O tempo é precioso. Havia um período em que as coisas andavam mais devagar e bastavam os marcadores naturais do tempo, como o sol, a lua, as estações do ano, a rotação da terra. Como o ritmo de vida era mais lento, havia o tempo de se curtir a infância, a juventude e a fase adulta. Em relação a essas fases da vida ficava assim mesmo a sensação de que havia passado depressa.
Na atualidade o tempo é medida por instrumentos cada vez mais precisos. Mas o que sobressai é a sensação de que o tempo parece ser mais curto. Tudo passa rapidamente. Exige pressa, exatidão. A maioria das pessoas não dispõe mais de tempo. O tempo está todo ocupado por tarefas, atividades profissional e compromisso inadiáveis, confirmando a constatação do poeta Mário Quintana
“Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!”
Assim não há mais tempo para se ficar à toa com a família, tempo para simplesmente jogar conversa fora ou até resolver problemas cotidianos da vida familiar. Não há mais tempo para o envolvimento na vida da comunidade ou o voluntariado para tarefas comunitárias. O tempo é algo escasso para a maioria das pessoas. A gente não se dá o tempo. Necessitamos uma reflexão crítica sobre este assunto.
“Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.” (Mário Quintana, do poema “O Tempo”).
Tudo neste mundo tem o seu tempo. Este é o tema do 7° Dia Sinodal da Família que acontece no dia 23 de maio de 2010 em Horizontina. O tema é uma afirmação bíblica do livro de Eclesiastes 3.1 e que tem a sua origem na sabedoria popular de pessoas que experimentaram na vida as diversas experiências que ela reserva e afirmam: tudo tem o seu tempo. O que com certeza nos faz refletir a respeito do que fazemos com o tempo que está a nosso dispor. Pois não somos donos nem proprietários de nosso tempo de vida. Diferente é com Deus. Ele é Senhor sobre o tempo. E Dele o recebemos de graça. A sabedoria consiste em saber tirar o proveito adequado deste tempo que nos é presenteado.
Uma oportunidade para aproveitar bem o tempo é participar do 7° Dia Sinodal da Família, propiciando tempo para fazer isto em família, celebrara a fé e a esperança cristã. Sintam-se convidados a fazer parte da grande comunidade que estará reunida em Horizontina no dia 23 de maio de 2010, Dia de Pentecostes. Participe com a sua família. Vai ser um dia especial.
P. Sinodal Renato Küntzer
