. E possibilitando a entrada de cristãos protestantes, num século XIX marcado pela imigração de 35 milhões de pessoas da Europa, das quais 10 milhões de alemães deixando seu país e.

Enquanto repassava as memórias da sua história, a comunidade cantou que Deus é Castelo forte e bom (Ein feste Burg ist unser Gott), viveu momentos de lamentação e consolo, ouviu a leitura do Evangelho, foi desafiada pela pregação do presidente Altmann a viver, trabalhar, ser generosa na partilha, solidária nas dificuldades e agradecida. Embalada pelas vozes do seu coral, essa igreja, mãe das demais comunidades do Grande Rio, viu o melhor fruto desta epopéia de fé de quase dois séculos na assembléia reunida com seus membros, os membros das comunidades que dela surgiram, as autoridades religiosas e os representantes de igrejas cristãs e da tradição judaica.

Esse culto coroou uma semana de festividades iniciada no domingo, dia 17, numa semana composta de noite de homenagens, almoço beneficente, reunião do Grupo de Encontro, Reflexão e Fé; debate da Presença Evangélica no Rio de Janeiro; reunião de jovens e o concerto de órgão do músico belga Johan Hermans, trazido da Europa especialmente para esta ocasião. Esse marco celebrativo deveu-se ao esforço de organização e execução do presbitério local, liderado pelo presidente Rodolpho Georg e pelo Pastor Ristoff, que planejaram, empenharam-se para obter recursos, executaram tarefas, mesmo as mais difíceis, e conseguiram reunir seu povo para celebrar este momento.

COMUNICAÇÃO
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Jesus Cristo diz: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.
João 14.6
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