A XV Assembléia Sinodal Ordinária do Sínodo Noroeste Riograndense, reunida no dia 01/09/2012 no Campus da FAHOR, em Horizontina/RS, encaminha a seguinte mensagem às Comunidades:
Pelo sopro divino, nos é dada a vida. Pelo som do sopro somos acolhidos e acolhidas. Somos acordados e acordadas pelo som do espírito jovem. Neste encontro de vida, de re-união a vida sempre se manifesta como presente. Presente de Deus que cuida de nós como um Pai e uma Mãe.
Aí falta algo? E se falta alguma coisa? Falta paciência, coragem, ânimo? Falta envolvimento? Profeta Jeremias convidou e continua a convidar para arrancar e derrubar o que não gera vida.
Os gemidos do mundo mostram as dores. Pedimos e oramos, por paz. Esta paz desejamos que não seja mera palavra. Precisamos que seja aprendida e ensinada. Desejada. Requer que seja buscada em gestos cotidianos. Não somente em apertos de mão e sim promovendo reconciliação e ações de justiça.
Louvado seja Deus com voz e ouvidos, olhares e visão. Louvado seja Deus pelo sentir, tocar, se mexer, mexer com os outros, sendo mexidos por Deus. Mas diante das dores e dos desafios, “como calar a voz se é hora...”? Agora. Como calar se é hora de encontro, de bênção e de compromisso? Compromisso de vida com a vida que pulsa nas comunidades.
No pulsar da vida não estamos sozinhos. A vida se entrelaça entre irmãos e irmãs nas diferentes fases da vida e com Deus. Nem Jesus falou nem agiu sozinho. Ele pediu em oração por mais trabalhadores, homens, mulheres, crianças, jovens, adultos, idosos, pessoas de todos os povos e jeitos.
É em Jesus que a nossa esperança se reacende. Mas até onde vai a nossa esperança? Realmente apostamos em novos jeitos? Realmente queremos?
Deus, por seu Filho Jesus nos inspira, capacita e impulsiona. É preciso coragem para arrancar e derrubar, para destruir e arrasar e para construir e plantar. É preciso atitude. Está faltando o quê?
Como profetas e profetizas somos chamados e viver comunidade viva em diálogo com a geração jovem sem perder nossa história. Coisas precisam ser quebradas? É preciso plantar e construir comunidade jovem, Igreja viva. A comunidade é um espaço onde a vida pulsa e ela se reúne pela defesa da vida onde há falta de vida e de vida em abundância. Dar visibilidade àquilo que há de bom na Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) ajuda-nos a conhecer a caminhada. Mostrar a vida que pulsa dentro das comunidades é apostar com ousadia na força da interação entre as gerações. “Lembrem que o Senhor é Deus. Ele nos fez, e nós somos dele; somos seu povo, o seu rebanho.” (Salmo 100.3).
Assembleia Sinodal
