Moradores se unem para resgatar tradição pomerana

24/03/2009

Templo em Alto Sinimbu
Ligia e Nelly - Alto Sinimbu
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O culto realizado no começo da manhã seguido de um almoço servido para mais de 300 pessoas e um baile com dança e música típica alemã movimentaram os moradores da região de Alto Sinimbu neste domingo. A festa, ocorrida sempre no fim de março marcou as comemorações dos 70 anos de fundação da Comunidade Evangélica Luterana na localidade e ajudou a resgatar um pouco da história dos povos de origem pomerana.

Criada com o objetivo de preservar os hábitos dos imigrantes vindos da Pomerânia, a comunidade surgiu a partir de uma divisão entre os religiosos da época e foi se consolidando com o passar dos anos. No culto, celebrado com algumas palavras em pomerano, essas e outras curiosidades foram relembradas pelos moradores mais antigos e apresentadas aos jovens que puderam conhecer a história de seus antepassados.

As aposentadas Lígia Wegmann Schulz, 84 anos e Nelly Rediski, 78, ainda têm presentes na memória o que ocorreu na época de fundação da comunidade. O pai delas, Henrique Wegmann, foi um dos que ajudaram a construir a igreja onde hoje são celebrados os cultos.

Atualmente elas integram outra comunidade religiosa em Rio Pequeno, mas ontem foram até Alto Sinimbu para contar um pouco do que aconteceu na época em que eram jovens. Com dificuldades para se expressar em português, as duas lembram que a tradição religiosa era muito presente em suas famílias. Os encontros, recordam, ocorriam aos finais de semana e costumavam ser bastante festivos como o realizado ontem. “Hoje, ver que os moradores ainda estão envolvidos com a igreja nos deixa orgulhosas”, disse Ligia.

Também descendente dos fundadores, Ingrid Waechter e sua mãe, Gisela Schulz, defendem a preservação dos hábitos pomeranos. “Hoje em dia nem todos falam essa língua, mas procuramos resgatar esse costume entre as gerações mais jovens”, disse Ingrid. Ela, salienta, no entanto, que ainda existem famílias que falam o dialeto com os mais velhos e vão repassando aos filhos e netos. “É uma forma de evitarmos que as nossas raízes se percam”, frisou.

Dejair Machado

(Fonte: Gazeta do Sul on-line)


 

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