Nutrir a espiritualidade
Qual é a importância da água para o peixe no aquário? Qual é a importância do oxigênio para a nossa respiração? Qual é a importância do sol para o planeta? Sim, são de importância vital. Sem a água, sem o oxigênio e sem o sol, tudo perece, assim como perece a vivência de fé do ou da estudante de Teologia que não cuidar da sua espiritualidade.
Quando alguém opta pelo estudo da Teologia e vai para um Centro de Formação, deixa para trás uma experiência vivida. Convive com pessoas totalmente diferentes, mas que têm o mesmo objetivo: preparar-se para atuação ministerial na Igreja. Durante o estudo, aprendem-se línguas difíceis, a saudade da família aperta, o dinheiro é curto, e, por vezes, pequenos escândalos assustam ao estudar a Bíblia seriamente, pois não é bem assim como aprendemos no Culto Infantil.
Espiritualidade é mais que nossa religião, é tudo que gira ao redor da nossa fé. É a busca por viver o amor de Deus entre nós, sob a Palavra de Deus, com Jesus Cristo, em humildade e misericórdia, lutando contra a morte e a injustiça. A partir da nossa espiritualidade é que construímos o modelo de vida que escolhemos viver.
Faz parte da espiritualidade a forma como a expressamos liturgicamente, o que fazemos para nutri-la e aprofundá-la. A nossa fé não é imutável. Ela muda ao longo da vida. Não a temos pronta no bolso para ser usada em casos de necessidade. A fé é dinâmica, é frágil, sendo atingida por acontecimentos do nosso cotidiano.
Embora a fé seja um presente, como diz o P. em. Dr. Gottfried Brackemeier, ‘É imprescindível esforçar-se pela fé, apropriarse dela, investir suor na sua aprendizagem, mesmo sabendo que não há nada a ser conquistado, mas, sim, recebido’.
Na condição de estudante, é vital orar e meditar na Palavra de Deus, descobrir o jeito de nutrir fé, de construir momentos de solitude e silêncio para restaurar-se e seguir adiante.
Pa. em. Iára Müller