Passeio Ciclístico-Pedagógico

Jovens em ação!

18/05/2013

A NOTICIA_ Jornal Joinville
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Jovens do Ensino confirmatório, pais e o P. Roberto Schulz, da Paróquia Evangélica de Confissão Luterana Bom Jesus (IECLB), Joinville/SC, no dia 18 de maio de 2013, fizeram um passeio ciclístico pedagógico. A saída foi em frete à igreja, escoltados pela Polícia Comunitária, e também por pais de confirmandos. Pedalamos até uma instituição que presta assistência a abandonados. A Organização Não-Governamental visitada tem como meta recolher “criaturas de Deus” abandonadas nas ruas, dar tratamento e cuidá-las, pois a maioria é vitima de maus tratos e são, muitas vezes, encontradas em péssimo estado de saúde, tendo que lutar sozinhos por sua própria sobrevivência. Elas são recolhidas das ruas, acolhidas, tratadas as enfermidades e, na medida do possível, reintegradas a um novo lar. Elas são literalmente, resgatadas da morte, pois foram vítimas do total abandono, e dependem unicamente da solidariedade daqueles e daquelas que amam a criação de Deus, não têm preconceitos e são solidários à diversidade da criação e às criaturas de Deus. Esta Organização Não-Governamental se chama “ABRIGO ANIMAL”, que acolhe cães e gatos abandonados.

O objetivo do passeio ciclístico pedagógico ou por nós chamados de: “Ação Confirmandos – Confirmandos em ação” propõe:

• Despertar consciência solidária aos necessitados e abandonados
• Prevenção de doenças
• Consciência holística
• Resgate da vida animal
• Gerar compromissos de cidadania
• Despertar gestos de solidariedade
• Tornar-nos mais humanos.
• Política de saúde pública (vacinação de cães)
• Integração do grupo de Confirmandos, Juventude Evangélica Mirim (JEMIBOJE) à comunidade luterana.

Na oportunidade em que fizemos esta visitação, ficamos sabendo como é o dia-a-dia na ONG. São 5 funcionários que trabalham em revezamento, durante os 365 dias do ano. Também o casal idealizador desta ONG, Mário e Osnilda, está envolvido, continuamente, nas tarefas do Abrigo Animal. Juntos, atendem cerca de 700 cães abandonados carentes ou doentes, que recebem alimento, cuidados médicos e, principalmente, carinho. Há os que necessitam de cuidados especiais, pois foram violentados, espancados, mutilados e deixados em completo abandono, passando fome pelas ruas e vilas da cidade de Joinville e região.
Devidos às necessidades tão vitais e urgentes, há também uma equipe de voluntários, que auxiliam nas atividades desta ONG. São 15 pessoas voluntárias, que auxiliam e divulgam a instituição, ajudam na aquisição do material necessário para a manutenção e funcionamento regular deste lar de abandonados carentes.
O local é bem asseado, apesar da grande população. No pequeno escritório há um fichário, onde são cadastrados os hóspedes: a situação em que se encontravam quando vieram para o abrigo. A situação de saúde, características, ala em que estão abrigados, são apontamentos que encontramos no fichário, além de outros. No escritório, que serve também de enfermaria, há uma estante com vacinas, medicamentos e material de primeiros socorros. Painéis na parede nos fazem visualizar os propósitos desta instituição.

Na visita, o Pastor Roberto relembrou um dos temas do ano da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil: “No poder do espírito proclamamos a reconciliação”. Um das temáticas abordadas, na época, foi a reconciliação com o planeta e com a criação. Conforme um dos documentos para estudo comunitário: “A terra é criação de Deus: Deus criou a terra e tudo o que nela existe. E toda a criação é interdependente; ou seja, a terra depende dos seres humanos, dos animais e de tudo o que faz parte dela. Da mesma forma, os seres humanos dependem da terra, dos outros seres vivos, da água, do ar e assim por diante. O ser humano não é algo a parte de tudo que Deus criou (...) A terra é dom de Deus. Somos agraciados pelo dono da terra. Ele a dá de presente para nós. Por ser dom de Deus, a terra deve ser amada, cuidada, respeitada e valorizada. Este presente não é dado somente a algumas pessoas; é presente coletivo, para toda a humanidade”. Ainda: “Falar de reconciliação com o Planeta e com a Criação parece implicar numa visão diferente sobre a terra e tudo o que nela existe (...) Precisamos ver-nos com seres integrados em toda a Criação de Deus, dependentes dela tanto quanto tudo o que nela vive depende de nós também. Não somos algo à parte da natureza; somos mais uma parte de um todo muito maior e mais complexo (...) No processo de reconciliação necessitamos reconhecer que todos os seres vivos merecem respeito e consideração (...) Cabe-nos mudar de mentalidade, converter-nos diariamente, para viver de forma responsável e com respeito na bela e fragilizada Criação de Deus” –Tema do Ano 2008 – IECLB: encontros Bíblicos, p. 50-52.

Cuidados com os fragilizados é necessário. Na Bíblia, nos é dito: “A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus” – Romanos 8.19. Cremos que esta visita nos calou profundamente e nos fez refletir sobre a nossa participação, como igreja e como cidadãos, na tarefa de cuidar da criação – a bela, múltipla e fragilizada criação de Deus, onde todos os seres vivos possam experimentar “salvação”. Salvar da morte é acolher, é pastorear o “rebanho”, também os cães estão incluídos nesta missão...

Constatamos que esta ONG é muito bem organizada e asseada. Os animais são cadastrados e recebem assistência veterinária. São desverminados, recebem a vacina octupla (para oito tipos de doenças), classificados e alojados por alas e casinhas. Os doentes, feridos e mutilados, também os sarnentos têm um local próprio para eles reservado. Todos são tratados da melhor forma possível. Há cães que estão ali desde a criação da instituição, outros chegaram há poucos dias e estão se adaptando com o novo lar, que é para ser provisório – até pretensa e futura adoção. Alguns cães estavam soltos dentro de um reservado, outros amarrados em coleiras. Havia muitos sorridentes e felizes, outros tristes com marcas de maus tratos que sofreram. Bastava, porém, o nosso olhar, atenção e toque que as coisas tomavam um novo rumo. Cruzávamos entre centenas de animais e, inacreditável, nenhum deles demonstrou agressividade! Pelo contrário, foram muito sensíveis ao nosso afago e olhar solidário... Emocionamo-nos! Pareciam que estavam agradecendo a visita, cremos!

Foi-nos detalhado como se procede a adoção de um animal. Quem adota um cão assina um termo de compromisso e contribui com uma taxa, ou seja, o valor das vacinas e medicamentos para combate de vermes e parasitas.
Por breves momentos, pensamos nos animais que foram abandonadas por “pessoas” insensíveis e estavam perambulando sem destino pelas ruas dos bairros de Joinville. Muitas conclusões e questionamentos brotavam da exposição feita pela voluntária Paula. Refletir sobre abandono, maus tratos, fome, miséria e o descaso dos assim chamados: - “humanos”. Também os cuidados que necessitamos ter para com os animais de estimação: vacinas, alimento, afetividade e a saúde comunitária.

Temas como abandono de PESSOAS e ANIMAIS, adoção, violência, fome, pobreza, saúde e assistência aos desamparados foram compartilhados. Pobres animais e pobres humanos abandonados! Percebemos os transtornos quando um animal encontra-se abandonado pelas ruas. Eles acabam doentes, famintos, tristes e trazem preocupação para a comunidade. Que fazer? E com os humanos abandonados também – o que podemos fazer? No contato com esta ONG, vivenciamos uma autêntica e pragmática aula de cidadania e “humanidade”.

Ao visitarmos o Abrigo Animal, “choramos” pela criação abandonada. Meditamos na lição animalesca que aprendemos com os cachorros, pobres cachorros, abandonados, mutilados e carentes animais. Focinhos que sobrevivem por causa da misericórdia e solidariedade dos idealizadores e cooperadores desta ONG. Em Lucas 12.22-31, Jesus diz: “olhai os lírios do campo... olhai os passarinhos...”. Motivado por esta palavra, disse o P. Roberto: - Olhai os cãezinhos!
Cumprimos a meta da visita do passeio ciclístico pedagógico, mas outras tarefas nos estavam reservadas. Voltamos para casa não mais os mesmos, e, sim, transformados e desinstalados. Novos desafios emergiram do contato com o outro – o diferente, que deseja o nosso carinho, atenção, compreensão e, principalmente: “HUMANIDADE” com os ANIMAIS e com as PESSOAS – amadas por DEUS.
 

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