A Campanha Vai e Vem colocou duas questões fundamentais na discussão do dia-a-dia: “a responsabilidade que comunidades centenárias têm com a missão da Igreja e o financiamento desta missão”, disse o pastor sinodal Marcos Bechert, do Sínodo Vale do Taquari. Ainda, dá uma dimensão nacional à Igreja, que vai além da comunidade local. “Intensificamos a parceria que estávamos querendo construir com o Sínodo da Amazônia, motivando, por exemplo, a participação de uma caravana de 40 pessoas, que viajou 3.600 quilômetros para Ariquemes (RO) para participar do IV Acampamento Sinodal do SAM, em julho deste ano. Fui conquistado pela campanha.”
A motivação é interessante, mas o pastor Marcos reconhece que nem todos se empolgam. “Em nossa região ainda temos certa dificuldade de lidar com o tema do dinheiro para a missão. Há necessidades locais que ofuscam o compromisso com os projetos missionários eleitos como prioritários a nível nacional. Mas estamos conscientes de que isto faz parte de um processo. Assim como historicamente temos recebido ajuda de outros lugares, sobretudo da Alemanha, precisamos de tempo para assimilar este novo desafio que a IECLB está trazendo. Temos dito que para uma idéia surtir efeito em nossa região, ela precisa acontecer pelo menos por cinco a seis anos.”
Projeto escolhido
A ação missionária definida pelo Sínodo Vale do Taquari para receber os recursos da Campanha de Ofertas para a Missão é o da Nucleação das comunidades. “As tendências de dispersão comunitária, em meio a muitas propostas religiosas e filosóficas na sociedade em que vivemos, exige que criemos e reforcemos atividades que aproximam os membros das comunidades, criando laços de afetividade e confessionalidade entre famílias vizinhas e destas com a organização comunitária central. Queremos proporcionar meios de evangelização e catequese familiar, motivar visitas entre as famílias, ter uma comunicação efetiva e rápida entre comunidade e membros”, disse o pastor sinodal Marcos Bechert.
