Sínodo Noroeste Riograndense



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ID: 12

Seminário da Pastoral da Agricultura Familiar

01/07/2011

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TEMA: IMPACTOS SÓCIO-ECONOMICO E AMBIENTAL DAS BARRAGENS.

No dia 25 de junho de 2011 em Cruzeiro, Santa Rosa, a pastoral da agricultura familiar do Sínodo Noroeste Riograndense, sob a assessoria do Dr. Paulo Brack da Universidade federal do RS, realizou-se o seminário que tratou de questões que envolvem a construção de barragens.

Na motivação inicial o Pastor Élson Lauri Rysdyd, coordenou a reflexão bíblica, fundamentada no Salmo 8, e no relato da criação que testemunha que somos feitos a Imagem e semelhança de Deus. Assim sendo, uma imagem não é o próprio, é apenas uma extensão, portando menor do que Deus. Na sua tarefa o Ser Humano tem como ordem do próprio Deus dominar sobre as demais criações. No entanto, como este dominar foi interpretado no decorrer da evolução humana? O domínio sobre as demais criaturas é conseqüência da extensão da imagem que somos. Na verdade como, seres humanos, pouco ou quase nada criamos, apenas usamos e transformamos o que foi criado. Porém nada ocorre sem reação, e assim os recursos naturais podem ser considerados com o um elástico, que sob a ação do Ser Humano sofrem modificações, e podem em grande parte se regenerar, como um elástico também pode voltar a sua forma mais ou menos original. Mas até quando? A ação desgasta, e em casos o limite da ação Humana sobre os recursos naturais já extrapolou o limite de uma possível regeneração. Dá para afirmar que o elástico da calça gastou e ela caiu ou está prestes a cair.

No que diz respeito a construção de grandes Barragens, elas se enquadram dentro do modelo capitalista, que sofre de “obesidade mórbida”, e não se cansa de querer mais e mais, sem medir as conseqüências. Desrespeitando assim os limites ecológicos e sociais, sustentando-se basicamente no fator econômico, levando, pouco ou quase nada em consideração modelos alternativos de produção de energia, como a produção ( eólica ) a partir do vento, a Solar ( a partir do sol ), que seriam energias limpas, com baixíssimos impactos. Não obstante as usinas hidrelétricas são altamente poluentes pois produzem alta taxa de produção de gás metano, originado pela decomposição de vegetação e demais nutrientes nas áreas inundadas. Também os fatores sociais nas desapropriações nem sempre são consideradas. O item desapropriação leva quando em muito em consideração a questão do “valor econômico da terra” desconsiderando a questão social e cultural de apego a mesma, pelos seus ocupantes. As pessoas e famílias desalojadas pelas barragens são afastadas de sua história, cultura, chão.

Diante disso, somos desafiados e dasafiadas, a ouvir com outros critérios o “Canto das Serreia “, em relação a construção de barragens, que produzem basicamente energia para a industria de exportação de produtos primários, sem valor agregado, e assim o nosso território continua sendo visto como uma grande plataforma a ser explorada pelo grande capital.


Se o econômico é que vale aos nossos olhos e bolsos, também como Igreja temos que pensar nisso, pois, efetuando-se a construção de Garrabi e Panambi no Rio Uruguai, inúmeras comunidades serão atingidas, totalmente ou parcialmente, ao ponto de haver uma enorme desestruturação e reestruturação de comunidades, bem como a inviabilidade econômica de algumas, que precisarão ser carregadas pelas demais. Portanto a quem pensa do ponto de vista econômico e desenvolvimentista, prepare-se também para campanhas econômicas para auxiliar as comunidades e paróquias inviabilizadas economicamente, pois elas virão.

Não somos contra a produção de energia, mas a nossa consciência e voz profética tem o dever cristão de dizer que um outro modelo nesta questão é possível, para o bem das pessoas e da natureza. Assim nos empenhamos por Paz na Criação de Deus, fortalecendo a esperança, nos engajando nesta demanda que está posta.

Pela Coordenação Pastor Élson Lauri Rysdyd e Pastora Alice..Liane Klostermeyer Griebeler
 


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